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OPINIÃO

Um local para os desfiles de carnaval


Através dos anos o carnaval de rua de Salto tem sido realizado em pelo menos dois locais: Rua 9 de Julho e Avenida D. Pedro II. Cada prefeito tem sua preferência e por isso a cada ano o local é alterado, predominando nos últimos anos o Calçadão. Antes da Rua 9 de Julho ser asfaltada, quando o desfile se realizava ali, havia muitas reclamações, por parte do público que se acotovelava nas calçadas laterais da pista e também por parte dos desfilantes, principalmente as mulheres, que reclamavam que os saltos altos dos seus sapatos ficavam presos no espaço entre um paralelepípedo e outro. O prefeito Pilzio, então, resolveu asfaltar a 9 de Julho, às vésperas do carnaval de 1986, sem esperar pela colaboração dos moradores de ambos os lados (1/3 cada lado), que teriam que pagar 2/3 dos gastos dos 900 milhões de cruzeiros, que o município teve que pagar à Copacol, executora do serviço (a Prefeitura deveria gastar 1/3 desse valor, como estabelecia a lei em vigor, mas acabou tendo que bancar sozinha o serviço executado). Nos últimos anos o desfile voltou para a Avenida D. Pedro II, no Calçadão, mas o local ainda não pode ser considerado ideal. Os moradores do trecho, por exemplo, reclamam que bem antes do desfile começar a avenida já fica interditada e eles têm que deixar seus veículos longe das residências e só guardá-los nas garagens após o término de todas as atividades. Os motoristas também reclamam, pois o Departamento de Trânsito da Prefeitura, por volta das 16 horas já fecha com obstáculos diversas ruas transversais e até paralelas ao Calçadão, impedindo o acesso às residências, casas comerciais, etc. ou para quem quer apenas chegar ao seu destino. Não fica um agente de trânsito ou um guarda-civil municipal em todos os cruzamentos, para permitir o acesso antes do desfile começar e isso deixa muita gente irritada. A solução seria encontrar um outro local, como fazem em outras cidades, que têm realizado os desfiles em pontos afastados do centro urbano. Tem sido apresentadas várias sugestões, como a utilização de uma das novas avenidas implantadas na cidade e até antigas, como a Avenida dos Migrantes, mas o Poder Público teme que a mudança não repercuta bem e receba críticas. Aliás, muita gente não vai à D. Pedro II, assim como não ia à 9 de Julho em virtude dos problemas que têm que enfrentar, como estacionar seus veículos, assistir confortavelmente aos desfiles (arquibancadas móveis não têm sido mais montadas), etc. Por que não fazer a experiência a partir do próximo ano? Mas tem que se estudar o assunto a partir de agora e não deixar para a última hora, como costuma acontecer.

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