QUEM FOI QUEM
Antonio (“Dide”) Maestrello: vida vitoriosa em sua profissão e em diversas atividades
Poucos o chamavam de Antonio. Ele ficou conhecido como Dide Maestrello não só em sua atividade profissional (dentista), mas também nas outras em que militou, como no esporte, na sociedade, como autor de curso e livro de autoconhecimento e outras. Nasceu em Salto em 16 de junho de 1934, filho de João e Maria Zanuni Maestrello. Realizou seus primeiros estudos em Salto (Coleginho e Escola Anita Garibaldi) e em Itu (Instituto de Educação Regente Feijó) e cursou a Faculdade de Odontologia da USP, depois de fazer o Colegial, em Ribeirão Preto. Após ter se formado cirurgião-dentista, veio para Salto, onde montou seu consultório, na Rua José Galvão, 199, tendo trabalhado nesse local durante mais de 40 anos, sendo um dos profissionais mais respeitados da cidade.
No Esporte - Além dessa carreira vitoriosa como profissional da odontologia, Dide também brilhou no esporte, tendo atuado em diversas modalidades, como o futebol, basquete, vôlei, futsal e tiro ao prato. O maior destaque por ele alcançado foi no futebol. Quando ainda residia em Salto iniciou sua carreira na A.A. Saltense, atuando nas equipes juvenil e mista, onde já aparecia como artilheiro. Graças ao seu chute potente, ficou conhecido na cidade como “Canhão da Rua Itapiru”, referindo-se à rua onde está localizado o portão de entrada do clube.
Quando se mudou para Ribeirão Preto, passou a jogar na equipe mista do Botafogo, que disputava o principal campeonato do Estado. Também defendeu a equipe da Universidade de Odontologia, pela qual foi tricampeão da Fof-Med nos anos de 1956, 57 e 58. Neste último ano foi também o artilheiro do interior. Quando voltou para Salto esperava por um convite da A.A. Saltense, seu clube de coração, mas ficou decepcionado por ele não ter sido feito. Houve, então, o interesse da A.A. Avenida, pelo qual ele disputou os campeonatos amadores da cidade de 1959 e 1960, sagrando-se artilheiro em campos. Marcou nada menos que 59 gols em 1959, um recorde jamais superado, tendo marcado 21 gols em apenas dois jogos, 12 numa partida e 9 em outro, que se constituíram também em recorde até hoje não superado.. Em 1960 repetiu a dose, mas como jogou um número menor de partidas atingiu 21 gols no campeonato amador. Nesse ano atuou também em algumas partidas pela Avenida na 2ª divisão de profissionais, campeonato que era o equivalente hoje à série B do Campeonato Paulista.
Campeão de tiro - Dide também jogou por diversas outras equipes amadoras da cidade até “pendurar as chuteiras” na década de 1970. Disputava também partidas de futebol de salão (futsal), basquete e vôlei, principalmente pela equipe da Escola Paula Santos, mas outro grande destaque ele alcançou participando de competições de tiro ao prato (“Trap Americano”, tendo se sagrado campeão brasileiro da 1ª categoria em 1973, em Campos de Jordão, disputando com atiradores da maioria dos estados do país. Ele fez 158 pontos em 175 possíveis, tendo se sagrado também campeão pela equipe de São Paulo, formada pelos 3 primeiros colocados na disputa individual.
Outras atividades – Dide tinha uma disposição incomum, pois além de atuar com atleta em várias modalidades, encontrava tempo para interagir em outros setores. Por exemplo:
- Apresentador do curso “Viver Melhor” durante mais de 30 anos, ministrando-o inicialmente no Coleginho com grande participação. Em entrevista ao Taperá em abril de 2004 justificou que o objetivo foi superar a depressão, conseguindo isso com a leitura de livros de autoajuda;
- Trabalhou em diversos cursos da Igreja Católica, juntamente com sua esposa Tereza;
- Foi mentor e componente do “Grupo Salto” de músicas italianas, apresentando-se como cantor juntamente com outros amadores na arte do canto;
- Autor do livro “Viver Melhor, o Desafio”, o que lhe valeu o convite para ingressar na Academia Saltense de Letras.
- Foi um dos fundadores do Rotary Club de Salto e seu 12º presidente (de junho de 1975 a junho de 1976). Foi um dos ganhadores do Prêmio Paul Harris nesse clube.
- Durante muitos anos foi professor da Escola Prof. Paula Santos e da Escola Leonor Fernandes da Silva.
Família – Dide foi casado com Tereza Veronezzi Maestrello, com quem teve 4 filhos: Londa, Verter, Ulbert e Taísa. Ele faleceu em 27 de outubro de 2012.
Homenagens – Ainda em vida Dide recebeu várias homenagens e após seu falecimento teve seu nome dado a uma das ruas do Residencial Vila Martins.
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