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REPETECO

  • Foto do escritor: Valter Lenzi
    Valter Lenzi
  • 19 de ago. de 2019
  • 2 min de leitura

Crimes de graça

Página policial de jornal do interior quase sempre é mais engraçada que a página humorística. A do Taperá daquela semana trouxe três notícias que poderiam ser trágicas não tivessem tanta graça. Só poderiam ter acontecido em Salto:

PRIMEIRA – Um elemento estranho invade uma casa comercial, armado de revólver, apodera-se de diversas mercadorias e antes de ir embora declara por que veio: estava se vingando do proprietário, que lhe devia determinada importância há tempos. Só então percebeu que o comerciante não era a pessoa de quem pretendia vingar-se. Tarde demais: o crime já havia sido cometido e o jeito era levar o produto do roubo, depois das devidas desculpas.

SEGUNDA – Um morador do bairro São Judas Tadeu tem sua casa invadida por três elementos. Mas ele não se dá por vencido: reage e consegue tirar a máscara de um deles. Surpresa: é um dos seus vizinhos, que, ao que tudo indica, não é adepto da política da boa vizinhança.

TERCEIRA – Cerca de 21 horas de um sábado. Um bar da Rua General Glicério, na Vila Nova, é invadido por dois elementos de cor parda. “É um assalto!”, grita um deles. “Ah, é, é?”, responde o proprietário, ao mesmo tempo em que atira uma garrafa em direção aos marginais. Surpresos com a inusitada reação, eles saem correndo e sobem num veículo que foge velozmente. Antes de partir, um dos ladrões dá uma olhada em direção ao bar e só então percebe a fria em que se meteu: tratava-se do “Bar do Muçurana” e muçurana, como se sabe, é o nome de uma cobra mais brava que a cascavel e que também é conhecida como cobra-preta.

(Livro “Boca-de-Siri” – 2005)

 
 
 

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