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OPINIÃO

Faltaram medidas mais enérgicas


Muitos moradores de Salto, assim como uma grande quantidade no país e no Mundo, não estavam levando a sério os riscos que a Covid-19 oferece e por isso vinham agindo como se o vírus não existisse ou só atingisse outras pessoas. Deu no que deu: o Governo do Estado rebaixou a região de Sorocaba, da fase 2 (Laranja) para a fase 1 (Vermelha). Com isso nosso comércio voltará a fechar, devendo funcionar apenas os estabelecimentos que oferecem produtos e serviços essenciais. Algumas prefeituras, como a de Salto, foram coniventes com a situação, deixando de tomar medidas restritivas mais sérias, a nossa fazendo apenas notificações que não representaram uma repressão mais séria e que não levaram a nada, pois os efeitos não foram os esperados. O Executivo local vinha exibindo o “Troféu Nenhuma Multa”, como se isso fosse motivo de orgulho. O momento exigia que medidas mais duras fossem tomadas, pois os abusos vinham se repetindo no nosso dia a dia, com gente promovendo churrascos, festinhas de aniversário, festas juninas e outros acontecimentos que atraiam um considerável número de pessoas, a maioria não tomando os devidos cuidados, principalmente no que se refere ao distanciamento social e ao uso de máscara. Essa situação tinha que ter da Prefeitura de Salto e das demais cidades da região de Sorocaba uma atitude enérgica e imediata para que os efeitos da doença não se tornassem ainda mais prejudiciais à saúde e à própria vida das pessoas. O Governo do Estado foi até “bonzinho” com a região de Sorocaba, na semana passada, deu mais um prazo para a situação melhorar, mas ela piorou nos últimos dias.

Vejam os números: de 8 de março até 29 de maio tivemos na cidade 52 casos e apenas 1 morte, com média de 1,6 caso por dia, a contar de 8 de março e apenas 1 óbito. Houve a flexibilização parcial, com a abertura do comércio e o número de casos subiu para XXX até ontem, dia 26, proporcionando um aumento de XX %, com média de XX por dia, a contar de 1º de junho. De apenas 1 pessoa morta até 29 de maio, passamos para 6 até ontem, dia 26, ou seja, 6 vezes mais, com a flexibilização parcial.

Não foi exatamente em virtude da abertura do comércio que os casos aumentaram, embora tenha contribuído, mas porque muitas pessoas acharam-se no direito de extrapolar, deixando de fazer o necessário afastamento social, além de outros cuidados. A coisa se complicou ainda mais nos últimos dias, com muitas festas juninas, cuja quantidade pode-se medir pelo número de fogos de artifício nas vésperas e nos dias dos santos homenageados nesta época.

A partir de agora, a Prefeitura precisa mudar seu procedimento, pois tudo leva a crer que a situação vai piorar ainda mais se isso não ocorrer. Terá que fazer como outros municípios, que aumentaram a fiscalização e passaram a punir com multas os que insistirem em desrespeitar as normas. Se não o fizer, poderá até ser responsabilizada pelo aumento do número de casos e até pelas mortes que infelizmente poderão continuar acontecendo.


CÁ ENTRE NÓS


Por que multar?

Quando se pretende que uma lei ou determinação seja obedecida, o jeito é punir com multa aqueles que não aceitam as regras estabelecidas. No caso dos que ignoram as restrições ao coronavírus, a solução é aplicá-las, como acontece no exterior e em várias cidades do país. Em Capão Bonito, por exemplo, para que as multas sejam pagas, ela é cobrada com o IPTU. A vizinha Porto Feliz também deixou a flexibilização parcial e está multando, o mesmo acontecendo com cidades como Limeira, Porto Ferreira e outras do Estado de São Paulo. Embora alguns comerciantes até mereçam ser multados, entendemos que com eles é preciso ser um tanto condescendente, tendo em vista a situação aflitiva pela qual passam, tendo ficado cerca de 3 meses sem nenhuma renda e com compromissos vencendo quase diariamente, mas eles devem ser notificados e orientados, se é que ainda não o foram. As multas poderiam ser aplicadas em quem desrespeita ostensivamente as regras, pessoas do povo, como aqueles que as desafiam, inclusive os que circulam pela cidade sem máscara, expondo os demais e a si próprios à doença. Botando a mão no bolso dessa gente, certamente vão mudar de comportamento e seguir a maioria nos devidos cuidados com o vírus


Visitando obras

Há algum tempo o prefeito Geraldo Garcia tem nos convidado para conhecermos o andamento de diversas obras que estão sendo realizadas na cidade e a oportunidade surgiu na última quarta-feira, quando o acompanhamos em pontos da cidade que estão recebendo os melhoramentos. Tomamos, então, conhecimento que a Avenida Rocha Moutonnée está praticamente concluída; que a estação e o trecho do Trem Republicano estão quase prontos, faltando detalhes; que a Clínica Moutonée está em fase final para ser entregue, enfim que muita coisa está sendo feita na atual administração. Na próxima semana, numa segunda etapa, visitaremos outras obras e o objetivo não é louvar o chefe do Executivo, mas conhecermos o que foi e está sendo feito para uma futura avaliação.


Acidentes na SP-75

Aumenta cada vez mais o número de acidentes na Rodovia SP-75. Na semana passada, como este jornal noticiou, foram nada menos que 5 num só dia, felizmente a maioria causando apenas prejuízos materiais. No entanto, vidas estiveram em risco e a situação perdura, podendo ocorrer outros acidentes, pois medidas para impedir que isso ocorra não estão sendo tomadas. E quais seriam essas medidas? Inicialmente deveria haver maior fiscalização, com a instalação de radares e mais placas informando a velocidade máxima a ser obedecida. Uma providência de maior profundidade seria a ampliação do número de pistas, mas o Governo do Estado não parece convencido dessa necessidade. Infelizmente, e com isso a tendência da quantidade de acidentes aumentar.


Estádio Municipal

O Estádio Municipal, construído no ano de 1982 pelo prefeito Jesuíno Ruy, terá uma segunda reinauguração possivelmente no mês de agosto próximo, se o coronavírus permitir. A primeira reinauguração aconteceu 10 anos depois, em 1992, no governo de Eugênio Coltro. Desse ano até hoje foram feitas várias promessas, principalmente em relação à construção de arquibancadas, pois muitos esportistas desejavam ter um estádio com cerca de 5.000 lugares para que Salto tivesse um clube em campeonato profissional. Em 2008 quase que esse objetivo foi alcançado, mas houve um obstáculo que impediu que isso ocorresse, pois a Justiça foi acionada e o projeto aprovado para cessão ao Show de Bola Nardelli acabou sendo anulado. Agora, com a colaboração do deputado federal Arlindo Chinaglia e com o apoio da Prefeitura de Salto, teremos um estádio em melhores condições, embora faltem alguns lugares para completar os 5.000 necessários para sediar jogos profissionais. Se houver, porém, algum empresário que pretenda investir, poderemos atender os que aguardam uma utilização maior para aquele próprio municipal.


BOCA-DE-SIRI

Santos descontentes


Os santos homenageados neste mês de junho, Santo Antonio, São João e São Pedro, não estão gostando da atitude dessas pessoas que realizam festas juninas, sem distanciamento social, desafiando o coronavírus. Isso, além de outras festinhas que continuam acontecendo na cidade, está contribuindo para o aumento do número de casos e das mortes. Na segunda-feira, dia de São Pedro, o santo quer ver se as festinhas vão continuar e se os festeiros preferem tomar quentão e comer pipoca e pé de moleque ao invés de irem para o céu.

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