OPINIÕES
Os aproveitadores da situação
Muitas empresas tiveram que paralisar sua produção, tendo em vista que não trabalham com produtos essenciais. Muitas lojas tiveram que fechar as suas portas, pois o governo determinou a suspensão de atividades de todo o comércio. Um número considerável de trabalhadores informais não podem mais vender seus produtos, inclusive e principalmente, nas praças e em outras vias públicas. O Brasil, como o mundo todo, parou completamente, pois a maioria das pessoas está obedecendo as determinações das autoridades médicas. Se fossem seguir as de alguns políticos, iriam ser candidatos potenciais a adquirir o vírus da Cavid 19.
O grande número das pessoas está sofrendo os efeitos da paralisação que ocorre, mas existem aqueles que estão fora dessa ........... e passaram a faturar ainda mais com a crise. São as empresas, por exemplo, que fabricam máscaras e luvas; as que produzem álcool em gel e também o álcool 70º, cuja fabricação era proibida. São as que produzem gêneros alimentícios, pois os supermercados nunca venderam tanto, uma vez que muitos são aqueles que estão estocando alimentos, aguardando uma situação calamitosa cujo surgimento já foi afastado. Mas não adianta: “e se a coisa complicar ainda mais?”, perguntam.
Também tem aqueles que vendem determinados produtos e que estão se aproveitando para praticamente dobrar os preços. É o caso dos botijões de gás, que eram vendidos a cerca de 50 reais e passaram para 70 reais ou ainda mais. Eles alegam que a procura é grande, mas exatamente por isso é que deveriam manter os preços, pois já estavam ganhando uma porcentagem sobre o valor comercializado. As máscaras e o álcool também estão sendo comercializados a preços proibitivos, isso quando são encontrados, pois na maioria das farmácias e outros pontos de venda são raridades desde que as notícias sobre o coronavírus passaram a ser divulgadas. Ressalte-se que nem todos agem de forma condenável, pois existem aqueles que não se aproveitam da situação, como foi o caso por nós constatado, do Supermercado São Vicente, que até o final de semana passada vendia o álcool em gel a preço de custo (em torno de 8 reais), mas o produto era encontrado em boa quantidade nas prateleiras, pois a maioria dos clientes já o compraram, pagando caro, diga-se de passagem.
O Procon, a quem cabe fiscalizar e punir os aproveitadores, assim como a fiscalização da Prefeitura, deve agir de forma a punir aqueles que agem de forma errada, aplicando-lhes as multas previstas em leis e decretos. Assim, pelo menos, farão uma redução justa dos ganhos obtidos indevida e até imoralmente.
CÁ ENTRE NÓS
Devidos cuidados
Apesar de toda a orientação, apesar de toda advertência, não são todas as pessoas que seguem as recomendações e as determinações das autoridades médicas. Nota-se, por exemplo, que nos estabelecimentos autorizados a funcionar, nem todos os que atendem o publico usam máscaras ou luvas. Também não se importam em chamar a atenção de fregueses que não obedecem a distância mínima um do outro. Evidentemente, os proprietários desses estabelecimentos não podem ficar o tempo todo fiscalizando sua equipe de colaboradores, no entanto, se ainda não o fizeram, devem transmitir a eles os cuidados que devem ter, evitando a disseminação da doença, que pode matar, como está matando.
Vacinação
Apesar da recomendação das autoridades e das equipes médicas, não está fácil conseguir se vacinar contra a H1N1 em nossa cidade. Em algumas cidades está sendo utilizado o drive thru, que é atendimento no próprio carro das pessoas. Nesse caso não é exigido o agendamento, que é um processo muito complicado, pelo menos em nossa cidade. Este colunista tentou se vacinar no Centro de Saúde da Rua Rodrigues Alves, ao lado da Delegacia de Polícia, inicialmente por telefone, depois foi exigida minha presença física no Centro, em mais de uma vez, o que me levou a pedir que meu filho tratasse de fazer o agendamento, pois eu estava me expondo sem necessidade. Se houvesse em Salto o drive thru a única e grande dificuldade seria enfrentar uma fila, que é grande em municípios vizinhos, mas pelo menos não haveria esse desgaste e exposição desnecessários.
Obras da avenida
A Prefeitura demorou, mas acabou adotando a medida mais sensata e necessária, ao romper o contrato com a firma que executava as obras de duplicação do trecho ao lado do Condomínio Piccolo Paese, na Avenida José Maria Marques de Oliveira. Houve o problema com as chuvas, que realmente impediram que fossem executados os serviços, pois era necessário esperar que o solo não apresentasse umidade para que o asfaltamento pudesse ser feito. No entanto, mesmo depois do período chuvoso, a empresa responsável não vinha correspondendo, trabalhando muito morosamente, o que levou o prefeito Geraldo Garcia a determinar o rompimento do contrato. Havia pessoas que achavam que o chefe do Executivo estava atrasando as obras para inaugurá-las mais próximo das eleições de outubro, auferindo benefícios eleitorais, mas a pronta ação reparadora demonstrou que o atraso estava causando mais malefícios do que benefícios à sua imagem.
Culpa da licitação
Quando se dirigiu ao local das obras na Avenida José Maria Marques de Oliveira, o prefeito Geraldo Garcia teve a oportunidade de conhecer melhor a empresa responsável, inclusive o proprietário e constatou, segundo nos revelou, que ela não tinha a estrutura necessária para executar um serviço daquele tipo. É mais um exemplo de que a escolha de uma empresa ou prestador de serviço, com base no preço apresentado, faz com que o barato não só saia caro, como também não corresponda àquilo que se pretende. Se pudesse levar em conta também a condição técnica da empresa, trabalhos realizados anteriormente e outras qualidades – o que em alguns casos agora é permitido – o município não teria gasto o que gastou indevidamente e a obra não iria demorar tanto como está demorando.
Apesar dele
É preciso reconhecer (mesmo aqueles que se fanatizaram pela figura de Jair Bolsonaro), que temos um presidente que não atua de forma positiva no enfrentamento dessa crise causada pelo coronavírus, inclusive indo contra a correnteza, representada pela eficiência do seu ministro da Saúde e de outros integrantes do seu próprio governo. Estes sim, atuam de forma a merecer todos os elogios, contribuindo para que os efeitos da doença sejam minimizados. Comandam todos os que trabalham nos hospitais, clínicas, postos de saúde, enfim no atendimento de todos os que precisam dos seus serviços, merecendo por isso os aplausos e o reconhecimento de todos os brasileiros.
BOCA-DE-SIRI
Ataquemos os virulentos
Enquanto as pessoas estão preocupadas com o vírus Covid 19, deixam que um outro, o da dengue, avance na cidade. Eram apenas 3 casos na semana passada e agora são quase 30. Precisamos enfrentar a ambos, utilizando todas as armas que possuímos: não sair de casa (contra o coronavírus), não acumular água em garrafas, pneus, etc., colocar areia nos vasos de plantas, não acumular lixo, etc. (contra a dengue). Quem bobear pode ter sérios problemas.
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