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OPINIÃO



As multas de trânsito na cidade


Conforme levantamento feito por este jornal, aumentou cerca de 10% o número de multas de trânsito aplicadas na cidade no primeiro semestre deste ano, atingindo um total de 8.907, numa comparação com o mesmo período do ano passado. Esse número corresponde a pouco menos de 50 multas por dia, superando a média diária de 2018, quando foi de 44,1 multas diárias.

Qual seria o motivo determinante desse aumento? Alguns argumentam que se trata de uma “indústria da multa”, que teria sido implantada na cidade pelo governo municipal. Outros acham um exagero causado pelo rigor na fiscalização e existem também aqueles que dizem que o fato ocorre porque nossos semáforos não proporcionam a oportunidade de o motorista avançar ainda no sinal amarelo, sendo multados quando o semáforo já registra o sinal vermelho.

Não acreditamos que haja por parte do Executivo a intenção de criar uma “indústria da multa”, pois outras administrações possivelmente tiveram essa intenção e se deram mal politicamente. No que se refere ao rigor da fiscalização, é uma hipótese viável, talvez pela intenção dos guardas civis municipais e pelos policiais militares (que agora também multam) de mostrar serviço. A terceira hipótese, das multas ocorrerem quando o sinal está no amarelo e o veículo ainda não atravessou, nos parece que está ocorrendo. Aliás, em outras cidades já aconteceram reclamações a esse respeito e providências foram tomadas. Aconteceu, por exemplo, em Presidente Prudente, onde os veículos tinham apenas 3 segundos para atravessar e houve um aumento para 5 segundos em alguns cruzamentos, o que reduziu as punições. Isso poderia ser aplicado também em Salto, pois o Código Brasileiro de Trânsito não proíbe uma alteração desse tipo. Em Belo Horizonte, por sua vez, o tempo no amarelo é de 3 segundos, mas há um acréscimo de mais 2 no sinal vermelho, como “margem de erro”.

O sinal amarelo indica o tempo, mostrando a iminência de parada obrigatória, para o motorista diminuir a velocidade e parar o veículo, salvo situação perigosa. A luz amarela evita as freadas bruscas e diminui as chances de colisão traseira, mas às vezes acontece do motorista perceber que o veículo que vem atrás está em velocidade e ele é obrigado a seguir em frente, correndo o risco de ser multado.

Outra reclamação contra as multas é que às vezes elas são “inventadas”, porque o motorista não infringiu a lei ou não estava na cidade ou no local da infração. Já ouvimos muitos relatos desse tipo e aquele que é injustamente penalizado geralmente não consegue êxito ao apresentar recurso, pois é a palavra do guarda ou policial contra a dele, a não ser que prove documentalmente que não estava no local. A solução, que ainda deve levar tempo, é implantar a multa eletrônica, pois a foto do veículo irregular não pode ser contestada. É a solução, mas quando acontecerá?


CÁ ENTRE NÓS


Semáforo demorado

Uma pesquisa constatou que o semáforo mais demorado do Brasil é o que se situa em São Paulo, na Radial Leste com a Avenida Bandeirantes: 180 segundos. Em Salto existe semáforos que possivelmente ocupam as primeiras colocações: os da Rua 9 de Julho, principalmente o da confluência com a General Glicério. O motorista que pretende com seu veículo atravessar a 9 de Julho, nos dois sentidos, tem que esperar cerca de 120 segundos ou até mais nesse cruzamento. Já houve muitas reclamações neste jornal contra essa demora que mais atrapalha do que ajuda o trânsito, mas o Departamento de Trânsito faz ouvidos moucos e alega motivos técnicos para manter a situação. Possivelmente os membros desse departamento não tem o costume de passar nesse cruzamento. Quem passa sempre que se dane.


Nossa opinião

Nossos últimos comentários nesta coluna sobre a Zona Azul causou em algumas pessoas que se manifestaram nas redes sociais a impressão de que falamos uma coisa e depois dizemos outra. Para que não haja dúvidas, vamos esclarecer então nossa opinião sobre o estacionamento rotativo: 1 – quando o prefeito Geraldo Garcia baixou o decreto da nova Zona Azul, em 2017, consideramos exagerado aumentar os valores em 100% (2 e 4 reais, respectivamente, para 1 e 2 horas) e até fomos acusados de publicar fake news. Os valores foram mantidos. Num comentário feito em 11 de maio deste ano solicitamos que o prefeito fosse mais condescendente na cobrança pela ocupação das vagas e reconhecemos que o prefeito estava “entre a cruz e a espada”, pois ele não poderia tomar atitudes que significassem renúncia de receita; 2 – em 18 de maio falamos sobre os pontos positivos da Zona Azul (que realmente tem), principalmente no que se refere ao uso do aplicativo, que infelizmente nem todos sabem como usar. Nesse mesmo dia dissemos que não achávamos correto cobrar do estacionamento aos sábados, mas o prefeito alegava que a Associação Comercial tinha feito pedido nesse sentido; 3 – sempre defendemos a não cobrança para motos, mas se isso não fosse possível que pelo menos fosse reduzida a tarifa, o que acabou acontecendo; 4 – em 22 de junho comentamos sobre os efeitos da nova Zona Azul, que transformou as ruas antes movimentadas em desertas, prejudicando o comércio. Pedimos também, nesse dia, mais paciência e compreensão por parte dos “amarelinhos”, que estavam muito afoitos na cobrança; 5 – em 13 de julho dissemos explicitamente que somos contra a cobrança das motos e pedimos outras alterações na Zona Azul, como uma tolerância de pelo menos 5 minutos, permissão para permanência de veículos com defeitos nas vagas, mais vagas para os idosos e deficientes, dentre outras coisas; 6 – reiteramos na semana passada a necessidade de mudanças, reconhecendo que algumas delas não dependem do prefeito, mas da empresa que venceu a licitação. Pedimos a redução dos preços, estabelecimento da meia hora, tolerância, maior compreensão por parte dos “amarelinhos”, ressaltando sempre que mudanças dependem da empresa, mas esta dificilmente poderá atender a maioria delas. Que tal se houvesse uma compensação em troca do aceite das mudanças por parte dela, como a extensão da Zona Azul para outras vias da cidade, compensando eventuais perdas na situação atual?


Modernizando 47 pontos

Nada menos que 47 pontos de ônibus estão sendo modernizados pela Prefeitura, com recursos da Auto Ônibus Nardelli, vencedora da última licitação para o transporte urbano. A empresa deverá despender o total de 1 milhão de reais para a execução de serviços como esse, sem contrapartida, o que demonstra que felizmente essa exigência está podendo ser cumprida por uma empresa saltense, que executa um serviço que agrada a grande maioria dos usuários. Existem reclamações, reconheça-se, mas muito poucas comparando com o fato de serem atendidas milhares de pessoas diariamente. Essas reclamações, por serem raras, se diluem, mas nem por isso deixam de merecer a atenção da empresa.


BOCA-DE-SIRI


Semáforos para daltônicos


Os principais motivos que causam multas aos motoristas no trânsito da cidade são as relacionadas à passagem do amarelo para o vermelho. Tem motoristas que não ficam nem vermelhos quando garantem que estavam passando do verde para o amarelo quando atravessavam o cruzamento. Outros garantem que têm uma tendência para o daltonismo, por isso defendem com ardor semáforos daltônicos: uma só cor, a verde.OPINIÕES As multas de trânsito na cidade Conforme levantamento feito por este jornal, aumentou cerca de 10% o número de multas de trânsito aplicadas na cidade no primeiro semestre deste ano, atingindo um total de 8.907, numa comparação com o mesmo período do ano passado. Esse número corresponde a pouco menos de 50 multas por dia, superando a média diária de 2018, quando foi de 44,1 multas diárias. Qual seria o motivo determinante desse aumento? Alguns argumentam que se trata de uma “indústria da multa”, que teria sido implantada na cidade pelo governo municipal. Outros acham um exagero causado pelo rigor na fiscalização e existem também aqueles que dizem que o fato ocorre porque nossos semáforos não proporcionam a oportunidade de o motorista avançar ainda no sinal amarelo, sendo multados quando o semáforo já registra o sinal vermelho.Não acreditamos que haja por parte do Executivo a intenção de criar uma “indústria da multa”, pois outras administrações possivelmente tiveram essa intenção e se deram mal politicamente. No que se refere ao rigor da fiscalização, é uma hipótese viável, talvez pela intenção dos guardas civis municipais e pelos policiais militares (que agora também multam) de mostrar serviço. A terceira hipótese, das multas ocorrerem quando o sinal está no amarelo e o veículo ainda não atravessou, nos parece que está ocorrendo. Aliás, em outras cidades já aconteceram reclamações a esse respeito e providências foram tomadas. Aconteceu, por exemplo, em Presidente Prudente, onde os veículos tinham apenas 3 segundos para atravessar e houve um aumento para 5 segundos em alguns cruzamentos, o que reduziu as punições. Isso poderia ser aplicado também em Salto, pois o Código Brasileiro de Trânsito não proíbe uma alteração desse tipo. Em Belo Horizonte, por sua vez, o tempo no amarelo é de 3 segundos, mas há um acréscimo de mais 2 no sinal vermelho, como “margem de erro”.O sinal amarelo indica o tempo, mostrando a iminência de parada obrigatória, para o motorista diminuir a velocidade e parar o veículo, salvo situação perigosa. A luz amarela evita as freadas bruscas e diminui as chances de colisão traseira, mas às vezes acontece do motorista perceber que o veículo que vem atrás está em velocidade e ele é obrigado a seguir em frente, correndo o risco de ser multado.Outra reclamação contra as multas é que às vezes elas são “inventadas”, porque o motorista não infringiu a lei ou não estava na cidade ou no local da infração. Já ouvimos muitos relatos desse tipo e aquele que é injustamente penalizado geralmente não consegue êxito ao apresentar recurso, pois é a palavra do guarda ou policial contra a dele, a não ser que prove documentalmente que não estava no local. A solução, que ainda deve levar tempo, é implantar a multa eletrônica, pois a foto do veículo irregular não pode ser contestada. É a solução, mas quando acontecerá? CÁ ENTRE NÓS Semáforo demoradoUma pesquisa constatou que o semáforo mais demorado do Brasil é o que se situa em São Paulo, na Radial Leste com a Avenida Bandeirantes: 180 segundos. Em Salto existe semáforos que possivelmente ocupam as primeiras colocações: os da Rua 9 de Julho, principalmente o da confluência com a General Glicério. O motorista que pretende com seu veículo atravessar a 9 de Julho, nos dois sentidos, tem que esperar cerca de 120 segundos ou até mais nesse cruzamento. Já houve muitas reclamações neste jornal contra essa demora que mais atrapalha do que ajuda o trânsito, mas o Departamento de Trânsito faz ouvidos moucos e alega motivos técnicos para manter a situação. Possivelmente os membros desse departamento não tem o costume de passar nesse cruzamento. Quem passa sempre que se dane. Nossa opiniãoNossos últimos comentários nesta coluna sobre a Zona Azul causou em algumas pessoas que se manifestaram nas redes sociais a impressão de que falamos uma coisa e depois dizemos outra. Para que não haja dúvidas, vamos esclarecer então nossa opinião sobre o estacionamento rotativo: 1 – quando o prefeito Geraldo Garcia baixou o decreto da nova Zona Azul, em 2017, consideramos exagerado aumentar os valores em 100% (2 e 4 reais, respectivamente, para 1 e 2 horas) e até fomos acusados de publicar fake news. Os valores foram mantidos. Num comentário feito em 11 de maio deste ano solicitamos que o prefeito fosse mais condescendente na cobrança pela ocupação das vagas e reconhecemos que o prefeito estava “entre a cruz e a espada”, pois ele não poderia tomar atitudes que significassem renúncia de receita; 2 – em 18 de maio falamos sobre os pontos positivos da Zona Azul (que realmente tem), principalmente no que se refere ao uso do aplicativo, que infelizmente nem todos sabem como usar. Nesse mesmo dia dissemos que não achávamos correto cobrar do estacionamento aos sábados, mas o prefeito alegava que a Associação Comercial tinha feito pedido nesse sentido; 3 – sempre defendemos a não cobrança para motos, mas se isso não fosse possível que pelo menos fosse reduzida a tarifa, o que acabou acontecendo; 4 – em 22 de junho comentamos sobre os efeitos da nova Zona Azul, que transformou as ruas antes movimentadas em desertas, prejudicando o comércio. Pedimos também, nesse dia, mais paciência e compreensão por parte dos “amarelinhos”, que estavam muito afoitos na cobrança; 5 – em 13 de julho dissemos explicitamente que somos contra a cobrança das motos e pedimos outras alterações na Zona Azul, como uma tolerância de pelo menos 5 minutos, permissão para permanência de veículos com defeitos nas vagas, mais vagas para os idosos e deficientes, dentre outras coisas; 6 – reiteramos na semana passada a necessidade de mudanças, reconhecendo que algumas delas não dependem do prefeito, mas da empresa que venceu a licitação. Pedimos a redução dos preços, estabelecimento da meia hora, tolerância, maior compreensão por parte dos “amarelinhos”, ressaltando sempre que mudanças dependem da empresa, mas esta dificilmente poderá atender a maioria delas. Que tal se houvesse uma compensação em troca do aceite das mudanças por parte dela, como a extensão da Zona Azul para outras vias da cidade, compensando eventuais perdas na situação atual? Modernizando 47 pontos Nada menos que 47 pontos de ônibus estão sendo modernizados pela Prefeitura, com recursos da Auto Ônibus Nardelli, vencedora da última licitação para o transporte urbano. A empresa deverá despender o total de 1 milhão de reais para a execução de serviços como esse, sem contrapartida, o que demonstra que felizmente essa exigência está podendo ser cumprida por uma empresa saltense, que executa um serviço que agrada a grande maioria dos usuários. Existem reclamações, reconheça-se, mas muito poucas comparando com o fato de serem atendidas milhares de pessoas diariamente. Essas reclamações, por serem raras, se diluem, mas nem por isso deixam de merecer a atenção da empresa. BOCA-DE-SIRI Semáforos para daltônicos Os principais motivos que causam multas aos motoristas no trânsito da cidade são as relacionadas à passagem do amarelo para o vermelho. Tem motoristas que não ficam nem vermelhos quando garantem que estavam passando do verde para o amarelo quando atravessavam o cruzamento. Outros garantem que têm uma tendência para o daltonismo, por isso defendem com ardor semáforos daltônicos: uma só cor, a verde.

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