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QUEM FOI QUEM

Dr. Armando Maestrello exerceu a Medicina

muitos anos em Salto e também em São Paulo


Dr. Armando formou-se médico com sacrifício

Um dos médicos com atuação por mais tempo em Salto foi o dr. Armando Maestrello, o qual prestou importantes serviços aos moradores da cidade, numa época em que poucos profissionais aqui atuavam. Ele dividiu suas atividades durante um bom tempo com o trabalho que desempenhava em São Paulo, principalmente no Hospital Matarazzo, um dos mais importantes da capital.


Com a esposa dona Dulce, com quem se casou em S. Paulo

Armando nasceu em Salto aos 16 de fevereiro de 1924, filho de João Maestrello e Maria Zanuni Maestrello. Era casado com Dulce Pessoa Maestrello, com quem teve três filhos: Armando Júnior (professor), Antonio Roberto (médico) e Maria Alice (dentista).


Não foi fácil para ele tornar-se médico, pois sua família não era suficientemente abastada para mantê-lo numa faculdade. Por isso teve que se esforçar bastante para concluir o curso, inclusive tendo criado um “cursinho” para o vestibular, o qual manteve durante 4 anos dos seus estudos na Medicina, o que o ajudou a enfrentar as despesas. Foi em Salto que ele realizou seus primeiros estudos, o primário no Grupo Escolar Tancredo do Amaral, onde estudava pela manhã e à tarde frequentava a Escola Anita Garibaldi. Aos 14 anos, como era comum naquela época (década de 1930), ele começou a trabalhar na Brasital S.A., numa sessão chamada de “Campionário”, onde eram preparadas as pastas com mostruário de todos os produtos da empresa, os quais eram remetidos aos clientes. Na Brasital trabalhou também na Tinturaria e como “ponto” (que anotava a entrada e saída dos trabalhadores) na Fazenda Brasital.

Foi para São Paulo aos 19 anos, tendo trabalhado em diversas firmas, como a Prata Wolff, Curtume Carioca e na contabilidade da Carbochimica, tendo nesta aproveitado o curso de contabilidade que fez em Salto. Estudava no período noturno, fazendo o curso de “Madureza”, após o que foi para o Colégio Paulistano fazer o Científico. Com mais um ano de “cursinho”, se capacitou a entrar na Escola de Medicina da USP, de Ribeirão Preto, formando-se em 1952 (1ª turma), quando contava 27 anos de idade.

Dr. Armando ladeado pelos drs. José Carlos Servilha e Gilberto Coimbra

Depois de formado, trabalhou no Hospital Matarazzo, com o dr. Archimedes Lammoglia, passando a viver em São Paulo, mas viajando sempre para Salto. Na capital conheceu aquela que seria sua esposa, dona Dulce, com a qual veio para Salto em 1962, quando seus filhos eram ainda menores. Voltou à Brasital, desta feita como responsável pela saúde dos seus ex-colegas, curiosamente utilizando a mesma carteira de trabalho que havia utilizado em seus primeiros tempos na indústria. Fez vários cursos de especialização, como o de Medicina no Trabalho, passando também a clinicar na Eletro Metalúrgica Abrasivos Salto (EMAS), na indústria Sivat, além do Centro de Saúde, até aposentar-se.


Continuou, porém, atendendo a população, em seu consultório, sendo convidado, durante o governo de Josias Costa Pinto (1973 a 1976) para o cargo de diretor clínico do Hospital Municipal. Nessa época viajava constantemente para São Paulo, onde atuava como chefe de equipe do Posto de Saúde de São Paulo, o que ocorreu durante 15 anos, fazendo plantão semanal por um período ainda maior: 25 anos. Ao completar 80 anos de idade, ainda comparecia diariamente em sua clínica particular, para atender velhos amigos, seus clientes há dezenas de anos.


No esporte – O dr. Armando participava também da vida social e esportiva da cidade, tendo atuado, por exemplo, como atleta da A.A. Saltense, como goleiro, passando a jogar, já na idade avançada, na equipe dos Veteranos Saltenses.

Faleceu em 13 de maio de 2013, deixando a esposa, filhos e netos.


Homenageado pelo “Taperá” por seu Mérito e Tradição, em 2002, recebe o certificado do prefeito Pilzio N. Di Lelli

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