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OPINIÃO


Entre as melhores do País e do Estado


Chegaram como uma lufada de satisfação e de otimismo as notícias informando que Salto ocupou lugares de destaques em levantamentos feitos, um pela revista Exame, da Abril e outra pelo Programa Parcerias Municipais, do Governo do Estado, ambos sem motivos para favorecer nosso município.

No que se refere ao realizado pela revista Exame, nossa cidade se colocou em 52º lugar entre as melhores do país para fazer negócios. O estudo foi realizado pela Urban System, empresa de inteligência de mercado e consultoria em negócios imobiliários, atuando ainda no desenvolvimento de bairros planejados, aeroportos, metrô, trens, smart cities e cidades. Foram considerados os fatores sociodemográficos, econômicos, financeiros, de transporte, infraestrutura e serviços, abrangendo 317 cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes. Em 2018 Salto já ocupava a 83ª colocação, melhorando neste ano sua posição ao passar para a 52ª.

O estudo aponta como critérios o desenvolvimento econômico (maturidade e crescimento da cidade) – 27º lugar; capital humano (relativo à qualificação profissional e formação de mão de obra) – 43º lugar e à frente de Itu e Indaiatuba; desenvolvimento social e infraestrutura (básica para o desenvolvimento de negócios) – 66º, atrás de Itu e à frente de Indaiatuba.

O outro estudo, do Programa Parcerias Municipais, Salto brilha ainda mais, alcançando o maior destaque como a cidade com o melhor sistema de distribuição de água tratada do Estado e o melhor sistema de coleta do lixo domiciliar. Os dados são de 2017, mas a qualidade do serviço de coleta de lixo, feita pela C.S.O. Ambiental, é bem avaliada pelo Estado desde 2011, quando também foi considerada a melhor estadual. Também referem-se a 2017 os dados relativos ao abastecimento de água, quando nosso município era o 1º dentre os 645 do Estado.

As perguntas inevitáveis são: como Salto pode ser considerada a 52º do país em negócios se a situação do município, como um todo, é preocupante, com a crise atingindo seriamente o comércio e outros setores da vida comunitária? Como somos a melhor do Estado em abastecimento de água se nas últimas semanas vários bairros saltenses sofrem com a repetida falta do líquido? É bom que se esclareça que no caso dos negócios, eles não se referem às transações do dia a dia, realizadas no comércio, por exemplo, mas sim aos negócios imobiliários, que tiveram uma expansão extraordinária nos últimos anos, com novos loteamentos, edifícios, condomínios, etc.

Quanto ao abastecimento de água é mais difícil de explicar, por isso o espanto de muitos quando leram neste jornal que somos o primeiro do Estado nesse quesito. O SAAE tem realizado um trabalho hercúleo para resolver os problemas que surgem em vários pontos da cidade, mas no geral o serviço peca por não atender devidamente um número considerável da população. Pela nossa colocação, os demais municípios do Estado devem estar bem piores do que o nosso.


CÁ ENTRE NÓS


CPFL refuta

Em e-mail enviado a este jornal a Assessoria de Imprensa da CPFL refuta as afirmações que fizemos, na edição do último sábado, sobre a culpabilidade pelas falhas no fornecimento de energia elétrica na região do Piraí, que causaram a suspensão no abastecimento de água de grande parte da cidade. Diz o comunicado que “o acidente ocorrido na semana passada (3/10), que ocasionou a falta de água para alguns bairros da cidade de Salto, não foi causado por falta de energia ou qualquer problema na rede elétrica que abastece os motores da unidade de abastecimento do SAAE”. Prossegue, afirmando que “em momento algum, afirmou ou reconheceu que existem falhas no fornecimento de energia elétrica para a região do Ribeirão Pirai, e que essas falhas teriam causado rompimento dos canos de abastecimento do SAAE” (ver a íntegra do comunicado da CPFL na coluna da Secretária Eletrônica, E-mails, WhatsApp e Cartas). Tanto as afirmações que fizemos nesta coluna, como as notícias publicadas em página interna e na 1ª página da edição de sábado se basearam nas informações que recebemos da Assessoria de Imprensa da Prefeitura e do SAAE. Segundo essas informações, os representantes da CPFL reconheceram que existem falhas na energia entregue no Piraí, inclusive admitindo que houve falha no dia 3, quando grande parte do abastecimento foi afetada. O problema, inclusive, teria sido causado não pela demanda de energia, mas na manutenção do sistema. A CPFL agora não quer admitir, mas tem que reconhecer que as falhas existem, tanto que na Ata da Reunião – Relatório do Cliente (documento da empresa) ela se compromete a tomar algumas providências para que o fato não volte a se repetir.


Outra vez?

Parece que a falta d’água virou programa obrigatório nos finais de semana em Salto. Mais uma vez ela faltou em diversos locais e os motivos foram os mais variados. O verão se aproxima e o que se espera – se não forem tomadas providências urgentes e necessárias pelo SAAE – que vamos ficar sem água não apenas no sábado e domingo (e em alguns locais até segunda ou terça-feira), mas também nos demais dias da semana. Deus nos livre de mais essa!


Reciclagem de resíduos

Uma importante providência está sendo adotada pela Secretaria do Meio Ambiente da Prefeitura, em parceria com a CSO Ambiental: o processamento de resíduos da construção, na Usina de Valorização desses resíduos. Já foram processadas cerca de 30 mil toneladas, provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, os quais são utilizados em estradas rurais, praças e em outras obras, provocando considerável economia. Essa reciclagem merece ser ressaltada, com elogios por sua adoção, pois aproveita um material que era destinado ao aterro sanitário, o qual está agora sendo inteligentemente utilizado.


Pista e arquibancadas

A pista de atletismo do Estádio Municipal nunca mereceu uma manutenção constante e isso tem impedido que fosse utilizada devidamente não só por atletas em seus treinamentos, mas também pelos que fazem caminhada. Agora as obras deverão ser realizadas graças a uma verba de 1 milhão de reais obtidas pelo deputado Guilherme Mussi, com previsão de término dentro de 12 meses. A propósito, as obras de construção e ampliação das arquibancadas do Estádio Municipal já estão sendo feitas há algum tempo, o que dará condições daquele logradouro público receber, com maior conforto para os espectadores, as partidas pelos campeonatos municipais. A capacidade será para 4.600 torcedores, faltando apenas 400 lugares para que Salto possa sediar certames profissionais. Deveria haver, por parte do Executivo, um esforço para atingir os 5.000 lugares, se não com recursos próprios, numa parceria com alguma empresa. Com isso se resolveria um problema de décadas de existência, pois desde a inauguração e da reinauguração do Estádio, no início da década de 1980 e final da década de 1990, respectivamente, se prometeu a construção de arquibancadas por vários governos e só agora a promessa está sendo cumprida.

BOCA-DE-SIRI


Dá pra se orgulhar?

Ao ler a manchete do Taperá de sábado, o saltense se encheu de orgulho porque Salto está entre as 52 melhores cidades do país para fazer negócio e tem o melhor sistema de água e de coleta de lixo. Como se explica isso, com a crise no comércio e o grande número de desempregados? E a falta d’água em alguns bairros? As notícias mostram que a imagem do saltense nunca esteve tão boa. Mas tem muita gente com bolsos vazios e a conta bancária no vermelho.

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