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QUEM FOI QUEM

Lázara Gil Rodrigues ultrapassava os limites da sala de aula, atuando em diversas áreas



Ela não se limitou a atuar como professora (embora ser professora já seja muito). Atuou também em diversas áreas durante sua longa existência, pois faleceu aos 82 anos de idade. Começou desempenhando a função numa escola rural, na Fazenda Ituaú, ministrando posteriormente aulas nas escolas estaduais “Tancredo do Amaral”, “Acylino Amaral Gurgel”, “Cláudio Ribeiro da Silva” e “Maria Constança”. Ficou afastada por cerca de 5 anos, mas voltou às atividades no final da década de 1990 porque se sentia uma inútil, passando os dias fazendo crochê.










Lazinha com a filha Marisa Gil num evento na A.A. Saltense e com a diretora da Escola Cláudio Ribeiro que lhe dispensou muitos elogios

Foram mais de 40 anos dedicados ao ensino saltense, além de participar de atividades extracurriculares, como a formação de corais, eventos relacionados à cultura, atuação em movimentos ligados ou não ao ensino e ainda estava sempre pronta a colaborar com as iniciativas que considerava merecedoras de apoio. Também atuou na imprensa local, como colunista do Taperá juntamente com Tonino Chiavegatti. “Gente & Gentes” era o nome da coluna, na qual eram focalizadas pessoas que frequentavam a sociedade local.

Nasceu em 13 de julho de 1934, filha de Phelomena Effori Gil e José de Oliveira Gil. Era uma pessoa muito querida na cidade, sendo elogiada principalmente por ter personalidade e por exercer sua profissão com dedicação ímpar. Numa entrevista que concedeu ao jornal Taperá, em outubro de 2000, ela disse que “ser professora é ter esperança no ser humano e isso me faz querer dar aula até os 90 anos”. Vários depoimentos foram publicados na ocasião, dentre eles o da diretora da Escola Cláudio Ribeiro, professora Ilona Laila Jurgis dos Santos, que afirmou que “a Lazinha é um exemplo de vida e a prova de que estamos nesta profissão por amor”. Foram publicadas também manifestações de vários dos seus alunos da série D da mesma escola, sendo que um deles afirmou que “dona Lázara é uma ótima professora. Tudo bem que ela pegue no pé e fique brava. Ela é muito ativa e não fica parada e além de ensinar, canta bem”. Aliás, quando foi focalizada na coluna “No Espelho” do mesmo jornal, revelou que o momento que marcou sua vida foi cantar “La Passion”, com o Coral Cidade de Salto, regido por Agostinho Pereira de Oliveira, com direção de Idovar Sthal Filho, e receber os aplausos de Benedito Juarez, regente da Sinfônica de Campinas.


Primeiro dia – Na entrevista ao Taperá Lazinha lembrou seu primeiro dia de aula como professora, na Fazenda Ituaú, “num barracão onde passavam ratos pelo teto. Não tinha banheiro, nem nada, mas fui e gostei”. Inquirida por que escolheu a profissão de professora, respondeu que foi uma opção na época em que as moças iam trabalhar nas fábricas da cidade. Acrescentou ter gostado da experiência, “porque o que recebemos em troca das crianças é muito bom, elas passam uma ótima energia para a gente”. Falou também sobre seu bom relacionamento com os ex-alunos, dizendo emocionar-se quando encontra com eles. Citou um fato que a deixou muito triste: um ex-aluno virou morador de rua e um dia foi até sua casa pedir esmola: “Ele não me reconheceu, mas eu sim e chorei na frente dele, que estava drogado”.

Com as filhas Mônica e Marisa e com o esposo José Maria (2000)

Família – Lazinha foi casada com José Maria Rodrigues, com quem teve 2 filhas (Mônica e Marisa). O casal participou durante alguns anos do Lions Clube de Salto, colaborando com as iniciativas realizadas por esse clube.

Faleceu em 31 de dezembro de 2016




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