QUEM FOI QUEM

Paulo André, um padre que surpreendia pelas atitudes diferenciadas

Quando o padre Paulo André Laurier Labrosse veio para Salto, em novembro de 1999, substituindo o padre Lucas Prazer, os saltenses passaram a conviver com um sacerdote que surpreendia pelas atitudes diferenciadas dos seus antecessores. Na igreja matriz Nossa Senhora do Monte Serrat, onde tomou posse como administrador paroquial, em 18 de novembro de 1999, ele cumpria todas as recomendações religiosas, mas na vida cotidiana se envolvia com pessoas de todas as classes, conversava sobre os mais diversos assuntos, tomava suas caipirinhas nos finais de semana, participava de reuniões e eventos a que normalmente um padre não comparecia. Enfim seu comportamento era muito diferente dos seus antecessores e por isso alguns paroquianos estranhavam a forma como se portava, alguns até fazendo críticas, mas ele não se importava.

Padre Paulo era canadense, ocorrendo seu nascimento em 23 de setembro de 1940 em Sudbury, Ontário. Era filho de Armand Pierre Labrosse e de Germaine Pelletier Labrosse, tendo vivido no Canadá até meados da década de 1960, atuando como religioso, diácono e presbítero inicialmente na Paróquia São Sebastião, em Cajamar, SP, até setembro de 1969. Sua ordenação sacerdotal só foi ocorrer em 1º de abril de 1984, quando ele já tinha 44 anos de idade. Passou a atuar, então, em diversas paróquias, dentre elas a de São Sebastião, de Itupeva, e de Nova Jerusalem, ambas da Diocese de Jundiaí, além da Paróquia Santo Antonio, também em Jundiaí, até novembro de 1999, quando veio para Salto. Permaneceu na paróquia até junho de 2003, quando foi nomeado pároco, tomando posse com a presença do bispo diocesano, dom Amaury Castanho.

Padre Paulo exerceu um grande número de atividades na Diocese de Jundiaí, de 1972 a 1998, ocupando cargos como o de diretor executivo de centro comunitário, coordenador diocesano, procurador da Mitra, professor de seminário, diretor de escola de Teologia, ecônomo da Diocese e outros.

O bispo dom Amaury Castanho nomeou-o administrador paroquial em substituição ao padre Lucas, em agosto de 1999, quando seu antecessor sofreu um assalto em Itu e recebeu 4 tiros, ficando impossibilitado de continuar à frente da Paróquia de Monte Serrat, depois de ter substituído o padre Mário Negro, que foi afastado pela Diocese.

Permaneceu em Salto até 2014, quando voltou para a Diocese de Jundiaí, tendo deixado muitos amigos e admiradores na cidade.

Faleceu em 3 de janeiro de 2015, aos 75 anos de idade.