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OPINIÃO

O closet do Geraldo


Nesse episódio do closet que teria custado 8 mil reais, colocado na nova Prefeitura, assunto muito falado e discutido na semana passada, deve-se destacar duas coisas: a falha cometida pelos auxiliares do prefeito Geraldo Garcia e os exageros dos que não lhe são simpáticos. Com relação à falha, o setor encarregado da análise dos contratos referentes às compras e ao recebimento de serviços, deveria ter alertado que a Prefeitura não precisava de um closet, pois nem o prefeito, nem o vice e muito menos os secretários ou assessores precisam de trocas de roupas, como ternos, gravatas, camisas, camisetas e até cuecas para substituir as que vestem durante o período em que trabalham no prédio.

Não é a primeira vez que auxiliares do chefe do Executivo cometem erros desse tipo, podendo-se citar, dentre os mais graves, o que aconteceu no episódio dos tijolos e telhas fornecidos por uma cerâmica da cidade. Ela devia em torno de 300 mil reais para a Prefeitura e foi feita uma dação em pagamento, permitida por lei, que é um acordo convencionado entre credor (no caso a municipalidade) e devedor (no caso a cerâmica), no qual o credor pode consentir em descontar os valores devidos. Foi feito o acordo, convencionando-se que a cerâmica forneceria tijolos e telhas até o valor do débito, mas a funcionária encarregada do controle bobeou e os cerca de 300 mil reais foram multiplicados por 10, ultrapassando os 3 milhões de reais. Resultado: corre ainda um processo na Justiça, com possibilidades de Geraldo e sua secretária da Fazenda na época virem a ser condenados, e que só não chegou ao seu final porque inúmeros recursos foram apresentados.

A outra coisa foram os exageros resultantes do episódio, principalmente nas redes sociais. O aproveitamento, por parte da oposição na Câmara Municipal, foi lógico e justificável, pois é atribuição dela apontar todos os erros do Executivo, sejam eles do próprio prefeito ou dos que lhe assessoram. Ela não quer e nem poderia saber de quem foi a falha e se tem ou se não tem closet na Prefeitura nova. Os documentos indicavam que foi instalado um closet e por isso o fato teria que ser apontado e aproveitado politicamente, como aconteceu. Só que, como não poderia deixar de acontecer, o assunto foi divulgado nas redes sociais, nas quais as pessoas colocam o que querem, da forma que querem e com os exageros que utilizam na maioria dos casos. Segundo nos informaram, existe uma espécie de “fábrica de maldades” formada por inimigos (e não adversários) políticos do prefeito, que utilizam-se de todos os meios, legais e ilegais, para diminuir e até ridicularizar a figura do homem que dirige os destinos da cidade, nossa principal autoridade, certamente para prejudicá-lo eleitoralmente. Chegaram a publicar a foto de um closet luxuoso, o que levou muitas pessoas a imaginar que aquele fosse o closet a que os vereadores se referiam. Isso teria feito pelo vereador Márcio Conrado, que nesse caso, ao contrário do que fez na Câmara, extrapolou. Não adianta colocar “foto ilustrativa”, como foi feito, pois todas as fotos são ilustrativas. Não se pode é distorcer os fatos, pois isso faz com que o denunciante perca a credibilidade perante a população.

Não vai adiantar nada nossa crítica a essa forma de comportamento, mas pelo menos os saltenses precisam saber (se é que ainda não sabem) que não podem acreditar nessa gente maldosa que atua nas redes sociais, não só nesse, mas em diversos outros assuntos que ocorrem na cidade.


CÁ ENTRE NÓS


Reabertura do comércio

Pelo menos 3 dos 17 vereadores de nossa Câmara resolveram agir ostensivamente em favor da reabertura do nosso comércio: Lafaiete Pinheiro dos Santos, Edmilson dos Santos e Vinícius Saudino. Seria uma atitude louvável e elogiável se eles não estivessem contrariando tudo o que dizem as maiores autoridades médicas do mundo, que consideram essencial a tomada de medidas para evitar uma disseminação ainda maior da doença. Veja-se o caso da Suécia, onde nada parou de funcionar na época oportuna, comércio, indústria, serviços, etc. e tem hoje o maior número de mortes per capita do mundo. Isso aconteceu também em outros países e grandes capitais, mas os 3 vereadores, revestidos de autoridades científicas, ignoram os exemplos e acham que tudo pode voltar a funcionar como antes, desde que tomados os devidos cuidados. Somos a favor da reabertura do nosso comércio, pois os que dependem das vendas para sobreviver estão passando dias terríveis, de falta até do que poder se alimentar devidamente. No entanto, no momento atual isso não é possível nem aconselhável, infelizmente.


Ajuda que não vem

Se não é possível e aconselhável a reabertura do comércio no momento, o que fazer? Deixar que a situação continue, sem que nenhuma medida seja tomada para proteger os empregos, a sobrevivência das empresas e até vidas? Claro que não. O Executivo, como propuseram alguns vereadores na Câmara terça-feira, poderia dar uma ajuda maior aos comerciantes, isentando-os do pagamento do IPTU e de outros impostos e taxas municipais, por exemplo, além de outras medidas a serem estudadas, o que não tem sido feito. Por outro lado, lamente-se que a ajuda do Governo Federal para os pequenos comércios seja ainda uma providência que ficou na promessa, culpa também dos bancos, públicos e particulares, que insistem em tirar proveito financeiro dos que sofrem, deixando de liberar os créditos solicitados, mesmo que garantias sejam dadas. Esses bancos merecem nosso repúdio, pois são os que mais faturam no país e os que menos ajudam num momento tão difícil como este pelo qual passamos.


Cícero e a imprensa

O vereador Cícero Granjeiro se explicou na sessão de 3ª feira da Câmara, dizendo que não tem ojeriza pela imprensa saltense, a quem respeita, pedindo também que seja respeitado. Utilizamos o termo ojeriza tendo em vista que em várias oportunidades ele se referiu aos jornais locais de forma pejorativa, como fez na sessão anterior. Nesse dia afirmou que esses jornais têm como dono uma só pessoa, querendo dizer que ele controla o noticiário, o que não se aplica no caso do Taperá. Até 2005 tínhamos um sócio que vendeu sua parte para o atual, que – como já dissemos diversas vezes – não tem nenhuma participação nem influência em nossa área redacional. Aliás, deixamos isso bem claro e até constou do contrato firmado, como uma das condições por nós impostas para que ele assumisse a parte comercial de nossa Editora. E ele tem cumprido isso à risca, só tomando conhecimento do que é publicado no sábado, como todos os demais leitores do jornal. Aliás, sua conduta na parte comercial é fundamental para que Taperá sobreviva, pois nos últimos anos ele nos tem socorrido financeiramente, impedindo que paralisemos nossas atividades. Quanto ao respeito citado por Cícero, nós respeitamos a ele e a todos e nunca atiramos a primeira pedra. Apenas revidamos quando nos atingem, pois não temos sangue de barata.


BOCA-DE-SIRI


Sucupira saltense?


Será que Salto vai se transformar numa Sucupira, cidade onde não ocorriam mortes? O proprietário da Funerária Saltense informou que houve uma queda de 35% nas mortes em Salto em abril, numa comparação com antes do coronavírus. A própria pandemia não registrou nenhum óbito na cidade e isso agrada o prefeito Geraldo, neste ano eleitoral. Ele sonha para que nossa cidade seja como Sucupira, onde ninguém morria.

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