OPINIÃO
Pracinhas, fontes, dinossauros, etc.
Não se pode deixar de elogiar a administração pública quando ela executa uma obra na cidade ou num determinado bairro, assim como quando oferece uma atração não só para todos os cidadãos, mas também para os turistas. Essas medidas são recebidas com muita satisfação, mas depois de um certo tempo o que era doce se torna amargo como jiló. É o caso, por exemplo, da maioria das pracinhas implantadas por Geraldo Garcia, em seus primeiros 8 anos de governo (2005 a 2012). Elas foram construídas em terrenos abandonados, onde se acumulava lixo, servia de esconderijo para marginais, além de outras coisas. No entanto, depois de 6 meses ou 1 ano, algumas dessas pracinhas, que foram recebidas com festas, se tornaram um local indesejado, tomado pelo mato, passando a ser utilizada por traficantes e desocupados. Faltou ma-nu-ten-ção. O mesmo pode-se dizer em relação às fontes. No centro da cidade sempre tivemos duas que proporcionaram problemas: uma no triângulo existente na Praça Archimedes Lammoglia e outra na Praça XV. A do triângulo sempre teve vida efêmera, apesar de ser das mais simples. Com a da Praça XV as administrações gastaram importâncias consideráveis e não duraram muito. Começou quando a praça foi inaugurada, na administração de Joseano Costa Pinto (1968) e seguiu pelos anos posteriores. A última tentativa ocorreu em novembro último, quando a Prefeitura gastou 345 mil reais (!), alegando que são equipamentos de primeiro mundo. Pode ser que seja, mas há duas semanas já apresentou um problema e a chance de acontecerem outros é muito grande. Também nesse caso o que não deve faltar é: ma-nu-ten-ção. No que se refere aos dinossauros, eles foram trazidos no segundo governo de Geraldo, quando se moviam, faziam ruídos, etc. Esperava-se que eles seriam uma grande atração turística, mas logo sofreram a ação das intempéries e da falta de uma atenção maior por parte do Executivo. Mesmo assim funcionaram, mas não em sua plenitude, agora estão sendo reformados, mas vai valer a pena? Vai se houver uma coisa importante: ma-nu-ten-ção. Como se nota, o segredo é a manutenção. Se não houver manutenção eficiente, os gastos para substituir ou refazer fontes, praças, dinossauros e inúmeras outras obras, podem ser maiores que os aplicados quando da execução da obra ou da implantação de uma determinada atração.