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OPINIÃO

“Todos pelo Tietê”: valeu a iniciativa, porém...

Antes de tudo não se pode deixar de elogiar a iniciativa da nova entidade Fraternidade Solidária Saltense, formada por 4 entidades que demonstraram estar preocupadas com o sério problema da poluição do Rio Tietê, que há tempos amargura a todos os saltenses. Temos que repetir não apenas os nomes dessas entidades, mas também os respectivos responsáveis, que são os seguintes: Associação Comercial, Industrial e Agrícola – Francisca Rufino; Associação das Indústrias – Tiago Ísola; Ordem dos Advogados do Brasil, Subsecção de Salto – Juliano Hyppolito de Souza e Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Salto – Paulo Takeyama. A iniciativa tomada por essas entidades, através dos seus presidentes, merece ser aplaudida, pois embora não sejam do ramo, promoveram um evento que se fazia mesmo necessário, porque não podemos nos calar diante dessa despreocupação com o caso do Governo do Estado, que não se sensibiliza com o fato do Rio Tietê despejar em Salto toneladas de detritos, vindos da capital do Estado e de cidades da Região Metropolitana de São Paulo. Porém (há sempre um porém), infelizmente o “Todos pelo Tietê”, se para nós foi um sucesso, poderia ter alcançado objetivos ainda maiores. É uma constatação que deve ser feita como forma de colaboração para que futuros eventos como esse apresentem um resultado ainda melhor. E o que seria esse resultado ainda melhor? Infelizmente, a boa repercussão da promoção não ultrapassou, quando muito, nossa região, não chegando sequer a atingir a maioria das mais de 60 cidades ribeirinhas ao Tietê, que não se deram ao trabalho de vir a Salto para juntar-se ao nosso protesto, certamente porque o rio não lhes causa tantos problemas como para nós. Vieram no máximo 4 representantes e como única Prefeitura a de Laranjal Paulista. A promoção do “Todos pelo Tietê” poderia ter um trabalho de marketing mais amplo, para que nosso protesto contra a poluição chegasse mais longe, o que seria possível se pudéssemos contar com a divulgação por parte da Grande Imprensa, ou seja, as emissoras de TV, emissoras de rádio e os jornais de maior circulação, como O Estado de S. Paulo e a Folha de S. Paulo. Não conseguimos sequer trazer a TV Tem, que dá ampla cobertura a fatos muito menos importantes que ocorrem em cidadezinhas da Região Metropolitana de Sorocaba e se faz ausente num evento da grandeza desse que Salto realizou. Um trabalho junto à TV sorocabana, assim como junto à TV Sorocaba, SBT, Record e outras, seria de grande valia. Uma emissora como a Jovem Pan, que está apoiando um projeto para acabar com a poluição do Rio Pinheiros, poderia também ser contatada, através da Lojas Cem, que anuncia e mantém boas relações com ela, divulgando o acontecimento em seus programas jornalísticos. Enfim, faltou uma divulgação mais ampla do evento, não cabendo culpa aos promotores, que, como dissemos, não são do ramo e fizeram o máximo que puderam, inclusive sem obter o respaldo financeiro de grandes empresas locais, que não se aliaram às que se propuseram a colaborar, como a própria Lojas Cem, Kanjiko, Mútua, Sicredi, Model, Aliança e Colégio Prudente, além do apoio de outras. Que essa nossa opinião não sirva como crítica, mas apenas como colaboração para que futuros eventos venham a ser ainda mais produtivos e que contribuam para que as autoridades estaduais olhem com mais atenção e carinho para uma solução do grave problema que o Tietê nos causa.

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