OPINIÕES
O “Gabinete do Ódio” saltense
Muita gente acha que só porque tem as redes sociais à sua disposição, pode falar o que quiser, inclusive atacando a honra dos que não comungam com suas opiniões. Isso tem acontecido em todo o país e, por incrível que pareça, tem gente que defende essas manifestações, achando que é necessário respeitar a liberdade de expressão. Um “Gabinete do Ódio” dá “assessoria” ao presidente Jair Bolsonaro, comandado por um desmiolado residente nos Estados Unidos, que usa palavrões até contra a autoridade máxima brasileira, a qual aceita tudo numa boa. Tem gente que até acha graça, porque não é para eles que são mandadas as mensagens não só obscenas, mas também caluniosas, sem que até agora a Justiça tenha se dignado a punir toda essa gente.
Pra quem não sabia, saiba agora que em Salto também temos um “Gabinete do Ódio", formado por alguns que se acham onipotentes, com liberdade para dizer o que querem, atingindo sem dó nem piedade os que não lhes são simpáticos ou os seus adversários políticos. Muitos sabem de quem se trata, mas até agora não houve uma comprovação de suas identidades, o que deve acontecer brevemente. Aliás, falta a confirmação oficial, pois seus IPs (identificação única para cada computador conectado a uma rede) já são de conhecimento dos que acompanham o noticiário sobre o assunto. Tem fakes saindo até de computadores do Legislativo, segundo um vereador.
As aberrações divulgadas por esse pessoal desqualificado chegou a atingir até um sacerdote falecido, o monsenhor Mário Negro, que teve sua memória conspurcada por comentários feitos por uma certa “Izildinha das Dores”, que seria a mais ativa dos personagens cujas mentes são tão sujas como as ações que têm praticado nas obscenidades que divulgam. Os ataques não respeitam ninguém e os que os praticam não levam em conta a repercussão que eles podem ter no seio familiar, como aconteceu com o vereador Kiel Damasceno, que foi atacado covardemente nas redes sociais e, num dia em que isso ocorreu, ao chegar em casa encontrou seu filho chorando após ler o que disseram dele, que foi indagado com a pergunta: “Pai, o senhor fez isso?”.
O que essas pessoas indignas, verdadeiros marginais da comunicação, devem fazer parte desse “Gabinete”. Alguns são cidadãos que já deram mostras de sua inidoneidade em diversas oportunidades, mas que mesmo assim são tidos por muitos que acompanham suas postagens nas redes sociais como pessoas de ilibada conduta, por desconhecimento ou por aceitar como lógico o comportamento que tiveram em grande parte de sua vida. É bem possível que estamos chegando na hora da verdade. Quando seus nomes forem divulgados, teremos o prazer de divulgá-los, pois nos últimos tempos este jornal tem sido vítima de sua maldade e do desejo de prejudicar o semelhante, sempre nos acusando ou procurando nos desmerecer e até ridicularizar. A hora deles chegou.
CÁ ENTRE NÓS
Votações na Câmara
Algumas votações que acontecem em nossa Câmara primam pelo absurdo, pela inoportunidade e até mesmo pela .............. Foi o que aconteceu na sessão da semana passada, em pelo menos duas ocasiões: na votação de um projeto de lei e na apreciação de um veto do Executivo. Não é comum os vereadores, como os atuais com assento em nossa Câmara, apresentarem projetos de lei. Pode-se contar nos dedos os que se propõem a colocar em discussão problemas pelos quais a cidade passa, medidas que poderiam ser tomadas, enfim uma gama de assuntos que a maioria dos integrantes do nosso Legislativo não se dá ao trabalho de propor e avaliar. Os mais assíduos na apresentação dos projetos são os vereadores da oposição, principalmente os “3 Mosqueteiros” (Cícero Granjeiro Landim, Edemilson dos Santos e Márcio Conrado). Os demais se resumem a apresentar requerimentos ou indicações, a maioria sem nenhum efeito prático. Bons projetos são apresentados e nem sempre aprovados, mas existem os que não se sustentam, envolvendo propostas sem uma justificativa plausível. Podemos citar um dos que constou da Ordem do Dia nesse dia, de autoria do trio citado. Propunha que as residências situadas em frente a um ponto de ônibus, contêiner ou árvore, tivessem um desconto de 70% no pagamento do IPTU. A oposição argumentou, com fundamento, que o projeto é inconstitucional, pois iria reduzir a receita orçamentária, o que não é permitido legalmente. Os autores, porém, trocaram elogios mútuos, dizendo que o projeto era muito bom e insistiram para que ele fosse aprovado, o que felizmente não aconteceu.
Votação do veto
Na mesma sessão foi apreciado um veto do Executivo ao projeto de um dos integrantes do trio (Márcio Conrado) e foi mantido pelos vereadores da situação, como não poderia deixar de ser. É que estabelecia a obrigatoriedade dos estabelecimentos comerciais da cidade disponibilizarem, para uso dos clientes, álcool em gel. Esse veto não deveria ser sequer discutido, mas cerca de 30 minutos foram perdidos pelos vereadores, os da oposição pedindo para que fosse rejeitado, os da situação para que fosse aprovado e afinal a propositura encaminhada ao arquivo. Até a assessoria jurídica do prefeito contribuiu para a desnecessidade da discussão, apresentando um parecer com cerca de 10 páginas, nas quais o autor gastou uma boa quantidade dos seus neurônios para dizer que o projeto era inconstitucional. Poderia ter gasto muito menos tinta e papel se apenas escrevesse: “O álcool em gel já é exigido e distribuído em todos os estabelecimentos comerciais. Pior foi os vereadores que gastaram muita saliva no debate sobre a matéria, que poderia ter sua discussão suprimida e enviada para o lugar onde já deveria estar: no arquivo.
Crescimento da Covid
A massa ignara, como dizia Nelson Rodrigues, ainda não se conscientizou que precisa tomar os devidos cuidados para não contrair uma doença que tem matado muitos brasileiros e cujo número de óbitos acontece também em Salto. A grande maioria usa máscara e acha que com isso não será atingido pelo coronavírus, mas comparece em festinhas de aniversário, continua tomando sua cervejinha em bares que funcionam às escondidas (inclusive em restaurantes de bairros que também atendem a freguesia “lá dentro”), que não respeita o distanciamento e também cumprimenta os amigos e parentes, inclusive com abraços. Agem impunemente porque só agora a Vigilância Sanitária da cidade está fiscalizando mais seriamente, além da Prefeitura ter solicitado que isso também seja feito pela Guarda Civil Municipal e Polícia Militar. Esse trabalho, que só agora acontece com mais rigor, pode mudar a situação a médio prazo, mas o que era para acontecer já aconteceu. Por isso o número de casos teve um crescimento absurdo: eram 2 em 4 de abril, 8 em 2 de maio, 69 em 6 de junho, 279 em 4 de julho e atingiu XXX ontem. A quantidade aumentou consideravelmente no mês passado, depois que o comércio voltou a funcionar, pois as pessoas achavam que liberou geral, com muitos deixando de tomar os cuidados que vinham tomando. Tenham certeza: sequer atingimos o pico e até o final deste mês infelizmente o número de casos irá surpreender, assim como o de óbitos. Se os que desrespeitam as normas quiserem que isso mude, é só obedecer o que as autoridades médicas recomendam.
BOCA-DE-SIRI
“Izildinha” do fake news
Nesta semana estourou a notícia de que várias pessoas da cidade, utilizando perfis falsos, como uma certa “Izildinha das Dores”, a mais ativa delas, utilizaram fake news para atacar, ofender e atingir a honra de adversários políticos, dentre eles prefeito e vereadores e até de um padre falecido, o monsenhor Mário Negro. Se ela pensa que vai conseguir perdão para os seus pecados, está muito enganada: o monsenhor tem muito prestígio com o pessoal lá do céu.