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QUEM FOI QUEM

Amadeu Mosca, um dos 3 melhores jogadores saltenses em todos os tempos


O futebol saltense revelou excelentes jogadores, principalmente nos períodos em que eram disputados os campeonatos amadores da região e a 2ª e 3ª divisões de profissionais. Poderiam ser citados pelo menos uma dezena deles, mas numa análisa mais apurada, verifica-se que três se sobressaíram dos demais, não só por suas qualidades futebolísticas, mas também porque tiveram uma carreira longa no futebol local e na defesa de equipes de outras cidades. Foi o caso de Amadeu Mosca, considerado com Paulim Monari e Quenca (João Batista de Mello) os três maiores jogadores saltenses de todos os tempos. Ele foi conhecido pela sua raça em defesa das equipes que defendeu, bem como pelo seu talento e abnegação.


Amadeu (1º à dir., em pé), quando atuava pelo Ítalo (1929), com jogadores juvenis e à direita, quando atuava pelo Corinthians Saltense (1930)

Sua carreira foi muito longa (mais de 30 anos), período em que atuou por diversas agremiações, tendo começado em 1915, ainda bem jovem, numa equipe de Salto, o Guarani (não confundir com o Guarani Saltense A.C., que só surgiria mais de 20 anos depois). Suas atuações chamaram a atenção até mesmo de equipes de outras cidades, como o Hespanha F.C., de Santos, pela qual Amadeu foi campeão santista em 1918. Voltou para Salto, a fim de jogar pelo Ítalo F.C., que tinha surgido em 1919, defendendo-o até o ano seguinte.

Seu talento levou-o a ser contratado pela A.A. São Bento, em 1922, que era considerado um dos grandes clubes da principal divisão paulista. Disputando o campeonato desse ano pela agremiação paulistana, ele e um outro jogador saltense, Paulim Monari, sagraram-se campeões paulistas em 1925, derrotando um outro “grande” da época, o C.A. Paulistano, na decisão, por 1 a 0, gol do lendário Feitiço, que concluiu um passe de Amadeu. Suas atuações levaram-no a ser convocado para a Seleção Paulista, juntamente com Paulim Monari.

Conta-se que ambos nem chegaram a jogar pela Seleção Paulista, mas quando se dirigiam a São Paulo o trem parou em Mairinque para fazer a baldeação. Ambos se encantaram com a grande quantidade de pássaros que existia naquela cidade e por isso não seguiram viagem, perdendo a oportunidade de aparecer ainda mais aos olhos dos torcedores paulistas.

Em 1926, já com mais de 30 anos, voltou para Salto e para o Ítalo, no qual permaneceu até 1929, quando se transferiu para o Fortaleza de Sorocaba. No ano seguinte regressou a Salto para defender o Corinthians Saltense, clube pelo qual encerrou sua vitoriosa carreira. Colaborou posteriormente com a A.A. Saltense, como técnico ou prestando serviços de relevante importância, sempre de forma modesta, como era seu feitio. Teve seis filhos que atuaram pela Saltense principalmente e por outras equipes locais: Edson, Silvio, Gilson, Nei, Beletti e Valter.


Família – Amadeu foi casado com Amerope, com quem teve 11 filhos. Além dos seis futebolistas mais cinco mulheres: Adelina, Amélia, Elza, Eurides e Inês.

Faleceu aos 79 anos de idade quando ainda residia numa casa ao lado do Estádio Alcides Ferrari, da A.A. Saltense, a qual foi adquirida pelo clube, quando construiu o seu ginásio de esportes.


Com seu neto, quando foi homenageado pela A.A. Saltense (1973) e seu busto e placa, na reinauguração do Estádio Municipal, aparecendo seus filhos Amélia, Silvio e Gilson (à dir) – 1992

Homenagens – Tanto a Saltense como a Prefeitura de Salto homenagearam Amadeu pela sua trajetória vitoriosa como futebolista. A Saltense teve a oportunidade de lhe entregar um troféu, em abril de 1973, antes de uma partida disputada em seu estádio. A Prefeitura, por sua vez, deu seu nome na reinauguração do Estádio Municipal, em maio de 1992, quando o prefeito era Eugênio Coltro. Inclusive a inauguração foi marcada pela colocação de uma placa e com um busto em homenagem a Amadeu.


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