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OPINIÕES

Loteamentos e condomínios saltenses


Durante muitos anos, até meados do século passado (1950/60), poucos eram os novos bairros que surgiam no município. Os primeiros foram originários da construção de casas populares, como as do Parque Bela Vista, Jardim Donalísio, Jardim Monte Serrat (Cecap) e outros. Depois vieram os loteamentos e condomínios, mas desde os primeiros que surgiram aconteceram polêmicas, envolvendo o Legislativo (principalmente) e o Executivo. Houve até uma época (1982) em que a Câmara aprovou a proibição para aprovação de novos loteamentos na cidade e o prefeito da época (Jesuíno Ruy) não obedeceu a decisão.

Nos primeiros tempos os loteamentos eram implantados praticamente com poucas exigências: abertura de vias e praças, movimento de terra, colocação de guias e sarjetas e instalação das redes de água e de esgoto. A Câmara aprovou, então, em outubro de 1978, novas exigências, como a pavimentação asfáltica ou por paralelepípedos e instalação da rede elétrica. Com o passar dos anos novas exigências passaram a ser feitas, dentre elas uma muito importante, que é a construção de reservatórios de água, em quantidade suficiente para servir a todos os lotes.

Na última sessão da Câmara, quando foram votados projetos dando denominação de vias e logradouros públicos a 7 novos loteamentos, num total de 3.554 lotes, diversos vereadores da oposição chamaram a atenção para o fato desses novos loteamentos proporcionarem problemas no abastecimento de água, que já é problemático em algumas regiões da cidade. Realmente isso vai ocorrer, embora cada loteamento tenha seu próprio reservatório. No entanto, haverá necessidade de a água chegar nesses reservatórios e aí o problema é outro: haverá água suficiente para ser captada? Esses vereadores criticaram o Executivo por aprovar tantos loteamentos, mas devemos levar em conta que nos três primeiros anos da atual administração não foram aprovados novos loteamentos, o que só aconteceu agora, quando a Prefeitura não teve como negar os muitos pedidos de registro, pois os solicitantes apresentaram todos os documentos e as condições exigidas. E não são apenas esses 7, pois devem entrar em votação numa das próximas sessões da Câmara propostas de denominações de mais dois, também com muitos lotes.

É inevitável o surgimento de novos loteamentos no município, pois todos os que foram lançados tiveram sucesso de venda e isso desperta a atenção dos empresários. Deve-se ressaltar o lado positivo desses lançamentos: o crescimento do número de moradores, representando maior arrecadação de tributos municipais; a criação de milhares de empregos diretos e indiretos (na construção e manutenção das moradias surgidas); o aumento das vendas em nosso comércio, representadas pelo crescimento da população, inclusive a faixa mais alta; a melhora do nível econômico-financeiro, representado por cidadãos com renda considerável, ainda trabalhando em São Paulo, Sorocaba, Campinas, Indaiatuba, etc., se instalando em condomínios de luxo, como o Piccolo Paese, Monte Belo, Moradas S. Luiz, Palmeiras Imperiais e Haras Paineiras; e muitas outras vantagens.

Concluindo: é bom que Salto cresça com os loteamentos e condomínios, mas é necessário tomar medidas eficazes e urgentes para aumentar o oferecimento de maior quantidade de água. Usar a água do Rio Jundiaí, que antes era uma opção a longa prazo, agora se faz premente e tudo deve ser feito para tornar essa alternativa viável o mais rápido possível.


CÁ ENTRE NÓS


Condomínios

Houve um crescimento considerável da renda média e até mesmo do nosso PIB (Produto Interno Bruto), quando começaram a ser implantados novos condomínios fechados na cidade, alguns de alto nível, como o Piccolo Paese, que foi o primeiro. A iniciativa foi da Prata Imobiliária, que a partir da década de 1970 tem criado diversos condomínios, principalmente na região noroeste da cidade. Outros setores da vida do município têm sido focados por essa imobiliária, que faz muitas contrapartidas com o Poder Público municipal, gastando milhões de reais, sendo seu exemplo seguido por empresas do ramo imobiliário como a EPM, do Eduardo Mioto, Dominium, a das famílias Nardelli e Pecchio e outras que investiram bastante, logicamente beneficiando seus investimentos, mas também os saltenses em geral. Não ficaram nada a dever ao município.


Mais de 5.000 aptos.

Uma empresa apenas, a MRV, construiu em Salto, nos últimos anos, cerca de 4.000 apartamentos em diversos pontos do município, e está construindo mais de 1.000. Isso contribuiu para que o déficit habitacional tivesse considerável redução. Infelizmente, as famílias de baixa renda não puderam ser beneficiadas por esses condomínios verticais, que também surgiram em grande número na cidade, pois não têm as condições mínimas para adquirir os imóveis, o que faz com que o déficit habitacional seja ainda grande. No entanto, a procura foi grande porque não só pessoas de Salto, mas também de Indaiatuba, Itu, Porto Feliz e até de cidades mais distantes, adquiriram os apartamentos saltenses. Dizem até que tem um edifício ocupado quase que totalmente por indaiatubanos, atraídos pelo preço, que em Salto é menor que Indaiatuba. Imaginem, então, quanta água vai ser necessária para abastecer não só os novos loteamentos, mas também os novos condomínios, que continuam se instalando.


Abusos = Covid-19

No feriado do 7 de Setembro todo mundo se divertiu, trocaram abraços, beijinhos, e a consequência está surgindo agora: um crescimento considerável em estados ou cidades que abusaram e hoje convivem com a Covid-19. Até ministros, diretores, assessores, auxiliares do Governo Federal, que se confraternizaram sem máscara com o desmascarado Bolsonaro contraíram a doença. Em Salto tem muita gente, principalmente jovens, frequentando e se confraternizando na Praça XV, achando que o coronavírus foi embora. Tomara que a hora deles não chegue, mas se chegar, será um castigo ao seu desleixo e resistência para aceitar as recomendações de pessoas sensatas.


Vereadores x SAAE

Desde o início da atual legislatura os vereadores têm questionado o SAAE sobre a falta d’água, falta de plantão e pelo não comparecimento do superintendente à Câmara para prestar esclarecimentos. Sobram-lhes razões: tem havido falta d’água, causada pelos mais diversos motivos e nem sempre por culpa do SAAE; o órgão não mantém plantão, o que deveria acontecer 24 horas por dia, pois os problemas não têm hora para acontecer e, por último, o superintendente do SAAE, apesar das promessas, não vai ao Legislativo. Agora um novo problema surgiu: os vereadores não podem ingressar nas dependências do Piraí para ver a situação. A Lei Orgânica disciplina as visitas e deve ser obedecida, mas o superintendente do SAAE deveria ser mais flexível e manter um diálogo que poucas vezes manteve com os vereadores da oposição. Pode estabelecer, por exemplo, que sempre que os vereadores quiserem se dirigir até o local ou a outro, como na adutora do Buru, poderão solicitar por telefone e fazê-lo, desde que solicitem o acompanhamento de um funcionário da autarquia. Conversando a gente se entende.


BOCA-DE-SIRI


Droga limpa-fossa


Hoje acham drogas em todos os lugares e a criatividade dos que pretendem enganar a Polícia e a Guarda Civil Municipal mereceria até um Oscar de Originalidade. Na semana passada apreenderam 280 quilos de cocaína num fundo falso de caminhão limpa-fossa, que estava sendo consertado numa oficina. A droga encontrada certamente iria custar mais caro, pois tinha um aditivo que sem dúvida aumentaria sua potencialidade: a m........ existente nas fossas.

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