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QUEM FOI QUEM

José Weissohn foi um industrial de sucesso no ramo têxtil, no começo do século XX



José Weissohn, engenheiro vindo da Itália, se destacou no ramo têxtil, no começo do século XX. Ele adquiriu do pioneiro nesse setor, José Galvão e de Francisco Fernando de Barros Jr. as duas primeiras indústrias têxteis implantadas na cidade, a Fortuna e a Júpiter, respectivamente. Isso aconteceu em 1882, quando as duas utilizavam a queda d’água na geração de energia, contando com usinas instaladas na margem direita do Rio Tietê. Alguns anos depois o industrial vendeu as duas unidades fabris à Societá Italo-Americana, que enfrentou um problema que culminou com a construção da Ponte Pênsil.

É que os pescadores e outras pessoas passavam por dentro da área ocupada pelas duas fábricas e a Societá Italo-Americana proibiu essa passagem, o que causou um movimento na cidade contra a medida. O acesso para o “Porto” como era conhecido o local que ficou algum tempo impedido, levou José Weissohn, que residia com sua família numa mansão conhecida como “Chalé da Gerência”, em frente à fábrica Júpiter, a participar das negociações para a liberação. Elas culminaram com a construção de uma passagem ao lado das indústrias, a Ponte Pênsil, o que permitiu que os pescadores acessassem toda a margem direita do Rio Tietê, mas a solução demorou alguns meses para ser concluída.


As duas fábricas, Fortuna e Júpiter adquiridas pelo industrial e ele (ao centro e com terno branco) posando com funcionários da fábrica Fortuna

A Societá Italo-Americana instalou inclusive um portão para impedir o acesso às suas duas fábricas, que era feita pela “Rua do Porto”, que depois recebeu o nome de José Weissohn, em homenagem àquele que interveio nas negociações e que também tratava com respeito seus funcionários. Essa rua saia da Praça Antonio Vieira Tavares e terminava na praça que na época se chamava Praça Paula Souza (hoje Archimedes Lammoglia). Por ela transitavam os veículos (muitas carroças inicialmente) e os trabalhadores que ingressavam ou saiam das fábricas. Foi também construída uma calçada iluminada, que por muito tempo (até a década de 1960) funcionou como o “footing”, onde muitos namoros se iniciaram. As moças desfilavam pela calçada, indo e vindo e os rapazes ficavam na pista observando-as e trocando olhares.


O monumento em homenagem a José Weissohn, no Jardim Público e a antiga “Rua do Porto” que recebeu seu nome (1940)

Monumento – José Weissohn era tão querido que o Poder Público e o povo o homenagearam com um medalhão de bronze com sua foto, sobre uma placa, colocada no Jardim Público, ao lado da rua com seu nome e a frase: “Abnegado propulsor e vanguardeiro do progresso industrial desta cidade”. O Major Garrido, quando prefeito nomeado de Salto, ao assumir colocou a placa em um marco de pedra que mandou erigir no canteiro central do Jardim Público, que ele estava reformando.


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