QUEM FOI QUEM
Mauro Fabbri, grande músico, maestro, compositor e professor de música
Na época em que se dava grande valor aos que dirigiam e até mesmo aos que faziam parte das bandas de música na cidade, um nome se destacou: Mauro Fabbri. Ele era italiano, tendo nascido em Ravena, Itália, em 10 de junho de 1889. Aos três anos veio com os pais para o Brasil e aos 11 anos já fazia parte das corporações musicais de Monte Mor e Rafard. Veio para Salto quando contava 17 anos de idade (1906), ingressando na Corporação Musical Saltense, na qual permaneceu durante 30 anos, deixando-a em 11 de outubro de 1946.
Era um grande músico, como prova o fato de ter sido reconhecido durante muitos anos como o melhor pistonista do interior, num concurso realizado na cidade de Araras. Também se destacou como compositor, sendo autor de inúmeras valsas que fizeram época em Salto, além de marchas religiosas e dobrados. Algumas de suas obras: “20 de Junho”, “Mario Speroni”, “Manoel Servilha”, “Ramon Ladeira”, “Reinaldo Vitale”, estas últimas homenageando pessoas de destaque na cidade, na época. Dentre os dobrados: “Nossa Sra. do Monte Serrat” e “Santa Maria”. Marchas e valsas: “Esperança Perdida”, “Lembrança do Passado”, “10 de Junho”, “Nair”, “Julieta”, “Margarida” e “Recordação do Amigo Felício Massela”.
Quando atuava na Corporação Musical Saltense muitas vezes substituiu o maestro Henrique Castellari.
Também substituiu por diversas vezes e definitivamente outro grande maestro saltense, o professor João Baptista Dalla Vecchia, na União Musical Gomes-Verdi, a partir de 1948, tendo assumido seu lugar em 1961. No ano seguinte foi obrigado a deixar definitivamente a banda, quando foi alvo de uma homenagem pelos bons serviços prestados durante 60 anos.
Atuou também como professor de música durante um bom período e mais ativamente quando se afastou da Corporação Musical Saltensem em 1946. Formou muitos músicos que vieram a atuar em uma das duas bandas da cidade.
Além de fazer parte das bandas de música da cidade, integrou também a diretoria da Sociedade Saltense de Socorro Mútuo.
Vida pessoal – Mauro era casado com Ana Oliveira Fabbri, com quem teve os filhos Hélio, Luiz, Mauro, Antônia, Maria, Julieta, Nair, Margarida e Yolanda.
Ele faleceu em 23 de janeiro de 1963.
Nome de rua – O maestro foi homenageado pela Prefeitura e Câmara Municipal de Salto, sendo seu nome dado a uma das ruas do Parque Bela Vista.