QUEM FOI QUEM
Mário Vicente dedicou-se à Igreja Católica,
com passagem pela política saltense
Mário Vicente nasceu em Jundiaí, em 22 de março de 1928, mas logo veio para Salto (em 1935), com seus pais Augusto Vicente e Antonieta Rossi Vicente. Cursou o antigo primário no Grupo Escolar Tancredo do Amaral, tendo ainda estudado 2 anos na Escola Anita Garibaldi. Enquanto isso, trabalhava como auxiliar de marceneiro na Fábrica de Móveis Begossi, mas aos 14 anos (em 1942) ingressou na Brasital S.A., na seção de Contabilidade e Estatística. A Brasital o transferiu para sua fábrica de São Roque em 1950 e nessa cidade ele permaneceu por 6 anos, atuando como almoxarife, voltando para Salto a fim de ocupar seu antigo posto.
Permaneceu na Brasital até fevereiro de 1974 e, nesse período, além de prestar serviços, teve ainda a oportunidade de ser um dos fundadores do Clube Recreativo dos Empregados da Brasital (CREB), do qual foi presidente nos cinco primeiros anos de atividades, estruturando os diversos departamentos sociais, promovendo várias excursões dos associados, além de diversos eventos, na sede construída em sua gestão na margem esquerda da Rodovia da Convenção, saída para Itu.
Convidado pelo prefeito Josias Costa Pinto, ocupou o cargo de diretor de Saúde do Hospital Municipal, permanecendo nesse nessa atividade de fevereiro de 1974 a dezembro de 1976, ano em que também conseguiu sua aposentadoria, depois de cerca de 35 anos de serviço ativo.
Ele voltou a fazer parte da diretoria do Hospital Municipal em 5 de agosto de 1983, convidado pelo prefeito Pilzio Nunciatto Di Lelli. Desse ano, até 22 de dezembro de 1992, foi chefe do Departamento da Contabilidade Financeira da referida casa de saúde.
Deixando o Hospital Municipal em 1992, por 5 anos Mário dedicou-se ao comércio, como proprietário de uma loja de materiais de construção.
Na Igreja Católica
Mário iniciou seus contatos com a Igreja Católica, através de entidades a ela ligadas, a partir de setembro de 1945, quando se tornou confrade em Salto. Na época em que trabalhava em São Roque foi um dos fundadores da Conferência Vicentina, tendo ainda participado da Congregação Mariana e da Ordem Terceira dos Carmelitas, colaborando na construção da igreja de Santa Rita.
Algumas outras atividades continuaram quando voltou a Salto, como trabalhar na Rádio Cacique, onde divulgava as atividades religiosas; na Congregação Mariana, de 1956 a 1979; na Legião de Maria, Círculo Católico (do qual foi presidente, nos biênios 1957/59 e 1959/61), e Círculo dos Trabalhadores Cristãos (que administrava o jornal O Trabalhador, do qual Mário foi colaborador durante cerca de 10 anos). Atuou ainda no Conselho Paroquial da Paróquia de Nossa Sra. do Monte Serrat, nos anos de 1963 e 1964. Como vicentino, fazia parte da Conferência de Santa Terezinha, ocupando a presidência do Conselho Particular da Sociedade São Vicente de Paulo, de 8 de dezembro de 1969 a 8 de dezembro de 1978, exercendo por vários anos a secretaria, bem como a secretaria do Círculo Católico.
A partir de 1973 Mário foi ministro da Eucaristia, passando a partir de 1988 a ser ministro do Batismo e do Matrimônio. Em 9 de dezembro de 1990 foi ordenado Diácono Permanente, tendo participado ainda do Cursilho da Cristandade e do movimento Encontro de Casais com Cristo, além de ser, por sete anos, responsável pela Comunidade Ômega, do Caminho Catecomunal da Paróquia de São Benedito.
Nessa outra paróquia, aliás, realizou trabalhos importantes, inclusive como diácono, não deixando, no entanto, de prestar seus serviços na Paróquia de Nossa Sra. do Monte Serrat, à qual esteve ligado durante muitos anos.
Mário foi ainda presidente da Comissão de Festas da Padroeira, ocupando inclusive sua presidência, quando esse importante evento era controlado pela Paróquia de Nossa Senhora do Monte Serrat.
Na política
Mário ingressou na política através da Frente Operária, um movimento surgido na cidade em 1962, sendo um dos quatro candidatos a vereador eleitos pela nova força, nas eleições de 1963, juntamente com Araldo Bertani, Eugênio Coltro e Miguel Orlandini. A partir de 1964 até 31 de janeiro de 1973, durante quase 10 anos, portanto, foi vereador no Legislativo saltense, ocupando a presidência no biênio 1972/73. Nesse cargo agiu sempre com autoridade e responsabilidade, o que o levou a ser cogitado como candidato a prefeito.
Isso aconteceu nas eleições de 1972, quando ele foi um dos 3 candidatos pela Arena, pois também disputou com Josias Costa Pinto e Hélio Steffen. Mário foi o 3º colocado, mas graças aos 542 votos que obteve, ajudou Josias a se eleger, pois a diferença da Arena para o MDB (os únicos dois partidos existentes), foi de 471 votos.
Família e homenagem
Mário era casado desde 24 de junho de 1950 com Mercedes Florindo Dias Vicente, com a qual teve uma filha, Maria de Lourdes.
Numa sessão solene realizada na Câmara Municipal de Salto, em 1º de dezembro de 1989, Mário recebeu o título de Cidadão Saltense, pelos inúmeros serviços prestados à coletividade local, tanto na área religiosa como na política.