QUEM FOI QUEM
José Mariano O. Coutinho, o “Juquinha”, teve amor à primeira vista por Salto
Segundo um relato feito por Ettore Liberalesso em sua coluna “Arquivo”, publicada durante 20 anos no Taperá, José Mariano de Oliveira Coutinho, o “Juquinha” (ou “Juquita”, como alguns o chamavam) veio até Salto no início da década de 1960 e se apaixonou pela cidade. Foi “amor à primeira vista”, como se dizia, e por isso ele se instalou com sua esposa e passou a conviver intensamente com os saltenses, formando um grande círculo amizades. Sua vida no município que adotou, que durou mais de 10 anos, não se resumiu à convivência, ele também participou de muitas promoções e atividades, sempre colaborando desinteressadamente, principalmente quando o objetivo era beneficiar pessoas que precisavam ser amparadas.
Ataque cardíaco - Nasceu em 1897 e viveu 76 anos, tendo seu falecimento ocorrido exatamente na chegada de um novo ano: 1974. Ele dançava alegremente no “Reveillon” do Clube dos Casados, do qual foi um dos sócios-fundadores, quando aconteceu: repentinamente caiu, vítima de um ataque cardíaco fulminante. Não houve tempo de ser socorrido, para tristeza dos muitos presentes e dos saltenses em geral, que lamentaram a grande perda.
Na notícia publicada no Taperá sobre seu falecimento, constou que “Juquinha”, aos 76 anos, “era também uma criança inocente e sem maldade no coração. Como sempre, demonstrava toda sua alegria, irradiando uma felicidade que contagiava a todos, dançando ao som da orquestra, que executava melodias tão alegres como ele”. Foi lembrado também que nas festas sua presença era imprescindível, fosse caipira, carnaval ou qualquer outra comemoração. Nos bailes carnavalescos aparecia cada noite com uma fantasia diferente, constituindo-se num dos foliões mais animados.
Premiação – “Juquinha” participava também, de vez em quando, de carnavais em outras cidades. Em 1972 foi um dos concorrentes ao prêmio de Melhor Fantasia, em Suzano, colocando-se em primeiro lugar, o que lhe valeu um troféu.
Sua participação em diversas campanhas sempre foi das mais eficientes, destacando-se a realizada para a elevação de Salto à comarca, em 1966. Ele fez parte da Comissão Central, juntamente com as autoridades e outras figuras de destaque da cidade. Na Festa da Padroeira estava sempre presente, empunhando o microfone para atrair compradores dos bilhetes nos sorteios que eram realizados nas barracas da igreja. Também foi grande colaborador do Clube dos Casados, que, aliás, o homenageou na noite em que ele veio a falecer, recebendo um brinde pelo trabalho que sempre executou.