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REPETECO

Uma “Ovelha negra” cantou na cidade


Em todo lugar e até nas melhores famílias existem os bons e os maus elementos. Quando é só um que faz besteira, logo é apelidado de “ovelha negra”, aquele que se desgarra dos demais e tem um procedimento nada edificante.

Na canção popular também existem as “ovelhas negras” e isso ficou provado no último sábado, no Clube dos Trabalhadores Saltenses, quando ali se realizou um show com cantor que tem feito relativo sucesso nas emissoras que não ligam muito para a qualidade das músicas que apresentam. Coincidentemente o rapaz tem o nome artístico de Ovelha.

Ele chegou com toda aquela banca de quem iria fazer a plateia se derreter, mas num intervalo de sua apresentação o público reagiu diferentemente. Quem tinha mau gosto aplaudiu, quem tinha bom gosto vaiou, o que deixou o rapaz nervoso. “Vocês querem que eu cante?”, perguntou. Uns responderam sim, a maioria respondeu não, fazendo-o abandonar o palco, não sem antes mandar todo mundo para aquele lugar parecido com o coro que a torcida faz nos estádios: “Um, dois, três, quatro cinco mil, queremos que você vá...”. Já sabem, né?

Houve quem pretendesse tosquiar o Ovelha, mas isso de nada iria adiantar, pois como diz aquele ditado (diz?), o animal perde a lã, mas não perde o vício.

(Boca-de-Siri: 10 Anos de Humor – 2005)

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