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OPINIÕES

Problemas do caótico trânsito de Salto


A pessoa cônscia de que precisa respeitar as leis de trânsito encontra muitos problemas quando trafega pelas vias públicas saltenses. Um boa parcela de motoristas e motociclistas saltenses demonstra não ter a qualificação necessária para dirigir seus veículos, agindo em desacordo e até mesmo cometendo graves infrações que – felizmente para eles – não são devidamente punidas, porque a fiscalização é falha e ausente. Estamos num período pré-eleitoral e por isso o Poder Público evita aplicar multas, pois se o fizer logo vai ser criticada por criar uma “indústria de multas”, além de perder muitos votos. Um governo municipal, o de João Guido Conti, teve a coragem de implantar radar móvel na Rua 9 de Julho e em outras vias do centro, o que lhe valeu a perda de prestígio junto ao eleitorado, não conseguindo reeleger-se e amargando derrotas nas eleições seguintes. Exagerou ao estabelecer o limite máximo de quilometragem, mas tentou ordenar nosso trânsito no que se refere à velocidade máxima, o que as administrações seguintes, inclusive a atual, não fizeram.

No que se refere à falta de qualificação dos motoristas saltenses, muitos deles adotam certos procedimentos que não são aqueles que aprendem quando frequentam as autoescolas. Uma das manias é transitar pelo meio da rua, não abrindo espaço para a ultrapassagem pelos motoristas que vêm atrás. Outra é não utilizar as setas indicativas de conversão à direita ou à esquerda, assim como diversas outras ações que podem proporcionar acidentes. Não respeitam a velocidade máxima, ao contrário do que fazem quando se dirigem a Itu, Indaiatuba, Sorocaba, Campinas, São Paulo, etc., cidades onde respeitam os limites estabelecidos pelas placas, coisa que não fazem em sua cidade. E reclamam quando são multados, achando que são punidos indevidamente. Alguns estacionam também em locais proibidos, justificando que “vou até ali e já volto”, considerando-se injustiçados quando são chamados à atenção.

Levantamento de um órgão estadual demonstrou que ocorreram 10 mortes no trânsito da cidade, neste ano, em Salto, número superior ao do mesmo período, em 2019, quando aconteceram 8. Três das mortes deste ano aconteceram na SP-75, mas é elevado as restantes 7 ocorridas no centro (2 na 9 de Julho) e as demais nos bairros.

É necessário maior cuidado e respeito às leis de trânsito por parte de um número felizmente não expressivo de motoristas, pois a grande maioria respeita e age de forma sensata na direção dos seus veículos. A interpretação de que pode tudo no tráfego em nossas vias públicas não deve prevalecer, porque se trata do descumprimento de leis criadas exatamente para ordenar o setor e proteger os condutores dos abusos cometidos.


CÁ ENTRE NÓS


Motos no trânsito

Das 10 mortes que aconteceram nos oito primeiros meses no trânsito de Salto, 6 envolveram motociclistas. É expressivo o número de motos em nossa cidade: cerca de 20 mil. A maioria dos condutores respeita as leis de trânsito, tomando todos os cuidados, mas existem aqueles que se expõem perigosamente, inclusive ameaçando a segurança de motoristas e de outros motociclistas, o que faz com que o número de acidentes seja muito grande. Os motoboys são os que correm mais riscos, pois estão sempre com pressa para cumprir os compromissos. Contribui também para os acidentes a falta de manutenção adequada das motos (o que acontece também com os que possuem carros), a condução perigosa das motos, ora ultrapassando pela direita, ora pela esquerda, além do fato de uma boa parcela dos motociclistas perturbar com o barulho dos escapamentos o sossego de crianças e idosos,. As reclamações têm se repetido na Secretária Eletrônica, sem que providências sejam tomadas pela Polícia e pela Guarda Civil Municipal. Tem muita coisa a ser acertada no trânsito das motos pelas vias públicas saltenses, mas isso depende da conscientização dos motociclistas que agem impunemente e de uma fiscalização mais rigorosa e frequente, o que não é feito de forma adequada.


Gislaine Silveira

Confessamos que antes de conhecermos e entrevistarmos a candidata a prefeito de Salto, Gislaine Silveira, imaginávamos que iríamos encontrar uma pessoa não muito afeita aos problemas da cidade, sem nenhum conhecimento político e que entrou na disputa apenas para satisfazer o desejo de mentores do partido Republicanos de Salto ter um candidato(a) ao Executivo, sem contar o fato de que é esposa do vereador Natalino Silveira. Enganamo-nos redondamente: ela tem, sim, conhecimentos políticos, embora lhe falte experiência, e tem muitas ideias, algumas inovadoras sobre administração municipal. Não teve pejo em confessar que ainda menina vivia dos restos de comida e peças de roupa usadas do “Lixão” (atual Aterro Sanitário), onde encontrava também o material escolar que sua família não tinha condições de comprar. Começou trabalhando cedo e estudou, formando-se em Gestão de Recursos Humanos, conseguindo ultrapassar as barreiras que teve pela frente, com atuação na área social e junto aos artesãos e ao comércio local. Vamos ter a oportunidade de avaliar melhor suas ideias ao fim das entrevistas, quando faremos um resumo das propostas apresentadas pelos 4 candidatos, sua viabilidade e outros detalhes. Por enquanto ficamos com uma boa impressão dessa 3ª mulher candidata ao Executivo local, nos 73 anos de democracia do país, cabendo aos eleitores analisar o que ela pensa e o que pretende executar, assistindo à entrevista em nossas redes sociais e lendo o resumo publicado nesta edição.


Geraldo: problemas

Como já se esperava, o prefeito Geraldo Garcia está tendo problemas com a Justiça para se registrar como candidato à eleição para prefeito de 15 de novembro próximo. Além dos processos que correm, um deles referente à rejeição de suas contas de 2012, o Ministério Público local já se manifestou pela impugnação de sua candidatura, o que vai ser apreciado pelo Juízo Eleitoral local e a seguir pelos órgãos eleitorais superiores. Um recurso seu sobre um outro processo foi rejeitado recentemente, mas Geraldo, por nós inquirido, disse que tem condições de apresentar diversos recursos ainda e que está confiante que superará os obstáculos, assim como fez em 2016, quando sua candidatura foi também impugnada e ele conseguiu ser candidato, se elegeu e está terminando os 4 anos de mandato. O tempo dirá.


Falta d’água

Esse problema de falta d’água não poderia ter surgido numa hora tão imprópria como agora para o prefeito Geraldo Garcia, que pleiteia sua reeleição para o cargo. Sabe-se que a principal causa desse problema é a estiagem poucas vezes sentida como essa pela qual passamos, com rios, represas, riachos e todo e qualquer curso d’água praticamente secos. A oposição se aproveita e encontra eco junto ao eleitorado, parte considerável do qual não aceita a estiagem como justificativa e entende que faltaram medidas preventivas para que se chegasse à atual situação. A oposição aproveita para tirar proveito, culpando o chefe do Executivo, e a torcida deste é para que as chuvas cheguem logo e em grande quantidade para que o abastecimento se normalize. Enquanto isso, infelizmente, uma boa parcela da população continua adepta do desperdício de água, achando que porque paga em dia a conta, tem todo o direito de usar a água a seu bel prazer e sem maiores restrições.


BOCA-DE-SIRI


Chuva, pelo amor de Deus!


A solução para o problema da falta d’água em Salto vem do céu: as chuvas. Se ela não cair em grande quantidade nos próximos dias, o saltense vai continuar sem receber o chamado “precioso líquido” durante várias horas por dia e até por períodos mais longos. O prefeito Geraldo deve ter feito muitas orações pedindo chuva, mas do que ele gostaria mesmo é de muita água caindo do céu, devidamente acompanhada de uma chuva de votos.

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