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OPINIÕES

Gestão do Hospital se transformou em problemão


Quando o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento da Administração Hospitalar (IBDAH) assumiu a gestão do Hospital Municipal, tivemos a oportunidade de conhecer a origem dos novos gestores, que apresentaram exemplos de trabalhos positivos em cidades do nordeste brasileiro. Nos primeiros tempos a atuação do Instituto parecia corresponder à expectativa, mas aos poucos foram surgindo problemas até que estes se transformaram em problemão, pelo menos se tiverem procedência as acusações feitas na Câmara pelo secretário da Saúde do novo governo. Fábio Roberto Sartório revelou fatos que estariam ocorrendo que denigrem a imagem do Instituto perante a população, com repercussão regional, podendo até atingir o bom nome que a empresa tem na Bahia e em outros estados vizinhos, onde também atua.

Apesar de receber valores expressivos previstos no contrato firmado com a Prefeitura de Salto, que estariam sendo pagos em dia e até antecipadamente, chega-se à conclusão que a situação financeira do IBDAH é das mais precárias. Está pagando os médicos e demais integrantes da equipe, mas o faz com atraso, inclusive o pagamento do vale transporte. Sua fama de má pagadora, segundo ainda o secretário da Saúde, teria ultrapassado as fronteiras da cidade e hoje médicos e outros profissionais que são convidados para trabalhar no Hospital Monte Serrat não aceitam o convite sob a alegação que não vão receber o que por direito lhes cabe. Existiria ainda muita burocracia no fornecimento de remédios e faltam equipamentos essenciais. Valores estariam passando de um para outro setor sem justificativa. Gastos com passagens aéreas e hospedagem estariam ocorrendo sem uma explicação plausível. Enfim, segundo o secretário da Saúde, as irregularidades seriam muitas, alterando-se uma situação que no início das atividades do Instituto em Salto eram promissoras.

Temendo problemas futuros no atendimento à população, a administração anterior prorrogou o contrato da Prefeitura com o Instituto até abril deste ano, mas o novo governo não se manifestou a favor ou contra essa medida, segundo apuramos depois de termos publicado que a prorrogação foi feita com sua anuência, o que não ocorreu. Ele teve que aceitar, mas agora está constatando que a situação é muito grave e por isso terá que tomar uma atitude drástica, pois o atendimento à população está sendo falho e isso não pode continuar por muito tempo.

O prefeito Laerte Sonsin Jr. já declarou que irá promover uma nova licitação, mas sua conclusão certamente vai demorar, pois a realizada pelo governo de Geraldo Garcia prolongou-se por quase 1 ano, tantos foram os recursos apresentados pelos que não foram escolhidos. Se o pleito licitatório não for concluído a tempo, a solução será fazer uma contratação emergencial, sem a garantia de que a empresa escolhida vai atuar de forma correta, o que será duvidoso que vai acontecer. Com isso, o problema (ou o problemão) vai ser mantido, sabe-se lá por quanto tempo.


CÁ ENTRE NÓS


Secretário da Saúde

Tivemos uma primeira boa impressão do novo secretário da Saúde, Fábio Roberto Sartório, na sua participação da reunião realizada com os vereadores saltenses, quando explicou a situação de sua Secretaria. Procurou demonstrar que trabalho não faltará, pois inicia suas atividades às 6h30 da manhã e não tem hora para terminar. Revelou também sua disposição em jogar pesado contra médicos que não estariam cumprindo suas obrigações, deixando de respeitar os horários determinados, e funcionários que atendem mal os que necessitam de orientação quando procuram as unidades de Saúde. Ameaçou demitir quem agir dessa maneira, informando ainda que, no caso dos médicos, vai providenciar o registro da presença por meio digital, que não permitirá que deixem de cumprir os horários estabelecidos ou saiam durante o expediente. Deve-se frisar que a maioria dos médicos e de funcionários cumpre sua missão, mas, infelizmente, como em todas as profissões, têm aqueles que não se portam como deveriam e isso precisa acabar.


Vacinação falha

De um lado o secretário da Saúde demonstrou personalidade e até mostrou qualidades para ocupar o cargo, de outro não foi convincente ao falar sobre a vacinação pela qual sua secretaria é responsável. Como já frisamos nesta coluna, o agendamento foi falho, pois não se obedeceu a fila lógica que outras cidades adotaram: depois dos profissionais da Saúde, moradores de asilo e outros que mereciam preferência, ao chegar a vez dos idosos, quem foi encarregado pela programação se borrou todo. Era para ser nesta ordem: primeiro os com mais de 90 anos, depois de 80 a 90 anos, de 70 a 80 anos e de 60 anos em diante. Isso não aconteceu: começou com maiores de 75 anos e os com mais de 90 anos só foram vacinados nesta semana. Este colunista foi uma das “vítimas”, pois agendou a vacinação no mesmo dia e hora de sua esposa, mas não foi vacinado, apesar dos seus 80 anos, ela com 75 anos foi. Teve exemplos ainda mais sérios, o que demonstra que a programação foi realmente mal feita.


Presença dos secretários

Um fato bastante positivo da atual administração é atender prontamente os requerimentos de vereadores solicitando o comparecimento de secretários municipais para prestar esclarecimentos sobre assuntos relacionados às suas secretarias. Isso não acontecia no governo passado, quando diversos requerimentos foram feitos e o Executivo não atendia as convocações. Essa falha foi prejudicial ao ele próprio, pois deixou de dar os esclarecimentos devidos e ficaram valendo as críticas que a oposição fazia. Tivemos a oportunidade de censurar essa conduta, mas de nada adiantou. Agora as declarações dos secretários podem até repercutir mal no Legislativo, mas a transparência que agora existe vai permitir que problemas ou condutas erradas dos secretários possam ser corrigidas. Felizmente o procedimento mudou, esperando-se que continue nos 4 anos de mandato.


Desculpas do presidente

O presidente Cícero Granjeiro Landim demonstrou humildade ao pedir desculpas pelas duas declarações que deu na sessão da semana passada, as quais foram motivos de um comentário nesta coluna. Uma que consideramos como crítica a este jornal, foi sobre uma nota que demos e ele não leu e reclamou; outra foi sobre sua afirmação que vai defender sempre os vereadores, inclusive quando estiveram errados. Explicou que leu, mas não foi muito convincente nessa explicação e sobre a segunda procurou dar esclarecimentos que também não convenceram. Seu pedido de desculpa, porém, o redime e vamos aceitar. De nossa parte queremos dizer que como ele já se referiu à imprensa no passado de forma a parecer que ele não é dos que dá a devida importância a ela, achamos que isso iria continuar. Da forma como ele se manifestou, porém, tudo indica que pretende respeitar a imprensa e nós aceitamos. Se merecermos reparos, ele tem a obrigação de nos criticar, mas se fizer isso sem motivação, estaremos sempre aqui para contestar.

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