QUEM FOI QUEM
Dolores Antunes da Silva, a servente do “Tancredo” que virou nome de escola
A maioria das escolas saltenses homenageia professores com longa militância no ensino da cidade, mas existe uma exceção: a homenagem prestada a uma servente, Dolores Antunes da Silva. Ela foi escolhida não só por ser uma pessoa competente e boníssima, mas também pela sua atividade em diversos setores da cidade. Ela nasceu em Capivari em 23 de janeiro de 1903, filha de José Rodrigues da Silva e Concília Antunes. Tinha mais cinco irmãos: Hercília, Maria Rosa, Luiza, Luiz e Ana Rita.
A família veio para Salto em 1921 e durante 15 anos Dolores trabalhou na Brasital e depois ingressou no Grupo Escolar Tancredo do Amaral, onde se aposentou, depois de 30 anos de serviço.
Ela dedicou toda sua vida à família, ao trabalho e ao seu semelhante. Foi diretora do Círculo Operário de Salto, fundado em 1946, o qual oferecia médicos, dentistas, advogados, etc. aos seus integrantes. Ligada à religião católica, foi por diversas vezes presidente da Pia União das Filhas de Maria. Também participava ativamente das atividades religiosas, nas missas, rezas e auxiliava na ornamentação dos andores para as procissões que se realizavam, principalmente a de Nossa Senhora do Monte Serrat.
Atuou também no teatro, como integrante do Grêmio Dramático Santa Ignez, fundado em 1929 e que durou mais de 20 anos. Nesse grêmio ela se destacava, vivendo os papéis com muita sensibilidade, passando para o público a beleza e a emoção da personagem.
Dolores era muito admirada pelo seu amor às crianças e pela atenção que dava às pessoas, deixando saudade após seu falecimento, ocorrido em 11 de fevereiro de 1977.
Homenagem – Pela sua dedicação aos alunos e à escola onde militou durante muitos anos, Dolores foi homenageada quando da inauguração de uma das duas escolas estaduais do Jardim das Nações, sendo seu nome dado ao estabelecimento, que é um dos mais importantes da cidade.