OPINIÕES
As declarações do superintendente do SAAE
Demorou, mas finalmente o superintendente do SAAE foi à Câmara, na semana passada, para prestar esclarecimentos sobre a autarquia e responder indagações feitas pelos vereadores. Aliás, deveria ser mais constante a presença de secretários municipais e ocupantes de cargos importantes da administração pública no Legislativo ou em entrevistas à imprensa, para que se possa tomar conhecimento de medidas implementadas, das que ainda estão em estudos, etc. Isso traz benefícios ao próprio governo municipal, que às vezes é acusado de não tomar providências sobre determinados assuntos sobre os quais já está tratando. Alguns secretários de pastas importantes, como o da Defesa Civil, convocado por diversas vezes e que até hoje não compareceu à Câmara, não atendem aos pedidos dos vereadores e com isso a população não toma conhecimento de ceretas medidas, principalmente as que se referem ao trânsito de veículos na cidade, sobre medidas de segurança, etc. Deveria ter sido tomada como exemplo a presença do superintendente do SAAE, Pérsio de Paula, no Legislativo, ocorrida na semana passada. Ele não se negou a responder a nenhuma das perguntas, partidas principalmente de vereadores da oposição, prestando uma série de informações que nem sempre chegam ao conhecimento dos saltenses. Explicou, por exemplo, o que ocorre com a construção da Barragem do Piraí, referindo-se ao projeto, à verba destinada e a liberada. Deu detalhes sobre a localização e funcionamento da nova Estação de Tratamento de Água do Rio Jundiaí, assim como sobre o empréstimo solicitado pelo Executivo. Falou sobre o Plano de Saneamento Básico. Esclareceu que o custo do tratamento de água – que se esperava fosse maior que o da água proveniente do Piraí – poderá ser até menor, pois a nova ETA utilizará equipamento moderno. Apontou o número de ligações de água, hoje de 44 mil somente no que se refere às residências. Revelou que a receita mensal do SAAE é de pouco mais de 2 milhões, gastando 1 milhão e 800 mil, sobrando pouco para investimentos. Apontou que a cidade tem 1.000 km de tubulação, 600 km da rede de água e 400 km da rede de esgoto e que a autarquia troca de 200 a 300 metros da tubulação antiga. Disse que sobram 30 litros por segundo das águas do Córrego (e não “rio”, como ele rotulou) do Buru, que tem capacidade para fornecer 120 litros por segundo, mas são utilizados apenas 90. Enfim, o superintendente Pérsio fez muitas revelações, bom número das quais não era do conhecimento da população, que precisa estar bem informada. Que isso seja feito também por outros secretários, que dependem de autorização do prefeito Geraldo Garcia para prestar declarações na Câmara. Fazendo isso, o chefe do Executivo demonstrará que sua administração é realmente transparente e que não tem nada a esconder. Não agindo dessa forma, estará perdendo uma excelente oportunidade para mostrar seu trabalho e justificar medidas ainda não consumadas.
CÁ ENTRE NÓS
Lançamento do livro Este colunista agradece as manifestações que tem recebido pelo lançamento do seu livro “Vida Político-Administrativa”, lançado no último domingo, inclusive as de diversos vereadores na sessão da Câmara, na última terça-feira. Dentre estes últimos, um deles colocou um reparo a um dos assuntos abordados, o que não nos desagrada, pois não buscamos apenas aplausos. Quem quiser apontar algum erro estamos à disposição para acatá-los, caso se justifiquem, pois a publicação contém milhares de informações, envolvendo datas, locais, nomes, etc. e evidentemente algumas delas podem conter incorreções.
Estádio e Abadia O reparo a que nos referimos na nota anterior foi feito pelo vereador Edemilson dos Santos, que contestou os termos da matéria envolvendo a perda de uma ampla reforma no Estádio Municipal, que seria feita pela Show de Bola-Nardelli e a saída da Faculdade Sant’Anna da Abadia. Responsabilizamos Edemilson pelos dois fatos, pois quando foi anunciada a destinação do Estádio para ser explorado pela Show de Bola, ele se aliou a um diretor da Sant’Anna e batalhou para que a cessão fosse anulada pela Justiça, o que aconteceu, por falta de licitação, que na ocasião a Prefeitura julgou desnecessária. Edemilson (na época diretor do jornal Estância) empenhou-se apenas pela anulação da destinação à Show de Bola, por ter divergências com a Nardelli, e não agiu da mesma forma em relação à Abadia (que havia sido cedida à Sant’Anna, sem licitação) e em outros casos, como a cessão de um trailer ao lado da matriz de Monte Serrat, a administração da Rodoviária para uma entidade beneficente e outras. Em sua defesa a Prefeitura citou o caso da Abadia e isso levou a Justiça a anular também a cessão daquele prédio, o que fez com que Salto perdesse uma faculdade que na época contava com centenas de alunos. Portanto, não temos nada a corrigir do que foi publicado sobre esse caso no livro, mas queremos frisar que nada temos contra o vereador Edemilson, o qual inclusive consideramos um dos mais atuantes do nosso Legislativo. Nesse episódio, no entanto, entendemos que ele não agiu corretamente, por isso a publicação nos termos em que ela foi feita.
Fechamento da Continental Geralmente depois que a pessoa morre é que aparecem os elogios: “Ela era tão boa...”. Acontece também com as coisas que a gente perde, como por exemplo uma fábrica que proporciona um bom número de empregos. Antes pouco se falava da Continental, mas quando ela anunciou seu fechamento surgiram os comentários elogiosos. Tomou-se conhecimento, então, que era uma empresa que oferecia trabalho para um grande número de mulheres (que nem sempre encontram colocação), que pagava um dos melhores salários entre as indústrias locais (média de 3 mil reais mensais), enfim que oferecia muitos benefícios. Infelizmente não deu pra segurar e até 2021 ela encerra definitivamente suas atividades na cidade. É hora, então, da administração municipal trabalhar para trazer outra do mesmo nível para substituí-la.
Feira noturna Salto passou a ter feira noturna a partir da semana passada na Rua São Lucas, região noroeste (em frente ao Supermercado Sonda). Foi uma reivindicação do vereador Vinicius Saudino, que terça-feira na Câmara afirmou que ela foi um sucesso, pois os pastéis, frutas, verduras, etc tiveram uma boa venda. É mais uma opção de compra para os saltenses que não têm oportunidade de se dirigirem às feiras que se realizam no período diurno em vários pontos da cidade.
BOCA-DE-SIRI
Faquinha com 20 cm de comprimento
A criançada e a juventude saltense estão cada vez mais espertas: os alunos brigam entre si, ameaçam e também praticam agressões contra professores, levam drogas para dentro do estabelecimento, praticam atos de vandalismo, enfim fazem tudo o que não consta nas cartilhas de bom comportamento. Na semana passada um aluno levou uma faquinha de apenas 20 cm na sala de aula pra briga com um colega, mas era apenas pra apontar o lápis.