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QUEM FOI QUEM

João B. Camargo: exemplo de bondade,

solidariedade e eficiência


João Camargo em seus últimos dias de vida

Dentre as muitas qualidades de João Baptista Camargo, pode-se destacar três: bondade, solidariedade e eficiência, mas tinha outras. Era o tipo de pessoa em quem se podia confiar, que tratava a todos com respeito e dignidade, solidarizando-se com os que necessitavam de sua ajuda ou de sua parceria. Fazia questão de ser eficiente em tudo o que fazia e foram muitas e das mais diversas as atividades que exerceu em seus 55 anos de existência.


Ele nasceu em Salto aos 26 de novembro de 1930, filho de Manoel de Camargo e Cinira de Oliveira Camargo. Fez o antigo curso primário no Grupo Escolar “Tancredo do Amaral” e logo depois passou a trabalhar, inicialmente na Fábrica de Papel e depois na Eucatex, na qual permaneceu até abril de 1976, quando se aposentou. Continuou, no entanto, a prestar serviços nessa empresa, colaborando na fundação da Cooperativa dos Industriários de Salto, sendo seu presidente por vários anos.

Residiu por algum tempo em São Paulo, onde foi confrade vicentino na Igreja de São Vicente, do Moinho Velho, mas voltou para Salto e aqui continuou militando na Sociedade São Vicente de Paulo, nas conferências da Imaculada Conceição e São Judas Tadeu. Suas atividades foram aos poucos aumentando, participando de diversos movimentos religiosos, tendo trazido para Salto, com Antonio Maria Fernandes e Silvio Piunti, o “Cursilho da Cristandade”, em março de 1966. Participou também, durante três anos, de uma “Equipe de Nossa Senhora”, na qual introduziu bem elaborados Cursos de Preparação para o Casamento, no início dos anos 70.

Foi no movimento circulista que João mais se destacou. Durante mais de 35 anos ocupou todos os cargos do Círculo Operário de Salto (depois Círculo dos Trabalhadores Cristãos), inclusive sua presidência em 1954 e em 1975/76.

Na religião Católica foi um ativo participante, atuando, com sua esposa, como Ministro Extraordinário da Eucaristia a partir de 1971, até os últimos dias de vida.


Na imprensa

João, na época em que atuava na imprensa, com Ettore Liberalesso (O Trabalhador) e Valter Lenzi (Taperá)

João Camargo atuou na imprensa escrita e falada. Na escrita, fez parte do grupo que fundou o jornal O Trabalhador, em junho de 1949, funcionando como redator durante muitos anos e como diretor responsável em várias ocasiões: de 18/12/1955 a 15/2/1958; de 1º/1/1972 a 1º/2/1973 e de 4/9/1983 a 26/10/1984. Foi também diretor do jornal interno da Eucatex, O Castor, em 1970.

Na imprensa falada foi proprietário do estúdio em Salto da Rádio Emissora Convenção de Itu, que tinha uma programação diretamente da cidade, em vários horários do dia.


Antonio Cláudio, filho de João, usa da palavra, na inauguração da foto do seu pai no estúdio da Convenção em Salto, ao lado do mons. Mário Negro, Gasparini e Maurício Gardenal, locutores da rádio

Na “Guardinha”

Guardinhas prestam sua homenagem a João B. Camargo, já utilizando cadeira de rodas, meses antes do seu falecimento (1985)

Um dos seus mais meritórios trabalhos João Camargo realizou na Associação de Educação do Homem de Amanhã de Salto, conhecida como “Guardinha”, sendo um dos pilares de sua manutenção durante um bom tempo, ocupando diversos cargos dentre eles o de presidente no biênio 1981/82. Em virtude de sua atuação, recebeu expressiva homenagem dessa entidade, em abril de 1985, pouco antes do seu falecimento, quando já tinha problemas de locomoção, tendo que se utilizar de uma cadeira de rodas. Na ocasião, recebeu o título de sócio benemérito.


Família e falecimento

João era casado com Ana Bedin Camargo desde dezembro de 1952, com a qual teve 7 filhos: João, Antonio Cláudio, Wilson, Maria Salete, Ana Maria, Maria Angélica e Eraldo.

Ele faleceu em 24 de outubro de 1985, quando foi devidamente homenageado em diversos atos: pelo grande número de pessoas presentes ao seu velório, aos quais dedicou sua estima e amizade; missa celebrada pelo cônego Paulo Haenraetz, na igreja São Benedito, pouco antes do sepultamento; discurso do deputado Archimedes Lammoglia aos pés de sua sepultura e homenagens póstumas prestadas pelo jornal O Trabalhador, Círculo dos Trabalhadores Cristãos de Salto, Associação Paulista de Imprensa e Associação dos Velhos Jornalistas, de São Paulo.


Nome de rua

João também foi homenageado pela Comissão de Nomenclatura, sendo seu nome dado a uma das ruas do Residencial Fabbri.

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