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QUEM FOI QUEM

José Carlos Ricomini, um escritor e poeta cuja carreira foi interrompida precocemente



Certamente se José Carlos Ricomini não tivesse falecido aos 56 anos de idade, ele se tornaria um escritor e poeta ainda mais conhecido e reconhecido do que o foi. Nascido em Salto aos 19 de março de 1948, filho de Maria e de Silvio Ricomini, ele realizou seus primeiros estudos no Grupo Escolar (atual Escola Estadual) Tancredo do Amaral, prosseguindo-os no Colégio (atual Escola Estadual) Professor Paula Santos. Também cursou a Escola Técnica Getúlio Vargas, na qual se formou.







José Carlos com o troféu recebido pelo 1º e 2º lugares em concurso realizado em Itu

Foi colaborador do jornal Taperá a partir de agosto de 1985, quando foi publicado seu primeiro artigo, denominado: “Água: mão à palmatória”. Nele reconhecia que os custos para o tratamento da água eram onerosos, por isso não poderia ser gratuito, como se reivindicava. Dava alguns conselhos para os saltenses, apesar de a água que era servida à população ser de boa qualidade, como praticar todos os das uma limpeza superficial da vela do filtro d’água e promover uma esterilização a frio do filtro, com uma solução de permanganato de potássio a um por mil. Também dava outras orientações visando a prática da higiene no uso de hortaliças, do pão, etc.

Outros artigos esporádicos apareceram em edições seguintes, como em 1986, quando publicou em julho daquele ano, “Paranoia ou realismo”, no qual lamentava que 85% das pessoas não liam livros, apenas 15% ouviam o conjunto letra-música e fez algumas outras considerações que podem ser considerada um tanto fora da realidade. No segundo semestre desse mesmo ano, o número de publicações foi maior: praticamente uma por mês, nas quais se manifestava sobre assuntos diversos, como o artigo “Ainda bem que a beca é preta”, onde punha em dúvida as decisões da Justiça e “Felicidade”, na qual se referia à diferença entre a felicidade e a realidade.



Lançamento do livro “Retrato Desfocado” na Biblioteca Municipal, com o poeta Caio à sua direita e as capas dos dois livros

Poeta premiado – Para testar a qualidade de seus escritos, José Carlos participava de concursos promovidos na região e brilhou em pelo menos dois. No realizado em Sorocaba, em 1986, promovido pela Associação Cristã de Moços daquela cidade, obteve o 2º lugar, com a poesia “Lucidez”. No que aconteceu na vizinha Itu, em outubro de 1990, conseguiu uma vitória dupla: 1º e 2º lugares no Concurso “Pátio do Livro”, promovido pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo ituana.

Concorrendo na categoria Contos - Adultos, venceu com “Parágrafo 13”, sobre um homem que sofreu tanto na vida que chegou a desacreditar na bondade dos céus; e ficou em 2º lugar com “Tomara fosse pesadelo”, ficção envolvendo o Brasil e as pessoas que nele vivem.


Lançamento do livro “Retrato Desfocado” na Biblioteca Municipal, com o poeta Caio à sua direita e as capas dos dois livros
Lançamento do livro “Retrato Desfocado” na Biblioteca Municipal, com o poeta Caio à sua direita e as capas dos dois livros
























Livros publicados – Dois livros foram editados com poesias e textos de autoria de José Carlos: “Retrato Desfocado”, em 1997, prefaciado pelo seu amigo, o poeta Caio Porfírio Carneiro, e “Lapso de tempo”, que segundo o amigo Caio, revelam inquietações formais e de buscas de caminhos novos.



José Carlos e a esposa Elizabeth, quando ainda namoravam (década de 1960)

Família – José Carlos foi casado com Elizabeth Navarro Ricomini, com quem teve uma filha, Giuliana.

Ele atuava como comerciante na Flox Floricultura, juntamente com sua esposa quando veio a falecer, o que ocorreu em 1º de março de 2005.



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