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OPINIÕES

FALTA DE COMUNICAÇÃO E DE ATITUDE


Nesta semana, em entrevista à Globo News, o vice-presidente Hamilton Mourão classificou como um dos principais problemas do atual governo federal de Jair Bolsonaro a falta de comunicação, principalmente no que se refere à pandemia. Afirmou que faltou uma campanha de esclarecimento por parte do Governo Federal, como acontecia no passado. Em Salto, segundo vários vereadores, da situação e da oposição, a falta de comunicação por parte do Executivo é também um problema grave. Durante a sessão da última terça-feira foi lamentado que o prefeito Laerte Sonsin Jr. não está se comunicando devidamente com os vereadores e principalmente em relação à vacinação, inclusive sendo lembrado que na campanha eleitoral ele prometeu um aplicativo “Prefeitura Online”, que ainda não foi implantado. Nesse caso parece haver uma certa precipitação por parte do vereador que fez a cobrança (Henrique Balseiros), pois apenas 6 meses foram decorridos desde a posse e não se implanta um sistema como o que foi prometido de uma hora para outra.

No que se refere à vacinação sobram razões aos vereadores que fazem críticas à falta de comunicação, mas aí o problema é com os que se responsabilizaram pela tarefa e não estão correspondendo, no caso os funcionários da Secretaria da Saúde que deveriam fazer o controle, mas o prefeito ainda não tomou uma atitude para melhorar a situação. Muitas pessoas fazem o agendamento e a vacinação não é marcada, causando justificadas reclamações. Achávamos que o problema que inclusive atingiu este colunista tinha sido resolvido, mas até esta semana a falha tem ocorrido. A responsabilidade é também do secretário da Saúde e, nesse caso, o prefeito agiu, demitindo o anterior por vários motivos (embora a versão oficial é que ele pediu demissão) e nomeando um que está se inteirando da situação, esperando-se que ele a resolva brevemente.

Não é apenas em relação à pandemia que está faltando comunicação. Os vereadores, que deveriam ser cientificados de muitas ações do Executivo ou da adoção de alguma medida importante, reclamam que não estão sendo consultados e sequer ouvidos sobre vários assuntos. Nesse caso a responsabilidade é do prefeito, que é uma pessoa muito tranquila, cordato, mas às vezes deveria se mostrar mais incisivo, seja para se defender, seja para intervir em alguma situação. Poderíamos citar vários exemplos, dois deles mais comentados, como sua omissão em relação às filas bancárias, não as normais, que são inevitáveis, mas aquelas causadas pela ação de dois bancos, o Banco do Brasil e o Bradesco, que agravaram ainda mais a situação que já era caótica (a formação de filas de clientes que precisavam ser atendidos presencialmente), fechando duas de suas agências que já apresentavam um movimento fora do normal.

Outro exemplo é a omissão de Laerte no caso do chefe de gabinete do SAAE, que sem ter a autoridade que imagina, fez grave acusação a este jornal e a um vereador, acusando-os de fake news, usando do seu cargo para defender a autarquia da qual faz parte. Se amanhã um outro servidor, com algum cargo comissionado ou de direção, se arvorar poder se manifestar em defesa de algum setor do governo municipal, sem ter sido solicitado e fazendo acusações inverídicas, ele vai ter que aceitar. E quem agir dessa maneira vai fazê-lo incentivado pela falta de providências verificada no caso do chefe de gabinete, que mentiu dizendo que não ouvimos o “outro lado” (no caso o SAAE) e nem publicamos a notícia verdadeira, coisa que não deixamos de fazer: ouvimos o SAAE e publicamos sua versão na mesma 1ª página da notícia da lagoa da Conceição cheia d’água e publicamos na íntegra o e-mail que recebemos da assessoria de imprensa do SAAE em página interna. A omissão do chefe do Executivo deixa dúvidas, pois pode-se concluir que ou ele aprovou a atitude do seu funcionário que mentiu em nome do SAAE, sem autoridade para fazê-lo, ou preferiu, como é do seu feitio, não aumentar a discussão em torno de um assunto indigesto.


CÁ ENTRE NÓS


RACIONAMENTO

O SAAE está anunciando a possibilidade de iniciar o racionamento de água, que pode ser iniciado no próximo dia 1º de julho, quinta-feira. A situação em que se encontram as duas estações de tratamento d’água, a do Bela Vista e a João Jabour, do Buru, estão a exigir mesmo uma medida preventiva, tendo em vista que pode ocorrer o agravamento da situação e, quando e se isso acontecer, já estão programados cortes no abastecimento que atingirá toda a cidade. Serão, segundo o superintendente, três fases, a primeira delas com 36 horas (1 dia e meio) de abastecimento e 12 horas (meio-dia) de suspensão; a segunda fornecendo água durante 12 horas e paralisando outras 12 e a terceira, a mais indesejável, com água sendo fornecida durante 12 horas e abastecimento suspenso em 36 horas (1 dia e meio). Aguarda-se que não haja necessidade da terceira fase, mas se tiver que ocorrer teremos que aceitar. Espera-se que com essa notícia de racionamento haja por parte da população economia de água, coisa que até agora não aconteceu, pois ainda se vê gente desperdiçando o líquido irresponsavelmente em vários pontos da cidade.


FALHAS NA VACINAÇÃO

Quando a vacinação começou a ser feita na cidade, aconteceram muitas falhas relacionadas ao agendamento, pois muitos que o fizeram deixaram de ser chamados na época oportuna. As coisas melhoraram, mas ainda há falhas na convocação das pessoas, o que não se explica, pois o tempo para que os responsáveis por esse serviço adquirissem a necessária experiência deveria impedir a repetição dos erros. Até quando acontecerão?


LOCAL DA VACINAÇÃO

A vacinação começou a ser feita no Ceunsp e em outros locais, passou para o CEC e por último foi para o Ginásio Municipal de Esportes “João S. Ferraro”. A organização neste novo local está merecendo muitos elogios, mas somente daqueles que fizeram o agendamento e foram chamados por e-mails ou por telefone. Por outro lado, ainda há muitos insatisfeitos com o fato de terem feito o agendamento e não foram chamados ou que não fizeram o agendamento e entendem que pela sua idade, pela conformidade que possuem ou por outra razão, deveriam ser vacinados, o que não está acontecendo. Marcou-se um mutirão, expressão que pode ser considerada como de qualquer mobilização de indivíduos, coletiva e gratuita, para execução de serviço que beneficie uma comunidade. Muitos que não fizeram agendamento se dirigiram até o Ginásio e embora com idade avançada ou em condições de receberem a vacina, não foram atendidos. A exigência do agendamento precisa ser melhor estudada, pois outras cidades estabelecem critérios diferentes, como vacinar pessoas com mais de 60 anos, por exemplo, que perderam a oportunidade de comparecer e fixar dias determinados para quem tem menor idade, como por exemplo, na segunda-feira para quem tem 43 anos, na terça para os com 44 anos de idade e assim por diante. Ou então fazer realmente um mutirão, sendo vacinados todos aqueles que se enquadram nos critérios estabelecidos.


BOCA-DE-SIRI


Esperança no racionamento


Embora a maior parte do povo saltense esteja lamentando que vai ter que fazer racionamento de água, tem gente feliz com a medida: aqueles que não recebem o líquido em suas residências e têm que ser abastecidos pelos caminhões-pipa. Eles estão imaginando: já que vai ter 12 horas de abastecimento para todos, certamente também receberemos água, pelo menos nesse período. E não vão perder nada quando a água faltar, pois já não a recebem mesmo.

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