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QUEM FOI QUEM

Romeu Guarnieri saiu de Salto cedo, mas nunca deixou de se interessar pela cidade



O advogado dr. Romeu Guarnieri, mesmo não residindo em Salto a maior parte de sua vida, nunca deixou de se interessar e acompanhar o que acontecia em sua cidade natal. Foi para a capital, juntamente com seus pais Eduardo Guarnieri e Angelina Piotto quando tinha 10 anos de idade e faltava cursar o 4º ano do curso primário, que foi concluir em São Paulo, no Grupo Escolar “Amadeu do Amaral” (os primeiros 3 anos ele cursou no “Tancredo do Amaral”). A seguir formou-se contabilista pelo Colégio Técnico de Contabilidade “Dr. Carvalho de Mendonça”. Atuou na profissão de 1948 a 1959, como assistente de contador nas empresas Mesbla S.A e Ford Motor Company, sediadas em São Paulo


Enquanto trabalhava na indústria automobilística ingressou na Faculdade de Direito do Largo São Francisco da USP, formando-se em 1958, juntamente com mais de 200 alunos. Logo após a formatura ingressou na Price Waterhouse Peat & Co., onde permaneceu nove anos, na função de auditor externo, com especialização em impostos e taxas.

Em 1956, ao participar de um baile de formatura realizado no Palácio Mauá, Romeu conheceu Clara Dell”Erba, com quem se casou dois anos depois e com quem viveu mais de 50 anos tendo nascido da união o filho Rogério.

Com a esposa Clara, com quem viveu mais de 50 anos e com o ator Anselmo Duarte, seu amigo; e com a esposa Clara e o filho Rogério, quando residiu nos Estados Unidos

Nos Estados Unidos – Aos 15 anos de idade Romeu sonhava em ir para a guerra, servindo a nação como paraquedista. Ao completar 18 anos tentou por 3 vezes se engajar no serviço militar, conseguindo integrar a 1ª Companhia da Polícia do Exército, onde permaneceu algum tempo. Em 1958 daria uma guinada em sua vida, ao decidir se mudar para os Estados Unidos, onde residiu por um ano, exercendo o cargo de assistente geral na Mercedes Benz no estado de New Jersey. Antes dessa época já colaborava com o jornal Taperá, enviando artigos, o que intensificou na época em que residiu nos Estados Unidos, contando como era sua vida no país. Aliás, no primeiro número da Revista Taperá foi publicada uma crônica sua denominada “A última lâmpada”. Como curiosidade, contava que para poder ganhar mais dinheiro, inventou um sistema que usava na lavagem dos carros americanos, utilizando um shampoo que tornava mais brilhante a lataria.

De volta ao país, Romeu atuou em diversas empresas importantes, até que em 1977, com um colega advogado (dr. Leandro Meloni) criou a “Meloni Advogados Associados”, que se tornou um dos mais notáveis escritórios advocatícios da capital, contando com 30 funcionários, a maioria formados em Direito.


“Salto de Itu” – Romeu não se conformava quando sua cidade natal era citada como “Salto de Itu” na grande imprensa (“Estadão” e “Folha de S. Paulo”). Prontamente fazia um protesto, informando que desde 1917 Salto deixou de ser “de Itu” e exigindo que fosse feita a correção. Isso serviu para que o “Estadão” incluísse em seu Manual de Redação e Estilo o verbete “Salto – e não Salto de Itu”.


Usando da palavra na instalação da comarca de Salto e quando promoveu o Concurso Literário na Escola Tancredo do Amaral

Comarca e ajuda – Sempre interessado pelas coisas de Salto, o dr. Romeu contribuiu com as autoridades judiciárias para que fosse criada e instalada a comarca de Salto, em 1966. Ele inclusive usou da palavra, representando os advogados na instalação. Depois de ter sofrido um AVC em 2017, aos 77 anos, ele decidiu intensificar sua atuação em favor das pessoas necessitadas e também aos estudantes, oferecendo prêmios em dinheiro (R$ 20 mil) e brindes num Concurso Literário que promoveu na Escola Estadual Tancredo do Amaral, onde iniciou seus estudos. Tinha prometido que destinaria 100 mil reais quando o “Tancredo” completasse 100 anos de existência, mas infelizmente faleceu em 12 de outubro de 2010 e a promessa não pôde ser cumprida.



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