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QUEM FOI QUEM

Maria Vitale, mulher atuante, inclusive após seus mais de 80 anos de idade


Poucas mulheres se destacaram tanto na cidade como Maria Theodora Liberatori Vitale. Nascida em 31 de maio de 1903, ela foi integrante de uma família com mais de 100 anos de Brasil, a Liberatori. Durante sua vida se destacou como mulher sempre atuante, inclusive depois de completar 80 anos de idade. Seu pai, Caetano Liberatori, veio para o Brasil em 1890, com um dos seus filhos, chegando a Salto em 1902, quando a família estava completa, pois ele foi buscar a esposa Regina Mastrângela e os quatro filhos na Itália. Em Salto nasceram duas meninas (uma delas Maria) e um menino, dando origem aos mais de 200 descendentes diretos nos mais de 100 anos de Brasil.


O esposo de dona Maria, Orlando Vitale (1º da esq. p/ a dir., sentado) com funcionários da Têxtil, da qual era o diretor gerente

Orlando Vitale ocupou durante muitos anos a gerência da Cia. Têxtil Brasileira, depois denominada Têxtil Assad Abdalla - (hoje seu patrimônio, localizado num amplo terreno da Rua Marechal Deodoro, Centro, é ocupado pela York S.A. Ele casou-se com Maria Theodora em 20 de outubro de 1923, tendo ocupado a direção da fábrica até 18 de dezembro de 1957, quando veio a falecer.


“Marcha com Deus, pela Liberdade”, em março de 1964, teve a participação de dona Maria Vitale, com desfile que terminou na Concha Acústica

Dona Maria Vitale, como era mais conhecida, nasceu em 31 de maio de 1903, estudou no Grupo Escolar Tancredo do Amaral, formando-se na primeira turma desse estabelecimento de ensino, hoje Escola Estadual. Na união com o esposo Orlando, que durou 34 anos, tiveram 2 filhas (Nair e Nilza) e 4 netos, sendo a família aumentada nos anos seguintes. Ela foi sempre uma mulher alegre e com grande vitalidade, inclusive após os 80 anos de idade. Participou, por exemplo, de muitos movimentos cívicos da comunidade saltense, como quando exerceu a presidência da Associação Brasileira de Assistência (L.B.A.) no município. Foi nesse período, conforme lembra Ettore Liberalesso em seu livro “Famílias de Salto”, que Salto recebeu de volta da Itália seus “pracinhas”, os expedicionários que participaram da II Guerra Mundial. Na época dona Maria Vitale liderou uma campanha que perpetuou num monumento de granito colocado na Praça Antonio Vieira Tavares, em reconhecimento de Salto aos seus filhos.

Trabalhou também, na época em que Salto foi administrada por um prefeito-interventor, Major José Garrido (década dea 1930), num “Movimento Cívico” que proporcionava eventos, inclusive de lazer, para a população. Ela participou também, além de trabalhar na organização, em março de 1964, da “Marcha com Deus pela Liberdade”, movimento que ocorreu em diversos pontos do país, contra a ameaça comunista (fim do governo de João Goulart). Participou ainda dos esforços da administração municipal, no início da década de 1990 (governo Eugênio Coltro), visando a instalação do Museu Histórico de Salto.


Dona Maria no almoço comemorativo à instalação da comarca de Salto, ao lado da filha Nair e dos vereadores Antonio O. Ferrari e Annibal Negri (outubro de 1966) e homenageada pela Escola Tancredo do Amaral em 1988
Dona Maria no almoço comemorativo à instalação da comarca de Salto, ao lado da filha Nair e dos vereadores Antonio O. Ferrari e Annibal Negri (outubro de 1966) e homenageada pela Escola Tancredo do Amaral em 1988

Homenagens – Dona Maria Vitale foi homenageada por ocasião da comemoração dos 75 anos de vida da Escola Estadual Tancredo do Amaral, chamado inicialmente de “1º Grupo Escolar de Salto”, recebendo um troféu que lhe foi entregue pela professora Maria Inês Perazzo Teixeira.

Também foi homenageada pela Câmara e Prefeitura de Salto, sendo seu nome dado a uma das ruas do Jardim Nair Maria.

Faleceu em 31 de outubro de 1991, aos 88 anos de idade.

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