QUEM FOI QUEM
Genésio Migliori, um autodidata com incursões na imprensa, na política e em várias entidades
Nascido em Salto em 1º de março de 1930, Genésio Migliori era um autodidata. Filho de Arthur Migliori e Fortunata Urbano Migliori, iniciou os estudos no Colégio (atual Escola) Sagrada Família, como aluno da primeira turna do estabelecimento conhecido como “Coleginho”. Ainda não existia o curso ginasial em Salto, por isso estudou a seguir na Escola Anita Garibaldi (curso suplementar) e na Escola Junqueira Ortiz, de Itu, onde fez o curso supletivo de segundo grau. Apesar do pouco estudo, lia muito e isso facilitou sua atuação em vários setores da vida do município, principalmente na imprensa e na política.
Com 14 anos de idade ingressou na Brasital S.A., mas logo em seguida foi transferido para o Departamento de Pessoal, passando ainda pelo Departamento de Controle de Qualidade e Estudo de Tempo. Deixou a empresa para trabalhar numa fábrica de Itu, como gerente industrial, mas não permaneceu muito tempo nesse posto. Com 66 anos de idade, em 1966, aposentou-se depois de 36 anos de serviço, mas continuou trabalhando. Atuou na Secretaria de Finanças no segundo mandato do prefeito Jesuíno Ruy (1969-1972) e permaneceu nesse cargo por mais 5 anos, no governo seguinte de Pilzio Nunciatto Di Lelli (1983 a 1988). Voltou no terceiro governo de Jesuíno (1993-1996), ocupando a Secretaria de Finanças e a seguir foi secretário de Esportes e Turismo na administração de João Guido Conti (1997-2000).
Na Imprensa – Genésio atuou na imprensa local, inicialmente como colunista do jornal O Liberal, chegando a diretor num determinado período e existência desse semanário. Colaborou também com a Revista Taperá, jornal O Trabalhador, Cidade Jornal e Primeira Feira, todos de Salto. Também atuou em emissoras da cidade, como a Rádio Cacique, Rádio Convenção de Itu e Rádio Vale. Na área da literatura, foi também revisor do livro do dr. Adriano Randi (“Ensaio para a História da Imprensa Saltense”)
Na Política – Ingressou na política como um dos fundadores da Frente Operária, que surgiu em 1962, juntamente com Jesuíno Ruy, Adelino Matiuzzi, Eugênio Coltro, Miguel Orlandini e outros. Inicialmente o grupo integrava o MTR - Movimento Trabalhista Renovador, mas posteriormente seus membros passaram para o MDB, cujo nome foi alterado para PMDB. Pela Frente Operária foi candidato a vereador, não se elegeu, mas teve a oportunidade de assumir em duas ocasiões: de 16.09.1970 a 31.12.1970 e de 13.03.1972 a 30.01.1973.
Outras atividades – Genésio exerceu inúmeras outras atividades: foi cofundador do Centro da Juventude Operária Católica, do Centro de Orientação e Cultura (sendo um dos seus diretores), do Lions Clube de Salto (do qual foi presidente em duas oportunidades, além de ocupar outros cargos na diretoria), diretor da Cooperativa Operária Saltense, secretário do Sindicato dos Mestres e Contramestres de Trabalhadores Têxteis de Salto e da ASLe (Academia Saltense de Letras); secretário da Associação de Educação do Homem de Amanhã de Salto; presidente do Conselho da Sociedade Socorro Mútuo de 1994 a 1996; conselheiro e secretário do Clube Recreativo dos Casados de Salto; membro da Comissão da Instalação da Comarca de Salto e membro da Comissão de Nomenclatura das Vias e Logradouros Públicos de Salto.
Família – Era casado com Maria Janete Leite desde 24 de setembro de 1955, com quem teve dois filhos: Glaizer e Waine.
Faleceu em 7 de setembro de 2019, aos 89 anos de idade.