QUEM FOI QUEM
Lydia Dotta Lobo foi o destaque feminino na arte da pintura saltense
Salto contou com vários destaques masculinos na arte da pintura, mas também teve uma representante do sexo feminino que brilhou nessa área. Trata-se de Lydia Dotta Lobo, uma das duas irmãs do dr. Mário Dotta, filha de Francisca Milioni Dotta. Ela se notabilizou por registrar imagens antigas da cidade onde nasceu e viveu.
Nascida em Salto em 1922, ainda menina deu seus primeiros passos em direção à pintura, orientados pelo seu tio Henrique Dotta, também pintor. Recebeu também ensinamentos da Irmã Terezita, da Congregação das Filhas de São José, que dirigiam o Colégio (atual Escola) Sagrada Família. Firmou-se após ter tido aulas com outro grande pintor saltense, José Roncoletta, o “Lubra” e melhorou ainda mais suas qualidades artísticas ao estudar, durante 4 anos, no Convívio de Arte de Campinas, com o professor Bernardo Caro, da Unicamp.
A partir de agosto de 1988, aos 66 anos de idade, inaugurou seu atelier no Convívio Galeria, na Rua 9 de Julho, 533, onde expunha e vendia seus trabalhos. Antes, porém, participara de inúmeras exposições, não só em Salto, mas também em outras cidades, como Piracicaba, Limeira, Campinas, Jundiaí, Itu e São Paulo.
Calendário – Quando Salto completou 300 anos de existência, em 1998, lançou um Calendário Comemorativo, com imagens de Salto antigo, mostrando na capa a cascata do Rio Tietê e em páginas internas o “Areião”, situado às margens do Rio Tietê; a fachada da Brasital S.A.; casas também da Brasital, onstruídas com tijolinhos; Rua José Weissohn; “Rua da Igreja” (atual Monsenhor Couto), aparecendo a “Casa de pedra” do dr. Henrique Viscardi; prédio da Cooperativa Operária Saltense (onde hoje funciona a Lojas Cem); Loja Dotta, quando ainda funcionava na esquina da Rui Barbosa com a 9 de Julho; Lanchonete Varanda (de sua família), na Praça Archimedes Lammoglia, onde hoje funciona uma loja de R$ 1,99; “Arvão” que existia no terreno hoje ocupado pelo CEC e fachada da Igreja São Benedito.
Família – Lydia era casada com Alfredo Lobo Júnior, com quem teve duas filhas: Maria Helena e Maria Cristina, as quais lhe deram vários netos, dentre eles Alan e Tito Cocato, que se destacaram na equipe de vôlei do Banespa e um deles (Alan) foi até convocado para a Seleção Brasileira da modalidade.
Faleceu aos 82 anos, em Salto, em 23 de junho de 2005.