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QUEM FOI QUEM

Geraldo B. Arruda Sontag: empresário e trabalho intenso em prol de entidades locais



Uma das pessoas mais atuantes, com trabalho intenso em favor de entidades saltenses, durante várias épocas e até a década de 1990, foi Geraldo Boscato de Arruda Sontag. Nascido em Salto em 13 de outubro de 1921, era filho de José de Arruda Sontag e de Júlia Boscato Sontag. Realizou os primeiros estudos em Salto, no Grupo Escolar (atual Escola Estadual) Tancredo do Amaral, quando foi colega do cineasta Anselmo Duarte, e a seguir, como não existia o curso ginasial na cidade, formou-se no Instituto de Educação Regente Feijó, de Itu. Iniciou suas atividades profissionais na Brasital S.A., passando depois a trabalhar no Banco Mercantil de São Paulo, que contava com uma agência em Salto.


Passou de funcionário a empresário ao assumir trabalhos de pavimentação por paralelepípedos, comuns na época, em várias cidades, dentre elas Ourinhos no Estado de São Paulo e Londrina, no Paraná. Graças à sua capacidade empresarial, aumentou consideravelmente seu patrimônio, tornando-se proprietário da Fazenda São Bento, da Olaria e posteriormente Cerâmica Saltense, que iniciou a fabricação de telhas de barro em 1960. Foi também sócio-proprietário das Cerâmicas Mandi e Guaraú, tendo ainda criado a Imobiliária Sontag.

Com sua esposa Nair e sogra Maria Vitali (à esq.) num carnaval no Clube Ideal, em 1966; recebendo a presidência do Rotary de Leonardo Steffen, em 1968, e jogado festivamente na piscina do Clube de Campo Saltense, que ajudou a construir, com Adélio Milioni (1976)

Vida social – Geraldo teve intensa vida social, destacando-se, por exemplo, como presidente da Sociedade Instrutiva e Recreativa Ideal, cargo que ocupou em 1964, substituindo a Manoel Dantas, que havia comandado a SIRI na construção do novo prédio na Rua Dr. Barros Jr. A sociedade, com a construção, assumiu compromissos financeiros de grande porte, mas Geraldo, com sua capacidade diretiva, principalmente no trato das finanças (recebeu, inclusive o apelido de “Carvalho Pinto”, governador que saneou as dívidas do Estado), não se impressionou com a tarefa que tinha pela frente. Numa entrevista da qual participei com Nenê Carola, em sua residência, disse à então Revista Taperá que não se preocupava com os débitos assumidos e durante sua gestão o clube normalizou sua situação financeira. Além disso, com várias medidas, trouxe de volta os associados do clube que haviam se afastado, melhorando a frequência.

Além da presidência do Clube Ideal, também foi 4º presidente do Clube de Campo Saltense (1970-71), colaborando de forma decisiva para o aumento do patrimônio dessa entidade. Por vários anos assumiu funções diretivas e foi um frequentador assíduo. Isso também aconteceu no Rotary Club de Salto, do qual também foi presidente (de 1968 a 1969) e membro atuante.

Geraldo quando defendia a equipe de basquete do Regatas; com a esposa Nair, filhos José Mauro e José Orlando, em partida de tênis (1981)

No esporte – Geraldo militou no esporte saltense durante vários anos, inicialmente como atleta da equipe de basquete do Clube de Regatas Saltense (Seleção de Salto). Era também um amante do jogo de bochas, tendo atuado em várias canchas da cidade. Encaminhou seus dois filhos para as atividades esportivas, inclusive participando com eles das Olimpíadas do Trabalhador que se realizavam na cidade. Ambos, José Orlando e José Mauro, se destacavam nas disputas de tênis, xadrez e outros esportes para sua satisfação como pai e esportista.


Geraldo com a esposa Nair (1998) e com o presidente do Paraguai, cunhada Antonieta Sontag e sogra Maria Vitale
Nair e Geraldo com os filhos José Orlando e José Mauro, em sua residência (1966) e com vários dos seus netos (1997)

Viagens – Juntamente com sua esposa Nair Vitale Sontag e seus filhos José Orlando e José Mauro, Geraldo realizou muitas viagens a diversos países. Em 1967, por exemplo, encontrou-se com o presidente do Paraguai, general Alfredo Stroessner, na catedral de Assunção; em 1973 hospedou-se num hotel em Lisboa, onde manteve contato com o ex-presidente do Brasil, Juscelino Kubitschek de Oliveira; estava em Viña del Mar, no Chile, quando aconteceu um terremoto e fez também uma longa viagem de navio desde Santos até Manaus, passando por diversas capitais.

Ele faleceu em 23 de julho de 1998, aos 76 anos de idade.


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