OPINIÃO
- Valter Lenzi
- 25 de fev. de 2019
- 2 min de leitura
A discussão sobre os novos loteamentos
A respeito do comentário que fizemos nesta coluna, recebemos dos vereadores Edemilson, Márcio e Cícero um Esclarecimento sobre o posicionamento que tiveram com relação aos novos loteamentos a serem implantados na cidade. Defendemos nesta coluna, assim como o nosso articulista, Eloy de Oliveira, a necessidade de se continuar permitindo que novos loteamentos sejam aprovados, desde que cumpridas as exigências, principalmente em relação à água, com armazenamento suficiente para atender os adquirentes de lotes. Esses vereadores afirmaram que este jornal “erra flagrantemente” ao não tê-los consultado. Não vimos necessidade dessa consulta, pois na edição do dia 9/2 publicamos palavras do vereador Cícero Landim, na sessão anterior dizendo que “se não estão conseguindo atender as demandas dos bairros atuais, que dirá dos novos? E por isso vamos pedir a suspensão ao MP”. Ora, se ele iria pedir a suspensão, ficou claro que os três vereadores, que agem sempre em conjunto, iriam “bloquear novos loteamentos”, como constou do título da matéria, que não foi contestada por nenhum dos 3 vereadores. Agora os três afirmam que “não houve protocolo de denúncia ao Ministério Público ou qualquer tipo de solicitação de intervenção por parte dos vereadores citados, conforme afirmado pelos articulistas”. Ótimo, se não levaram avante a ideia, isso é bom, mas tudo levava a crer que levariam. No Esclarecimento eles fazem outras considerações, dizendo que “a falta d’água é reflexo de uma má gestão, na qual os equipamentos de bombeamento precisam ser substituídos, tendo em vista que já estão obsoletos!”, com o que concordamos integralmente. Demonstram também estar preocupados com os novos loteamentos, que significam mais gente consumindo água, o que ninguém contesta; “portanto temos que ter responsabilidade enquanto o SAAE não aumenta a capacidade de distribuição”, o que não se pode negar. Acusam o SAAE de ser responsável “pela negligência histórica da urbanização sem investimentos”, entendendo que “precisamos de ampliação e modernização da rede de distribuição de água e esses investimentos na ampliação da rede pública de água e devem ser feitos pelos empreendedores imobiliários”, opinião partilhada por todos que analisam o problema, inclusive por este jornal. Os 3 vereadores reafirmam que não são contra os novos loteamentos, “o que cobramos é o adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo”, aproveitando para citar empreendimentos que são referência para os loteamentos a serem instalados. Em resumo, se eles tinham a intenção de recorrer ao MP para impedir novos loteamentos, o procedimento agora é outro. Talvez os comentários feitos nesta coluna e pelo jornalista Eloy, tenham contribuído para que isso ocorresse. O importante é que agora as opiniões são praticamente as mesmas, sempre com o interesse de beneficiar Salto e os saltenses.
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