QUEM FOI QUEM
Antonio Pereira de Oliveira deu início a 4 gerações de músicos, compositores e regentes
Tudo começou com Antonio Pereira de Oliveira, que foi sucedido por 3 gerações de músicos, compositores e regentes, as quais se prolongaram até os dias atuais. Era a primeira geração, sucedida pela segunda, composta pelos seus filhos, dos quais dois eram músicos e uma cantora do Coral das Filhas de Maria. Ele era conhecido na cidade desde sua infância como “Totico”, tendo nascido em 14 de setembro de 1868. Era filho de Francisco Antonio Pereira de Oliveira e de Maria Eulália do Espírito Santo.
“Totico” começou a atuar como músico no final da década de 1880, fazendo parte do “Grêmio Musical Saltense”, que se transformou na Corporação Musical Saltense em 1910, a “Banda Brasileira”, que era chamada assim porque existia em Salto também a “Banda Italiana” da Sociedade Giuseppe Verdi. Tocava rufo, conhecido também como tarola, um tambor de madeira revestido com pele de animal. Aprendeu muito com o maestro Henrique Castellari, chegando a primeiro contramestre da banda e sendo reconhecido como o melhor “requinte” de Salto, ou seja, um músico e maestro de alta qualidade.
Casado com Hermínia Rosa das Chagas, o casal teve 19 filhos, mas só 4 sobreviveram. Desses 4, dois se destacaram como músicos: Benedito Pereira de Oliveira, o “Bito”, que foi comerciante do ramo de açougues e era bom clarinetista e Silvestre Pereira de Oliveira, que alcançou grande sucesso, principalmente como compositor e maestro da Corporação Musical Saltense. Uma outra filha, de nome Julieta, cantava nos corais e interpretava a “Veronica” nas procissões da Semana Santa.
A terceira geração foi formada pelo músico, professor e maestro Agostinho Pereira de Oliveira e pela professora e pianista Valderez Maria Pereira de Oliveira Labanca. Agostinho também teve muito sucesso na cidade e em vários municípios, onde dirigiu corais e outros grupos musicais e sua irmã Valderez era uma pianista de categoria.
A quarta geração é representada por Silmar Fernando Pereira de Oliveira, o qual seguiu as pegadas do bisavô Antonio, do avô Silvestre e do pai Agostinho, atuando como professor de música e dirigindo principalmente corais na cidade
Atividades – Além de se dedicar à música, “Totico” exerceu também outras atividades para manter a família: participou da construção da Brasital e da Vila Operária, no início dos anos 20, além do canal da Usina do Porto Góes. Também fazia a extração de areia dos rios Jundiaí e Tietê, sendo um dos principais fornecedores do Governo do Estado, na construção de estações ferroviárias, como a “Júlio Prestes”, além do Instituto Agronômico de Campinas e Escola Agrícola de Piracicaba.
Família e homenagem – Desde 16 de julho de 1890 foi casado com Hermínia Rosa dos Santos, com quem teve os filhos Benedito, Silvestre, Joana e Julieta. Faleceu em 24 de julho de 1946, antes do falecimento de sua esposa, que aconteceu em 22 de fevereiro de 1951.
Foi homenageado pela Câmara Municipal e Prefeitura de Salto, que deram seu nome a uma das vias públicas de um dos últimos loteamentos implantados na cidade.
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