QUEM FOI QUEM
- Valter Lenzi
- 14 de jan. de 2019
- 2 min de leitura
Irmã Nazarena, baluarte na construção do Externato
e 25 anos dedicados às crianças saltenses

A irmã Maria Nazarena Correa, nascida Darcília Corrêa, foi uma das chamadas “madres” mais destacadas do antigo Coleginho, hoje Escola Sagrada Família, não só em benefício desse estabelecimento de ensino, mas de toda a cidade. É que ela foi figura primordial na construção do novo prédio dessa escola, na Avenida D. Pedro II, quando era sua superiora, tendo dedicado 25 anos dos 40 de profissão religiosa ao estabelecimento, durante os quais prestou inestimáveis serviços à comunidade e especialmente às crianças saltenses.
Ela nasceu em Santa Rita do Passa Quatro em 22 de abril de 1922; fez o antigo curso primário no Colégio das Irmãs Filhas de São José e na mesma escola cursou o Ginasial e a Escola Normal, formando-se professora.

Desde muito jovem revelou sua vocação para servir a Deus e no dia 18 de janeiro de 1937 entrou na Congregação das Filhas de São José, recebendo o hábito no dia 24 de junho desse mesmo ano, com o nome de Irmã Maria Nazarena Corrêa. A seguir veio para o antigo “Coleginho das Freiras”, como a escola era conhecida em Salto, para exercer a profissão de educadora das crianças, permanecendo até 1951, quando retornou para o Lar Dom Luiz Carbulotto, como superiora, onde também continuou exercendo a profissão de professora.

Voltou para Salto em 1954, como superiora e professora do “Coleginho”, permanecendo até 1957, quando já realizava um intenso trabalho visando a construção do novo prédio da escola. Antes ela funcionou na atual Praça Archimedes Lammoglia, ocorrendo uma troca com a Prefeitura de Salto, que cedeu o terreno na Avenida D. Pedro II, no qual as novas instalações foram construídas. Irmã Nazarena foi considerada, na época, a grande baluarte na campanha pelo novo prédio, cujo epílogo ocorreu em 9 de fevereiro de 1958, quando ele foi festivamente inaugurado, com a participação do bispo diocesano de Campinas, d. Antonio Maria Siqueira, autoridades locais e grande número de pessoas. Embora já não estivesse em Salto, Irmã Nazarena compareceu, recebendo elogios pelo seu trabalho.

De 1957 a 1965, Irmã Nazarena atuou em Porto Feliz, no Externato e Casa da Criança, como professora. De 1966 a 1967 lecionou no Lar Dom Luiz Carbulotto, em Santa Rita do Passa Quatro; de 1967 a 1973 foi professora no Externato Nerina Adelfa Ugliengo, em Ribeirão Preto, retornando ao Externato Sagrada Família saltense, onde permaneceu até seus últimos dias, suportando pertinaz enfermidade e aceitando com espírito as dores, vindo a falecer em 5 de julho de 1979, quando entregou sua alma ao Senhor.
Nome de escola
Projeto de lei do deputado Archimedes Lammoglia deu a denominação de Irmã Maria Nazarena Corrêa à Escola Estadual criada no bairro São Judas Tadeu, em 1961. Com isso, ficará na lembrança dos saltenses uma religiosa que muito fez pela cidade e por diversas outras do Estado de São Paulo, merecendo, sem dúvida alguma, a homenagem que lhe foi prestada.