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OPINIÃO

Novo prédio da Prefeitura: surgem polêmicas


Inevitavelmente a mudança prevista para o segundo semestre deste ano do prédio da Prefeitura na Rua 9 de Julho para o prédio da Abadia, seria mesmo motivo de discussões e polêmicas. Elas já estão acontecendo e o prefeito Geraldo Garcia certamente já sabia disso, tanto que só na semana passada fez o anúncio, depois de alguns meses reformando o imóvel. Tem gente se manifestando nas redes sociais, contra e a favor da mudança e, na Câmara, vereadores da oposição já estão criticando a transferência da sede, argumentando que os 5 milhões a serem gastos deveriam ser aplicados na construção de um novo prédio no terreno que foi colocado à disposição da Prefeitura, na Avenida dos 3 Poderes, no Central Parque. Certamente, porém, se Geraldo anunciasse a construção do novo prédio naquele local seria também “bombardeado” pelos oposicionistas, que são contra tudo. É o papel deles e devem mesmo desempenhá-lo, apesar dos exageros que às vezes cometem, muitos deles bastante visíveis a olho nu. Melhor exercer a oposição (que deveria ser séria para ter credibilidade) do que aplaudir tudo, indistintamente, como alguns fazem. Analisando as opiniões pró e contra a mudança, verificamos que algumas delas devem ser levadas em conta, apesar de que talvez seja tarde demais. O gasto de 5 milhões de reais, por exemplo, valor que pode ser superado, é discutível, pois há quem defenda outros investimentos. Dizem que bem ou mal a Prefeitura está funcionando no atual prédio, embora a precariedade cause vergonha ao prefeito, secretários e funcionários, quando recebem visitas de autoridades de outros municípios, sem deixar de citar que os que são obrigados a trabalhar no local sentem muito as más condições das instalações. O fato de um dia a Prefeitura vir a ter seu prédio na Avenida dos 3 Poderes também é levado em conta por essas pessoas, mas pergunta-se se vai haver aprovação, caso algum prefeito decida realizar essa obra, na qual seriam gastos vários 5 milhões de reais. Relembrem o que aconteceu quando um dos presidentes da Câmara (Djalma Nery) pretendeu construir uma nova sede do Legislativo no Jardim Maria José, encontrando sérias resistências que o fizeram desistir da ideia. O novo prédio vai permitir que a Prefeitura passe a funcionar num local perfeitamente adequado para receber o Executivo, mas é preciso lembrar que ele ficou abandonado durante vários anos, depois da saída da Faculdade Sant’Anna. Tanto o prefeito Geraldo, em suas duas primeiras gestões, como seu sucessor, Juvenil Cirelli, não cuidaram devidamente do imóvel, que foi invadido, saqueado, pichado, enfim se deteriorou num curto espaço de tempo. Tivessem eles colocado guardas, as instalações seriam mantidas e hoje se gastaria muito menos que os 5 milhões previstos. Ambos tentaram dar nova destinação ao prédio, sem sucesso, pois teriam que ser executadas obras onerosas, surgindo ao final a ideia de instalar ali a Prefeitura. Com os serviços em fase de conclusão, o debate sobre se é boa ou ruim a medida adotada, pode render muito bate-boca, mas com resultado zero, pois agora Inês é morta.

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