OPINIÃO
- Valter Lenzi
- 18 de mar. de 2019
- 2 min de leitura
O futuro de Salto em jogo
Nesta semana o prefeito Geraldo Garcia foi ouvido pela reportagem para apresentar a sua defesa em relação às críticas que tem recebido de vereadores da oposição. Na oportunidade ele mostrou seu entusiasmo com relação ao Plano Diretor, apresentado na semana passada por ele e pelo secretário de Planejamento Urbano, Sérgio Baldi. Geraldo afirmou que pretende executar também outras obras, o que deve transformar a cidade num verdadeiro “canteiro de obras”. Com relação à revisão do Plano Diretor, cujo projeto deverá ser encaminhado à Câmara brevemente, ele prevê a abertura de novas e amplas avenidas em toda a área territorial de Salto, mas a “cereja do bolo” deverá ser o Parque Linear que a administração pretende implantar às margens do Córrego do Ajudante, o qual deve ser similar ao Parque Ecológico de Indaiatuba. Esse parque, segundo Geraldo e seu secretário, visa elevar a qualidade de vida dos saltenses, ampliar as opções turísticas e oferecer lazer a todos, além de embelezar a cidade. Ele seria construído entre o Terminal Rodoviário e a Vila Flora, onde, na área do Central Parque, haverá um grande lago e ao seu redor diversos equipamentos públicos. No que se refere às avenidas, uma das projetadas interligará a Vila dos Eucaliptos e o Jardim Taquaral, localizados nas proximidades do Jardim São Gabriel, à Avenida Tranquillo Giannini; a duplicação da Avenida das Nações Unidas, da Rua Japão até a Rodovia SP-75, hoje abandonada, com buracos e sem acostamento; uma perimetral do cruzamento com a Estrada do Guarujá com a Rua Japão, próxima do pontilhão, cruzando o Rio Jundiaí e atingindo o Jardim Nair Maria, ligando a uma futura marginal da SP-75, perto da TMD Friction; duplicação da Estrada do Buru, da ponte estreita até o Jardim Maracajás (a ser custeada por empreendedores) e futuramente uma avenida ligando a Avenida Brasília à futura Avenida Buru. Algumas outras medidas estão previstas, estas não relacionadas a obras, como o desmembramento de lotes, além de outras. Não serão, evidentemente, obras a serem executadas a curto prazo, pois em virtude de sua grandiosidade certamente exigirão no mínimo 10 anos para serem concluídas. Além disso, será necessário pensar nos recursos a serem empregados, que devem ser de grande monta, mas a apresentação desse novo Plano Diretor demonstra uma preocupação com o tempo que está por vir e que deve mesmo ser tratada desde já. Não estamos mais no tempo de se planejar uma obra para início imediato, sem levar em conta muitos fatores que devem ser observados. O projeto certamente será estudado com cuidado, não só em nossa Câmara, mas também por um Conselho da Cidade, que a Prefeitura pretende criar e que deve dar sua contribuição para o aperfeiçoamento do Plano, pois é o futuro de Salto que está em jogo.