QUEM FOI QUEM
Bortolo Turri se integrou à coletividade saltense e contribuiu para o desenvolvimento da cidade
Graças à Brasital S.A. Salto se beneficiou da vinda de diretores da Itália e que se constituíram em benfeitores da cidade, numa época em que o município necessitava da iniciativa particular para se desenvolver. Uma dessas pessoas foi Bortolo Turri, um italiano que chegou em Salto em 1931, onde viveu até seu falecimento, em 1959. Inicialmente trabalhou no escritório da Brasital, em São Paulo, a partir de 1925, mas 3 anos depois ele, sua esposa Valentina e os 5 filhos fixaram residência no Chile, onde permaneceram até 1931, quando sua família voltou para a Itália e ele ficou no Brasil, trabalhando no escritório da indústria em São Paulo por 6 meses, até que se fixou em Salto.
Em 1932 sua esposa Valentina e os 5 filhos vieram para Salto, passando a residir com ele num dos chalés ao lado da indústria, na praça em frente à matriz de Monte Serrat. Houve um atraso na vinda da família, pois na época acontecia a Revolução de 1932, mas assim que o movimento se encerrou a viagem pôde ser feita.
Numa reportagem publicada no Taperá em março de 2000, duas das filhas de Bortolo, Rosana e Alcistina, lembraram que na época a cidade era muito tranquila, muito pequena, com uma população calculada em 8 mil habitantes. Além da Brasital, que empregava mais de 1.000 pessoas, existia também a Têxtil Assad Abdalla, do mesmo ramo (tecelagem) e algumas outras pequenas empresas.
Rosana e Alcistina duas das 3 mulheres da família Bortolo-Valentina, se entrosaram na cidade: Rosana era professora e auxiliava o professor João Baptista Dalla Vecchia na Escola Anita Garibaldi, funcionando também como secretária do estabelecimento de ensino. Alcistina formou família, tendo se casado com o saltense Annibal Negri, com quem teve 3 filhos. Rosana era considerada bonita e elegante, mas preferiu ficar solteira até o seu falecimento.
Na gerência – Desde sua vinda para Salto Bortolo atuava na gerência da Brasital, permanecendo longo tempo no cargo, tendo em vista suas qualidades como empresário. Teve a oportunidade de prestar muitos serviços à coletividade saltense, pois durante muitos anos a Brasital foi uma verdadeira “mãe” para Salto, beneficiando não apenas seus trabalhadores, mas toda a coletividade local. Ele integrou-se também à sociedade saltense, fazendo parte, inclusive, de uma entidade que se destacou nas décadas de 1950 a 1970, a Cooperativa Operária Saltense.
Aposentadoria e falecimento – Bortolo trabalhou na Brasital de Salto de 1931 a 1958 (cerca de 27 anos), quando se aposentou. Logo após deixar o cargo viajou para a Itália, mas logo regressou, vindo a falecer em nossa cidade em 1959. Sua esposa Alcistina tinha falecido 3 anos antes (1956).
O casal tinha 5 filhos: Mária, Giórgio, Luigi, Rosana e Alcistina.
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