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OPINIÕES

Reunião com o secretário de Desenvolvimento e Turismo


A Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo é uma das mais importantes secretarias do governo municipal. São duas em uma, pois cuida da instalação de novas empresas na cidade, criação e manutenção dos empregos, além setor do turístico do município. Wanderley Rigolin, titular dessa Secretaria, já teve experiência no secretariado saltense, pois foi chefe de gabinete da Secretaria de Planejamento e ocupou, como secretário a de Cultura e Turismo de Salto, isso nos governos de João Guido Conti e nos primeiros 8 anos de Geraldo Garcia. Aliás, teve atuação preponderante na elevação de Salto para Estância Turística, na administração de Conti, representando o chefe do Executivo em diversas ocasiões, nas negociações junto à Secretaria Estadual de Turismo e ao Governo do Estado.

Sua especialidade é o turismo, mas está procurando se adaptar ao setor de desenvolvimento econômico e do trabalho, pois é formado em Administração. Acompanho seu trabalho desde quando assessorava o prefeito Conti, na década de 1990 e tenho conhecimento de suas qualidades, pois já as expressou anteriormente. Mesmo antes de ele assumir a Secretaria, em janeiro último, já vínhamos conversando sobre projetos que ele pretendia implantar e mesmo nos últimos meses temos trocado ideias, pois também considero o turismo uma “indústria” em condições de crescer nos próximos anos, criando empregos e proporcionando renda ao Poder Público e ao setor privado.

Na reunião com os vereadores ele justificou a não implantação ainda de projetos nas duas áreas que comanda, principalmente pela falta de pessoal, pois deixou de contar com 19 comissionados, resumindo sua Secretaria a ele próprio e a um chefe de gabinete. No que se refere à vinda de novas empresas, relatou que tem mantido muitos contatos, recebendo empresários que pretendem se instalar em Salto ou em outra cidade da região. Justificou o aumento do desemprego, auxiliado por seu chefe de gabinete, com a alegação de que duas grandes empresas estão dispensando funcionários e o Hospital Monte Serrat terceirizou o serviço e as empresas que assumiram estão registrando os funcionários em outras cidades onde têm sede.

Quanto ao turismo, deveria (e não o fez) revelar muitos projetos que têm, alguns dos quais tenho conhecimento, como a implantação de uma espécie de “Rua do Porto” de Piracicaba, na Barra, maiores detalhes sobre o circuito turístico que já existe, mas que pode ser melhorado, dentre outros. Não teria citado esses projetos porque teme que leve tempo para serem implantados, pois há necessidade dos recursos a serem obtidos junto ao DADE, que anualmente destina verba para o turismo saltense. Também teme que as revelações possam atrapalhar a execução dos projetos, com intervenções dos possíveis atingidos pelas melhorias de forma positiva ou negativa.

Por conhecer bem Wanderley Rigolin, achamos que ele tem condições plenas de se sair bem no que se refere principalmente ao turismo. Já quanto à atração de empresas e criação de empregos, a tarefa é bem mais difícil e às vezes o empenho e a boa vontade não são suficientes para que se obtenha o sucesso que todos aguardam.


CÁ ENTRE NÓS


MÁ VONTADE

Referindo-se ainda à reunião do secretário Wanderley com os vereadores, na última terça-feira, pôde-se notar que assim como aconteceu com outros secretários, existe uma certa má vontade ou prevenção por parte de alguns membros do Legislativo em aceitar as ideias e as atitudes dos que assumiram o secretariado municipal a partir de janeiro, apesar de decorridos apenas 5 meses. É necessária uma pressão junto aos secretários para que eles cumpram eficientemente sua missão e não se acomodem no cargo, mas tem havido um pré-julgamento do que pode ou não ser realizado, sem que haja motivação para isso. Já aconteceu com o secretário da Saúde, está ocorrendo com o secretário de Esportes e com outros integrantes do secretariado, às vezes por questão de antipatia, o que não deveria acontecer.


LOCAL DO PARQUE

Essa má vontade ou prevenção ficou evidenciada na pergunta feita pelo vereador Fábio Jorge a Wanderley sobre o aluguel de um prédio em frente à Estação Ferroviária, onde ele pretende implantar um Parque Temático, focalizando a imigração dos italianos para Salto, pagando um valor baixo (R$ 5.000,00 por mês). Fábio lembrou, com razão, que aquele local é sujeito a inundações e que um fato lamentável já ocorreu, em virtude de uma ocorrência de febre maculosa. No entanto, é bom lembrar que as inundações ali não são frequentes, podendo ser tomadas providências para evitá-las e que o problema com a incidência do carrapato-estrela já teria sido resolvido. O questionamento do vereador foi procedente se não o tivesse feito em forma de insinuação, dando a entender que Wanderley estaria favorecendo uma imobiliária na qual trabalhou. Quem conhece o secretário sabe que ele não é capaz disso, o que já foi demostrado em sua vida pregressa. Ao final da reunião Fábio procurou se justificar, dizendo que as perguntas precisam ser feitas, pois é obrigação do vereador fiscalizar, mas levantar dúvida, sem indícios, não é correto.


SITUAÇÃO GRAVE

Ao que parece, a situação da Covid em Salto, assim como em muitas cidades do Estado, nunca esteve tão grave: o número de casos aumenta assustadoramente, as vagas de UTI estão praticamente tomadas e a quantidade de mortes também é preocupante. Apesar disso, tem muita gente que não está “nem aí”, aqueles que a exemplo de pessoas a quem caberia realizar um trabalho eficiente e organizado, se omitem e continuam participando das festas, dos encontros entre amigos e de outras aglomerações. Vejam o exemplo do que aconteceu nesta semana: depois do feriado prolongado de Corpus Christi, quando muitos deixaram de usar máscaras e se confraternizaram com parentes e amigos, a quantidade de casos e de óbitos aumentou consideravelmente. Vai ser necessário tomar uma medida radical e como deve caber aos municípios agir, pois o Governo do Estado não quer se comprometer, sugerimos que o comércio continue aberto, pois na grande maioria deles entram não mais que duas ou três pessoas por vez e as grandes lojas fazem controle da entrada. Só devem ser fechados os locais onde é costumeira a presença de grande número de pessoas, que para lá vão a fim de tomar suas bebidas e se confraternizar, principalmente, sem adotar as medidas preventivas que desde o início da pandemia são recomendadas, mas muitos teimam em não adotá-las. Só as tomam quando um familiar ou amigo é afetado pelo vírus, entubado e podem até seguir para a chamada “última morada”.


BOCA-DE-SIRI


Quem procura acha


Está difícil achar o lugar da vacinação contra a Covid: era em 4 lugares, depois resolveram reunir num só local, o CEC, mas nesta semana a decisão foi encaminhar todos os que querem fazer um furinho no braço ao Ginásio Municipal de Esportes. A última mudança tem sentido: a espera pela vacinação não vai ser tão chata como nos locais anteriores, pois poderão ser formadas várias equipes para a disputa da Taça Coronavac, reunindo Vacinados contra Não Vacinados.

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