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OPINIÕES

As possíveis mudanças na Zona Azul


O estacionamento pago nas vias e espaços públicos da cidade, conhecida popularmente como Zona Azul, foi implantado na administração passada do prefeito Geraldo Garcia e desde sua criação provocou polêmica e críticas. A grande maioria das pessoas criticava a cobrança na ocupação das vagas pelas motos, o valor da tarifa cobrada, a falta de tolerância para os proprietários de veículos que estacionavam por alguns minutos e logo eram assediados pelos “amarelinhos”, a cobrança pela permanência de veículos na via pública de veículos com problemas mecânicos, dentre outros. O argumento do governo municipal era de que o contrato firmado com uma empresa de Santa Catarina, a Park Express, não permitia atender essas solicitações e por isso as reclamações nunca foram atendidas.

Este jornal se posicionou a favor do atendimento de algumas reivindicações e antes de ter sido firmado o contrato foi acusado pelo prefeito Geraldo de praticar fake news, ao citar que houve um reajuste de 100% no preço da tarifa pelo estacionamento por 1 ou 2 horas. Quando o contrato foi firmado, o novo preço foi estabelecido, provando-se que a notícia que divulgamos era verdadeira e não falsa. Também defendemos a não cobrança pelo estacionamento de motos, juntando-nos aos protestos feitos na Câmara e pela população, o que determinou a redução do valor cobrado. Outra medida que julgamos necessária foi a de implantar uma tolerância de alguns minutos para que fosse feita, por exemplo, uma entrega/recebimento ou para o desembarque de um passageiro, não se permanecendo muito tempo na vaga.

Na atual administração foi rompido o contrato da Prefeitura com a empresa, sob a alegação da falta de repasse total da porcentagem que cabe ao município, que atingiria 1 milhão de reais, segundo líder do governo na Câmara. A Park não aceita a decisão e afirma que vai à Justiça defender seus direitos. Evidentemente, não vai se poder esperar pela manifestação judicial rápida, pois os processos costumam correr ao ritmo de tartaruga, podendo levar anos para ser decidido, a não ser que liminares causem efeitos imediatos.

Terá que ser aberta uma nova licitação, esperando-se que as reivindicações feitas, a maioria delas justas, sejam incluídas no novo contrato. São relacionadas entre as sugestões as feitas nesta semana pelo vereador Márcio Conrado, que apresentou dois projetos na Câmara propondo medidas como a não cobrança do estacionamento das motos, tolerância por 10 minutos no uso da vaga, implantação de estacionamento por 30 minutos, número maior de vagas e isenção de pagamento para idosos, pessoas portadoras de deficiência e grávidas, permissão de permanência gratuita de veículos com defeitos mecânicos e outras. São medidas justas e necessárias, mas fazemos apenas uma observação: 10 minutos é muito tempo de tolerância, pois vai ser difícil o controle e muitos vão ultrapassar esse tempo, surgindo questionamentos difíceis de solucionar. O ideal seriam 2 ou 3 minutos, tempo suficiente para o “vou até ali e já volto”, que muitos procuram utilizar hoje sem sucesso.

Antes que se defina uma substituta para a Park Express é necessário discutir com cuidado o assunto, inclusive sendo debatido (o que não foi feito no governo anterior) para que a nova empresa possa realizar seu trabalho com eficiência e os atendidos por ela tenham certeza de estarem recebendo um tratamento justo e adequado.


CÁ ENTRE NÓS


CONTRA FRAUDES

Bastante oportuno o projeto apresentado pelo vereador Fábio Jorge e aprovado pelos demais membros do Legislativo saltense, que pune com multas elevadas aqueles que “furarem” a fila da vacinação ou agir de forma incorreta, fingindo aplicar as doses ou tomando outras atitudes irregulares e condenáveis. Tem que mexer no bolso mesmo, já que a impunidade acaba beneficiando aqueles que procuram enganar os profissionais da medicina e os que esperam que a vacina cause o efeito que vai livrá-los de adquirir uma doença que pode ser mortal.


BOAS INTENÇÕES

Tem se notado que os vereadores que compõem atualmente a Câmara de Salto são dotados das melhores intenções quando apresentam suas proposituras. Felizmente nosso Legislativo conta com advogados que cumprem sua missão e em várias ocasiões tiveram oportunidade de barrar projetos que à primeira vista se mostraram úteis e necessários, mas infringiam a legislação e por isso receberam pareceres contrários. Isso, porém, não tem bastado para convencer os autores ou os que defendem os projetos de que não devem levar avante suas ideias. Já tivemos casos de pareceres contrários que foram ignorados, os que agem dessa forma devem aceitar os limites legais estabelecidos, pois as boas intenções não bastam. Delas, como diz o ditado, “o inferno está cheio”.


VACINAÇÃO

A vacinação prossegue em Salto, mas não se pode garantir que ela está sendo feita de forma correta, no que se refere aos agendamentos e à falta de informações, como o não atendimento de ligações telefônicas. Diariamente a gente ouve relatos de pessoas que não foram devidamente atendidas pelos que fazem os agendamentos ou têm o dever de orientá-las. Ressalte-se que não estamos nos referindo aos profissionais da saúde, que realizam um trabalho dos mais elogiáveis, mas para chegar até eles infelizmente tem-se que passar por pessoas que não estão devidamente preparadas. Não por culpa delas, mas dos que têm o dever de orientá-las.


FALTA DE PAGAMENTO

O IBDAH – Instituto Brasileiro de Desenvolvimento da Administração Hospitalar, que recentemente deixou a administração do Hospital Monte Serrat, vai deixar saudade. Principalmente quem vai se lembrar dele pelo resto da vida serão os funcionários da casa de saúde que ficaram sem receber os salários a que tinham direito, o que lhes causa muitos problemas. Como disse um vereador, se algum outro hospital solicitar informações à Prefeitura de Salto sobre a empresa baiana, a resposta deve ser curta e grossa: “Não caiam nessa, como nós caímos”.


A NOVA O.S.

A Sociedade Beneficente Caminhos de Damasco nem acabou de assumir e já está sendo alvo de críticas pelos vereadores. Eles têm afirmado que ela está contratando os funcionários pagando salários menores do que eram pagos pela anterior Organização Social, não está pretendendo pagar insalubridade, está reduzindo a carga horária de funcionários e médicos, enfim estaria adotando algumas atitudes que não se coadunam com os procedimentos exigidos de uma empresa que necessita prestar bons serviços ao município. Foi citado, inclusive, na última sessão da Câmara, que o prefeito Laerte Sonsin Júnior responde solidariamente pela atuação da Caminho de Damasco, pois foi ele quem a contratou de forma emergencial. Realmente o chefe do Executivo não pode se omitir e certamente não o fará, pois o contrato firmado certamente lhe dá poderes para agir e exigir que o atendimento seja feito de forma correta pela contratada. Até agora, felizmente, tem havido poucas reclamações em relação ao atendimento da população no hospital, mas é necessário que se dê condições de trabalho aos funcionários, pois eles são figuras essenciais na prestação de um serviço de alta qualidade.


BOCA-DE-SIRI


Haja buracos!


Na entrevista que concedeu a este jornal, o prefeito Laerte afirmou que a Prefeitura já tapou neste ano 20 mil buracos. Se levarmos em conta que cada buraco tem em média 2 metros quadrados e cada quarteirão 900 m2 de pista (9m x 100m) o asfalto gasto seria suficiente para asfaltar 44 quarteirões. Se ao invés do Laerte, o prefeito de Salto fosse o Odorico Paraguaçu certamente seria aprovada uma lei proibindo os buracos na cidade.

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