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OPINIÃO

O aumento dos casos de mortes no trânsito


Em Salto houve um acréscimo de 60 por cento no número de vítimas em acidentes de trânsito, porcentagem grande, mas os números não são muito expressivos, pois passou de 10 mortes em 2017 para 16 em 2018. O total verificado nos dois últimos anos felizmente não superou o ocorrido em 2016, quando aconteceram 21 mortes, o que levou o Programa de Segurança no Trânsito do Governo de São Paulo a destinar 1 milhão de reais para a cidade aplicar em pontos críticos do trânsito. Ao contrário de Salto, Itu reduziu o número de acidentes em 2018, mas na vizinha cidade os totais dos dois anos são muito superiores aos de nossa cidade: mais que o dobro, pois em 2017 foram 44 acidentes com mortes e no ano passado 37. Numa comparação entre as duas cidades, Salto, apesar de ter aumentado 60%, a quantidade é muito menor que a verificada em Itu. A meta, porém, é reduzir, ao invés de aumentar. Das 16 mortes ocorridas no ano passado em Salto, a maioria envolveu motociclistas (6), seguida pelo atropelamento de pedestres (5), motoristas que dirigiam seus veículos ou passageiros (4) e 1 ciclista, atropelado por um carro na região noroeste. A preocupação maior deve ser com os motociclistas, os quais, por não contarem com uma blindagem maior como a dos carros, ficam mais expostos a acidentes, quando não tomam os cuidados necessários, ou quando esses cuidados não são adotados pelos que dirigem veículos de quatro rodas, quando o acidente acontece numa colisão envolvendo esses veículos. No que se refere aos atropelamentos de pedestres, eles atingem principalmente os idosos, que se expõem na travessia de ruas, avenidas e praças, na maior parte das vezes atravessando fora da faixa a eles reservadas. Ou então, como no caso dos motociclistas, o acidente acontece porque o motorista não dirige com a atenção que deveria, às vezes até invadindo a faixa de pedestre, sob o argumento de que o semáforo estava aberto para seu avanço. As 4 mortes que aconteceram vitimando motoristas ou passageiros não podem ser consideradas um número elevado, pois representam uma quantidade mínima se considerarmos os veículos registrados na cidade, que é de quase 80 mil. Nem por isso, porém, vamos negligenciar e entender que está tudo bem, que estamos num parâmetro aceitável. Além das providências a serem adotadas pelas autoridades municipais, com o imprescindível apoio do Governo do Estado, espera-se que aqueles que trafegam pelas vias públicas da cidade (motoristas, motociclistas, ciclistas, etc. e também os pedestres), tomem cuidados especiais quando circularem com seus veículos ou saírem pelas ruas e avenidas de Salto. Zerar a quantidade de vítimas, o que seria ideal, é difícil, mas reduzir o número de acidentes fatais é obrigação de todos nós.

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