OPINIÃO
Artesp responde sobre cobrança absurda no pedágio
A Assessoria de Imprensa da Artesp (Agência Reguladora dos Transportes de São Paulo) foi muito eficiente ao responder, logo na segunda-feira nosso editorial, publicado na edição do último sábado, sobre a absurda cobrança de R$ 26,40 para quem viaja e regressa de Campinas (R$ 13,20 para cada deslocamento). Não é de hoje que ocorre essa cobrança injusta, pois em comparação com os indaiatubanos, somos bastante prejudicados, uma vez que eles utilizam o “ponto a ponto”, que lhes proporciona uma despesa de apenas R$ 10,60 no total (R$ 5,30 na ida, R$ 5,30 na volta), valor muito inferior ao que pagamos. Em sua resposta ao nosso editorial, a Artesp alega que “o valor da tarifa de cada praça de pedágio equivale a cobrança de uma determinada extensão em quilômetros da rodovia, visando a realização de investimentos, manutenção e conservação da malha concedida, além da prestação de serviços como atendimento emergencial por ambulância, guinchos, entre outros. No caso das praças de pedágio de Sorocaba e Indaiatuba, da SP-075, a extensão de cobertura da praça de pedágio de Sorocaba é muito inferior à de Indaiatuba”. A princípio estranhamos a explicação, pois a distância de Salto para as duas cidades é praticamente a mesma. Ocorre, no entanto, que a SP-75 está dividida em duas partes: do km 0 ao 15, a concessionária é a ViaOeste, enquanto a ABColinas é responsável por um trecho maior, de 77,6 km (a partir do km 15 até Campinas). O atendimento, assim como os investimentos teriam sido maior por parte da Colinas, por isso ela cobra um valor muito mais alto. Explica mas não justifica. Esse é um detalhe que tem sua razão junto à Artesp, mas não para aqueles que saem de Itu ou de Salto em direção a Campinas, tendo que passar pelo pedágio absurdo. No comentário que fizemos diretamente à Artesp, perguntamos se ela não teria poderes para mudar essa situação. Aventamos inclusive a possibilidade de fazer funcionar os “ponto a ponto” já instalados na SP-75, excluindo (ou transferindo para mais à frente), um deles, no perímetro urbano de Salto, pois motoristas que se dirigem de um bairro para outro teriam que pagar 3 reais por deslocamento, o que não é justo. Por iniciativa própria a Artesp certamente não deverá tomar nenhuma atitude, a não ser que seja questionada ou acionada oficialmente. Por isso, num contato mantido com o prefeito Geraldo Garcia, o mesmo mostrou-se interessado em resolver o problema. Ele elogiou a luta pioneira deste jornal, ao qual parabenizou, e disse que o deputado Rogério Nogueira mostra-se disposto a achar uma solução e que inclusive o próprio governador João Doria está querendo rever os contratos com as concessionárias, podendo ser reduzido esse preço absurdo. Os indaiatubanos já estão sendo beneficiados, com os “ponto a ponto” em suas viagens para Campinas e os saltenses não podem continuar sendo prejudicados.