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OPINIÕES

Os contratos emergenciais com gestores do Hospital


Desde a década de 1980, no primeiro governo do prefeito Pilzio A. Di Lelli, Salto procura um gestor eficiente para o Hospital Municipal Nossa Sra. do Monte Serrat e nunca achou. Alguns chegaram a convencer em determinados períodos, mas a grande maioria decepcionou, provocando muitas críticas por parte da população. Reconheça-se que o atendimento no setor da Saúde é dos mais complicados e difícil de satisfazer quem necessita de cuidados médicos, cirurgias, internações, etc. A falta de dinheiro também sempre foi um empecilho e afetou diretamente esse atendimento e as várias licitações realizadas não apontaram a administração ideal para nossa casa de saúde. Algumas das vencedoras tiveram que ser afastadas, outras admitiram que não tinham condições de prosseguir e isso exigiu do governo municipal a adoção dos chamados contratos emergenciais, que têm sido comum nos últimos tempos.

Apenas no atual governo já estamos no terceiro desses contratos e as perspectivas de melhora não são muito favoráveis. O primeiro surgiu no início da atual administração de Laerte Sonsin Jr., quando se viu às voltas com a IBDAH, que teve o contrato emergencial firmado na gestão passada de Geraldo Garcia. Não se consumou na época o desejo de realizar um processo licitatório, pois a tentativa não passou pelo crivo do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Quando o contrato com o IBDAH venceu, Laerte ainda estava elaborando um novo edital para a licitação, só terminando no mês de setembro passado. Enquanto isso, depois da saída do IBDAH teve que firmar um contrato emergencial com um novo gestor, o Caminho de Damasco, que não correspondeu e também não se mostrou disposto a continuar, a não ser que a verba destinada à manutenção do Hospital Monte Serrat fosse bem maior da que recebia. Surpreendido pela decisão do Tribunal de Contas, que não autorizou a realização de uma nova licitação, em virtude de falhas encontradas no edital, Laerte teve que improvisar mais uma vez, contratando uma das 3 empresas que apresentaram proposta para assumir o Hospital, a Beneficência Hospitalar Cesário Lange, que não veio bem recomendada, pois segundo o que se noticiou nos bastidores, ela responde por processos em virtude de mau atendimento em outros municípios.

Cogitou-se há pouco tempo em passar a gestão do Hospital para a Prefeitura, voltando à forma praticada antes da terceirização feita por Pilzio com a SPDM, na década de 1980, e depois quando se voltou a tentar passar a administração para entidades que não mereceram a confiança nelas depositada. Uma das melhores foi a Cruzeiro do Sul, mas as demais, principalmente as últimas, não justificaram a escolha.

Dentro de algum tempo deve ser aberta uma nova licitação, já com o beneplácito do Tribunal de Contas, se é que isso acontecerá, mas não se espere por milagre. Aquela que vai assumir terá uma verba maior para enfrentar as despesas, mas exigir eficiência total no que se refere aos serviços na área da Saúde, infelizmente não passa de utopia. É que não depende do Poder Público, que começa confiando, mas que aos poucos pode ir achando que não é bem aquilo que desejava e voltam os contratos emergenciais, que têm sido a saída para um problemão sem data pra terminar.


CÁ ENTRE NÓS


100 MILHÕES

Boas notícias são sempre bem-vindas. A que mereceu destaque na edição do último sábado, sobre a provável destinação de R$ 100 milhões para nosso município, se classifica como uma delas, mas não se conte o ovo antes da galinha botar. No caso, a galinha é representada pelo Governo Estadual, cujo vice-governador prometeu 70 milhões para a Barragem do Piraí, sendo ainda provável a liberação dos 10 milhões dos restantes 30 milhões pelo governo João Doria para uma nova ETA. Quanto aos 20 milhões de reais a intenção é conseguir um financiamento, que terá que ser aprovado pela Câmara, para asfaltar ruas do Bairro Buru e região da Chácara Maracajás. Os 70 milhões prometidos pelo vice-governador Rodrigo Garcia, caso seja mesmo liberado, irão se somar com a verba destinada pelo Governo Federal cujas sobras ainda estão reservadas. Eles seriam suficientes para implantar a Barragem, uma obra importante para as 4 cidades da região (Salto, Itu, Indaiatuba e Cabreúva). Os 10 milhões seriam utilizados numa estação de tratamento nas proximidades do Ribeirão Piraí, normalizando o abastecimento das águas da Fazenda Conceição, que não estão sendo aproveitadas para o consumo. Não será fácil obter a aprovação da Câmara para se obter o financiamento de 20 milhões, pois na administração passada foram feitos dois empréstimos, um de 26 milhões para aproveitamento das águas do Rio Jundiaí e outro de 6 milhões para resolver o problema das inundações no Jardim Santa Cruz. Será que os vereadores, a maioria não muito alinhada com o prefeito Laerte aprovaria esse financiamento?


LOJAS CEM

A escolha das Lojas Cem, pela quarta vez, como “A Melhor Empresa do Varejo do Brasil”, não foi conseguida junto a certos institutos caça-níqueis, mas distinguida pelo respeitável jornal Valor Econômico, do Grupo Globo, mediante critérios elaborados pela Faculdade de Administração de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas e análises da Serasa Esperian. As Lojas Cem deixaram pra trás empresas de grande porte, como a Magazine Luiza, Casas Bahia, Lojas Americanas, além de supermercados, rede de farmácias, etc. Não foi levado em conta o faturamento da empresa saltense, que pode ser menor do que algumas das citadas, mas graças à sua organização, situação financeira, atendimento, credibilidade, etc. Foi das mais oportunas a publicação da foto dos 4 diretores neste jornal, os irmãos Dalla Vecchia e o cunhado Roberto Benito, Eles são avessos à publicidade, mas desta feita não tinha como escapar: a conquista pela 4ª vez do título de “Melhor do Brasil” deve mostrá-los e fazer justiça ao trabalho que executam, comandando uma equipe numerosa que é solidária com o sucesso obtido durante mais de 6 décadas. Temos certeza que o povo saltense gostaria de expressar em alto e bom som, em uníssono, um cumprimento resumido em apenas 3 palavras, mas que resumem tudo: “Parabéns Lojas Cem!”


Números

Muito mais que as palavras, os números refletem realidades que não podem ser contestadas. Na edição do último sábado foram destaque vários deles: mais de 170 mil doses contra o coronavírus foram aplicadas na vacinação dos saltenses (o que é bom); município gasta cerca de 1 milhão de reais com remédios e tratamentos determinados pela Justiça (bom e justo para as pessoas atendidas, ruim para o Poder Público municipal que não tem dinheiro sobrando); pagamento para gestores do Hospital subiu para cerca de R$ 5,3 milhões (se o atendimento melhorasse na mesma proporção seria ótimo); R$ 15,135 milhões foram pagos por devedores de impostos e taxas municipais em atraso (bom para o município e para os que já não têm que se preocupar com a dívida); Prefeitura gasta 34% do orçamento com a folha de servidores, menos que o limite máximo de 54% (eles esperam por uma melhora em 2022, quando os aumentos voltarão a ser concedidos).


BOCA-DE-SIRI


Suicídio coletivo de peixes


Este seu criado, Boca-de-Siri I e Único, realizou uma investigação e descobriu que, ao contrário do que foi divulgado, as 7 toneladas de peixes que morreram no Córrego Guaraú não foram por culpa da lama preta que atingiu o Rio Tietê. Eles, cansados de sofrer com a poluição, com a espuma branca e com a lama preta, combinaram entre si e promoveram um suicídio coletivo em setembro último. Não deixaram um bilhete explicando o tresloucado gesto. Precisava?

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