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OPINIÃO

Grande parte da população não respeita o Meio Ambiente


Se em anos anteriores Salto foi premiada com boas colocações no Programa Município Verde Azul esse destaque não foi baseado num levantamento feito junto à população local. O que foi levado em conta foram as ações tomadas pelo Poder Executivo, no sentido de estimular e auxiliar na elaboração e execução de suas políticas públicas estratégicas para o desenvolvimento sustentável do Estado de São Paulo, que é o objetivo maior do Programa. A intenção é respeitar o inovador propósito de medir e apoiar a eficiência da gestão ambiental com a descentralização e valorização da agenda ambiental nos municípios.

Estamos no Mês do Meio Ambiente e lamentamos dizer que se fôssemos esperar do apoio da maior parte da população, essas boas colocações no Verde Azul jamais seriam obtidas, pois um considerável número de saltenses é indisciplinado e ignorante no que se refere ao respeito ao Meio Ambiente. Temos dois órgãos ambientais que procuram mudar essa situação, mas os avanços são muito reduzidos. São eles o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (COMDEMA) e a Comissão Municipal de Educação Ambiental (CMEA), ambos com objetivos muito nobres: o COMDEMA o de apresentar os problemas e apontar as soluções dos temas de caráter ambiental e a CMEA de conscientizar a população a fomentar o conhecimento sobre educação ambiental. Não é uma tarefa fácil, principalmente a da Comissão de Educação Ambiental, que enfrenta a impossibilidade de chegar à maioria dos saltenses.

Com isso, muita gente continua ignorando as recomendações de atitudes que beneficiem o Meio Ambiente, que são constantemente desrespeitadas. Podemos citar várias: jogam o lixo nas ruas, estradas, etc.; despejam o óleo de cozinha na pia, ao invés de guardá-lo e entregá-lo a quem os recolhe; não se preocupam em reduzir o número de copos descartáveis e de gastar papel sem controle; não se preocupam em economizar água e energia elétrica; não usam sacolas recicláveis nas compras e nem reduzem o consumo de outros materiais plásticos; acham que dar muito trabalho separar o material reciclável do lixo doméstico; jogam no lixo pilhas, baterias e material eletrônica, além de muitas outras ações incorretas.

A Secretaria Municipal do Meio Ambiente tem procurado realizar algumas ações que beneficiem o setor, mas infelizmente não conta com o número necessário de funcionários, o que só vai ser resolvido se a Reforma Administrativa for aprovada da forma pretendida pelo Executivo. Como este jornal noticiou, o secretário afirmou na Câmara que conta com apenas 1 fiscal para atuar contra os abusos e desrespeitos às leis do Meio Ambiente. Ou seja: não temos fiscalização por que 1 é igual a nada numa cidade com mais de 120 mil habitantes.

Cabe à Secretaria realizar algumas tarefas que não necessitam obrigatoriamente de funcionários, como incentivar a arborização da cidade; a manutenção de parques com o do Lago; resolver o problema dos catadores de recicláveis nos contêineres, que necessita ser organizado; cuidar da saúde dos animais, principalmente os domésticos; punir os que abandonam terrenos, que são tomados pelo mato, pelo entulho e lixo; fazer com que os novos empreendimentos imobiliários obedeçam às leis relacionadas ao meio ambiente; impedir que lixões se espalhem pela cidade, principalmente em bairros e diversas outras.

Essas tarefas vêm sendo cumpridas, mas como resolver o problema do desrespeito ao meio ambiente por parte de muitos cidadãos? A Prefeitura poderia, por exemplo, fazer chegar até eles as recomendações e encontrar uma forma para que elas sejam mesmo aplicadas. É algo difícil, mas poderia recorrer às entidades, sejam elas de qual setor forem, para colaborar nesse trabalho. Fundamental seria se nas escolas, a partir do fundamental, fosse ressaltada a importância do meio ambiente e como influenciar os alunos a adotarem a prática correta para que a situação melhore.

São medidas que podem não ocorrer a curto prazo, mas se não começarmos já, os abusos continuarão e o tempo para as condições melhorarem será ainda maior.

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