OPINIÕES
As demoradas medidas da atual administração
O prefeito Laerte Sonsin Jr. e seus secretários podem até argumentar que não se trata de atrasos e até poderão recorrer ao velho ditado: “a pressa é inimiga da perfeição”, mas em se tratando de administração pública essa justificativa não tem muito sentido. Desde o início do atual governo municipal temos notado que muitas questões, pedidos, decisões e outros questionamentos não têm resposta imediata e com isso providências que merecem ser adotadas com a maior urgência são relegadas, chegando até a nem vir a ser respondidas. Este colunista já teve provas dessas demoras, como por exemplo quando quis saber sobre a proibição do estacionamento em frente à Biblioteca Municipal, prejudicando as pessoas que se dirigem até o local para emprestar ou entregar livros e principalmente os estudantes que necessitam obter informações para fazer algum trabalho e têm seu acesso prejudicado. Isso aconteceu há meses e a última informação que a Prefeitura deu, em resposta ao questionamento de um leitor no último sábado, é que será implantado um estacionamento com vagas em 45 graus. Ou seja, já existe decisão, mas deve ser muito difícil a tarefa de pintar algumas faixas para dividir as vagas, retirar a placa de “proibido estacionar” e outras medidas que exigem estudos, reuniões frequentes, etc.
Um outro caso que desde abril de 2021 (mais de 8 meses) espera solução é o da contratação de uma nova empresa para administrar o estacionamento pago nas ruas centrais. Em junho foi cancelado o contrato com aquela que executava o serviço, mas até agora estamos ainda na fase das licitações, recursos, etc. e os motoristas e motociclistas sofrem porque é mais fácil ganhar na Mega Sena do que encontrar uma vaga no centro da cidade no horário comercial.
Querem outro exemplo: a contratação de um novo gestor para o Hospital Monte Serrat. Foi feita uma licitação não aprovada pelo Tribunal de Contas e o jeito foi fazer uma contratação emergencial. A Prefeitura, reconhecendo que não tem condições de elaborar uma licitação de acordo com as exigências, contratou uma empresa por mais de 100 mil reais para executar a tarefa e não se sabe se não haverá ou não o risco de firmar um novo contrato emergencial.
A demora no posicionamento ou das providências nos casos que envolveram secretários, muito criticada por vereadores e nas redes sociais, também pode ser citada, assim como os atrasos na conclusão de obras, consideradas praticamente prontas, mas que tiveram que sofrer modificações e consertos, arrastando-se pelo ano todo. Pode-se citar a conclusão da Casa do Idoso, só inaugurada na semana passada, além de outras em vários pontos da cidade, como a Areninha ao lado do Cemitério da Saudade e a do Jardim Paraíso (fechada), a conclusão da Clínica do Nair Maria, a Clínica Moutonné (também fechada), a Creche do Laguna, e outras.
Reconheça-se que várias dessas obras não tiveram sequência porque ocorreram problemas nas licitações, algumas das quais tiveram a apresentação de recursos por parte dos perdedores. No entanto, isso sempre aconteceu e soluções foram encontradas para muitos casos, cabendo aos representantes do município forçar acordos... se é que tinham interesse que essas obras fossem concluídas, pois tiveram início na administração passada.
Espera-se que a partir deste ano a administração não continue acometida dessa síndrome de lerdeza crônica e mostre à população saltense que a celeridade vai ser a temática dos próximos 3 anos. Torcemos por isso.
CÁ ENTRE NÓS
COMUNICAÇÃO
Além dos exemplos citados na abertura desta coluna sobre as medidas demoradas do Executivo, podemos acrescentar também as falhas na comunicação com os vereadores e com os órgãos de imprensa. Ressalte-se que neste último caso está isenta de culpa sua Assessoria de Imprensa, formada pelos jornalistas Karina ............. e Ivan Valini. Ambos têm se desdobrado para divulgar as ações do atual governo, lembrando que Karina foi a mais sacrificada, pois ficou um bom tempo sozinha no cargo, com a dispensa dos comissionados. Recentemente fizemos um comentário sobre problemas com a divulgação das notícias, baseados em informações de um jornalista do Taperá, mas posteriormente constatamos que foi um mal entendido e que não cabe culpa à Assessoria de Imprensa. No entanto, ainda existem falhas de comunicação da administração com a imprensa, pois às vezes referida Assessoria não é comunicada e notícias são divulgadas pelo prefeito e pelo vice, as quais exigem uma procura de nossa parte que não deveria ocorrer se os mesmos seguissem os trâmites normais.
INTERVENÇÃO
Estamos publicando nesta edição o direito de resposta do Conselho Metropolitano da Sociedade São Vicente de Paulo e do interventor no Lar Frederico Ozanam, os quais rebatem afirmações feitas em nossas edições por uma pessoa que em sua existência tem sido um defensor incansável da referida instituição, apesar de estar há alguns anos imobilizado por uma doença que tolhe seus movimentos, mas não impede que ele exerça a meritória tarefa de atacar os invasores e suas condenáveis ações. Todos sabem que nos referimos a João Marcos Andrietta, que é o símbolo de uma sociedade que sempre orgulhou os saltenses e que hoje está em mãos de pessoas com interesses não tão sublimes e claros como os dele. Em sua defesa, o interventor pede que nos abstenhamos de efetuar comentários quanto ao conteúdo de sua manifestação. Será que ele pretende também intervir no Taperá, depois de ter proibido que os funcionários e os idosos do Lar leiam este jornal? Consultamos nosso advogado que afirmou não existir na Lei 13.188/2005, invocada pelo interventor, artigo que nos impeça de fazer comentários à resposta publicada. No entanto, como alguns juízes podem entender que comentar a resposta pode configurar violação ao direito de resposta e gerar novo direito de resposta, vamos nos abster de fazer os comentários, o que faremos na próxima edição. Não por respeitarmos a opinião ou o pedido do interventor, mas porque neste jornal, ao contrário do que ocorre no Lar, quem manda aqui somos nós.
ZONA AZUL
A nova Zona Azul, que entrará em funcionamento sabe-se lá quando, terá novidades. O preço por hora baixará de R$ 2,00 para R$ 1,50, as motos não pagarão para estacionar, assim como os idosos e pessoas com deficiência. A quantidade de ruas nas quais os motoristas terão que pagar para estacionar vai aumentar, o que deve compensar a perda de 50 centavos por hora para a empresa que vencer a licitação. Evidentemente, os que estacionam nessas ruas acrescentadas não estão gostando, mas o número de ruas não se alterou durante a existência da antiga Zona Azul e era lógico que um dia outras seriam abrangidas. Hoje os motoristas saltenses estão desacostumados com o pagamento para o estacionamento rotativo, que foi suspenso em abril do passado, por isso é provável que muitos deles demorem um pouco para voltar à situação anterior. Além disso, existem aqueles que anteciparam o pagamento e até agora não receberam de volta o dinheiro que lhes pertence. O Executivo diz nada poder fazer, mas uma pressãozinha seria bem-vinda, não é mesmo senhor prefeito?
BOCA-DE-SIRI
Se beber, não furte
Tem aquele velho conselho que a gente ouve o tempo todo: “Se beber, não dirija”. Depois do que aconteceu na semana passada esse conselho vai ter que ser ampliado, pois um homem embriagado dormiu durante o furto de três refletores de luz de um jardim e foi flagrado pelos guardas civis municipais. Estes deveriam ter-lhe dado duas opções: ser preso por furto ou multado por excesso de álcool no corpo.
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