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As dúvidas sobre a qualidade da água

Segundo os órgãos de imprensa de Salto e de Itu, incluindo-se entre eles jornais e portais de notícia, a qualidade de nossa água não é boa. Um desses noticiosos chegou a dizer que estamos tomando “veneno”, alarmando uma boa parcela da população, ou pelo menos aqueles que tiveram a oportunidade de ler a notícia. Uma coisa muito importante não foi levada em conta: o estudo foi baseado em dados oficiais fornecidos pelo Governo Federal, mas referem-se aos anos de 2018 a 2020. Hoje a situação pode ter mudado.

A dúvida é: ainda bebemos água contaminada pelo chumbo e por outros dois produtos que seriam potencialmente cancerígenos? Como se sabe, pelo menos em relação ao chumbo, ele não é uma substância degradável, ou seja, não derrete naturalmente. Portanto, pode ser que ele permanece nos depósitos de água da cidade ou até mesmo no organismo de algumas pessoas. É preciso levar em conta, no entanto, que os índices da incidência do câncer na população saltense não são alarmantes. Se fossem, pode-se dizer que as substâncias adicionadas à água servida na cidade estariam provocando danos prejudiciais à saúde e isso não foi comprovado.

As notícias divulgadas provocaram o pânico em muitas pessoas mais sensíveis a divulgações como essa. Apesar de a imprensa ter a obrigação de dar conhecimento inclusive das notícias ruins, em nosso entender houve um certo exagero na forma de expor o fato, inclusive pelo responsável pelo noticiário das redes sociais do Taperá, pelo que nos penitenciamos. Tivemos a oportunidade de chamar a atenção de quem veiculou a notícia, pela forma como isso foi feito. A rede social deste jornal divulgou também imediatamente a resposta do SAAE, mas a repercussão da notícia já tinha se efetivado, por isso o efeito não foi tranquilizador.

O que se tem que fazer agora, por parte de quem divulgou a informação sobre a qualidade da água e por quem ainda não o fez, é procurar acalmar as pessoas, ressaltando que não existem provas de que a situação constatada em 2020 perdura. Uma missão também importante cabe ao SAAE: não se restringir à Nota de Esclarecimento que divulgou, dizendo que obedece a critérios rígidos e a parâmetros legais no tratamento e na análise da água. É preciso mais: para acalmar as pessoas deve divulgar as últimas análises que fez e que ocorrem na captação, no tratamento e por meio de amostras coletadas nas torneiras. Se essas análises tiverem a mesma profundidade do estudo divulgado nesta semana, será aferido se realmente pode-se confiar na qualidade de nossa água. Se não tiverem, a autarquia precisa contratar um órgão ou uma empresa especializada para fazê-lo, pois não se pode confiar em análises que não refletem a realidade. Enquanto isso não for feito, permanecerá a dúvida e isso de forma alguma pode persistir.

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