QUEM FOI QUEM
Madre Romana fez muito pela infância e juventude saltense
Muitas madres (como eram costumeiramente chamadas) ou irmãs, da Congregação das Filhas de São José, fizeram muito por Salto. Algumas se destacaram mais que as outras por desenvolverem um trabalho bem amplo ou pelo tempo que permaneceram em nosso “Coleginho”, que de Escola Paroquial na praça principal, passou a chamar-se Externato Sagrada Família quando passou para a Avenida D. Pedro II e hoje tem a denominação de Escola Sagrada Família, funcionando no mesmo local.
Uma dessas irmãs que merece um capítulo á parte foi a Madre Romana Scagnolari, pelo fato de muito ter feito pela infância e juventude saltense. Nascida em Rovigo, Itália, a 19 de julho de 1899, foi educada em sua cidade natal pela Congregação das Filhas de S. José, na qual ingressou como noviça, na Casa de Veneza, em 14 de dezembro de 1920, tendo feito sua profissão religiosa em 17 de setembro de 1923.
Trabalhou em Vittório Veneto até 1927, quando a Congregação estabeleceu-se no Brasil com um grupo de seis religiosas, dentre elas a irmã Romana, que chegou à cidade de Santa Rita do Passa Quatro em 12 de janeiro de 1927. Foi professora de Ciências e Matemática no Ginásio daquela cidade, até 1933, quando foi designada superiora do Externato de Vila Matilde. Ali a Madre Romana trabalhou durante 15 anos. De 1948 a 1954, foi superiora do Colégio São José de Santa Rita do Passa Quatro, voltando para Vila Matilde.
Ocupou o importante cargo de superiora de todo o Brasil de 1954 a 1958, vindo no início desse último ano para Salto, como superiora do Externato Sagrada Família, a tempo de inaugurar, em 9 de fevereiro de 1958 o novo prédio da Avenida D. Pedro II. Permaneceu em Salto até dezembro de 1966, tendo partido, em 4 de março de 1967 para Roma, onde exerceu o cargo de superiora do Externato Fraternal de Veneza. Estava presente no Capítulo da Ordem, no dia 12 de setembro de 1967, mas, sentindo-se mal no dia seguinte, foi hospitalizada imediatamente, vindo a falecer em 19 de setembro de 1968, um ano depois.
Foi considerada uma das grandes educadoras de Salto, tendo ainda participado de muitos movimentos cívicos e religiosos da cidade, dentre eles o Conselho Paroquial, criado a 4 de novembro de 1963.
Homenagens
Na época em que atuou em Salto, foi alvo de várias homenagens, dentre elas uma prestada pela Câmara Municipal, que ainda funcionava no prédio dos Mestres e Contramestres, na Avenida D. Pedro II, em frente ao Fórum, no ano de 1966, quando recebeu o título de Cidadã Saltense. No final desse mesmo ano, pouco antes de regressar à Itália, foi homenageada pelo Rotary Club de Salto, numa reunião festiva.
Também recebeu uma homenagem da Prefeitura de Salto, que deu seu nome a uma das ruas do Jardim Santa Lúcia, após seu falecimento.