QUEM FOI QUEM
Luiz Antônio Almeida (Teleco), bom jogador e grande estimulador do esporte local
Luiz Antonio Almeida, conhecido como “Teleco”, não foi só um grande jogador de futebol, mas também um esportista que incentivou durante vários anos o esporte saltense, promovendo importantes competições, além de revelar muitos valores para diversas modalidades esportivas. Era filho de João Almeida (“Joãozinho Mergulhão”), que foi um jogador de destaque nas décadas de 1940 e 1950, defendendo o Guarani e a Saltense. O apelido Teleco surgiu quando Luiz Antonio começou a jogar futebol, aos 7 anos de idade, no Parque Infantil e no infantil da A.A. Saltense, na época dirigido pelo Vadeco. O Corinthians Paulista tinha um jogador chamado Teleco e seus amigos e parentes achavam que Luiz Antonio tinha as mesmas características, por isso o apelidaram dessa forma. Teleco atuou em equipes da cidade, principalmente Saltense e Guarani até os 18 anos de idade, quando, por suas atuações na equipe de futebol de Salto nos Jogos Regionais, foi convidado a jogar no Juventus e Portuguesa, da capital e XV de Piracicaba, todos disputantes do “Paulistão”. Ele optou por este último, transferindo-se depois para o Vasco de Americana e Independente de Limeira, além do Primavera, de Indaiatuba, onde jogou 2 anos, sagrando-se inclusive campeão da 3ª divisão. Atuava no ataque, tinha um forte chute e se destacava pela forma arrojada que era sua característica, marcando muitos gols.
Na Costa Rica – Suas boas atuações no Brasil levaram-no a ser convidado para jogar na Costa Rica, que tinha como técnico Marcos Pawlovsk (apelidado no Brasil de “Lapa”), que foi treinador da Saltense. Sua equipe, Deportivo Saprissa, uma das principais do país, fez muito alarde da contratação, a qual foi destaque na imprensa local. Teleco jogou na Costa Rica a partir de maio de 1980, mas ele sentiu a mudança, pois chovia toda tarde e fazia frio à noite, o que exigia que os jogos fossem disputados às 11 horas da manhã. As contusões impediram que ele fizesse sucesso, pois se machucou logo nos primeiros treinamentos. Como o Saprissa iria enfrentar o Cartaginês, líder do campeonato, ele teve que jogar, mesmo contundido, e fez o gol da vitória por 2 a 1, cobrando falta. O gol foi muito comemorado e ele viveu uma semana de glória (uma das maiores da carreira, segundo revelou em entrevista ao Taperá), com repercussão na TV, rádio e jornais, além de entrevistas, nas quais perguntavam se ele já tinha enfrentado Pelé, se já jogara no Maracanã e pela Seleção Brasileira. Depois ficou afastado cerca de 1 mês, tendo voltado a jogar apenas duas ou três vezes e contra o Turrealha, sentiu a contusão e ficou fora por mais tempo. Desanimado, procurou um médico particular e depois uma Junta Médica, formada por 8 profissionais, que alegaram que ele tinha um coágulo na coxa, devendo ser operado e ficar fora dos campos por 3 ou 4 meses. Preferiu fazer um acordo com os diretores do Saprissa e voltou para o Brasil e para Salto em dezembro daquele ano.
Volta ao Brasil – Voltando ao Brasil Teleco ficou cerca de 8 meses afastados dos campos, pois se dedicou ao tratamento da contusão sofrida na Costa Rica. Recuperado, disputou a 3ª divisão de profissionais pelo Guarani Saltense e quando abandonou a prática do futebol passou a exercer atividades como dirigente, constituindo-se ainda num dos maiores estimuladores do esporte local, pois promoveu durante mais de 20 anos a Copa Teleco de Fut-sal, revelando muitos valores, inclusive de crianças com pouca idade, nas modalidades Fraldinha, Chupeta, Pré-mirim e Mirim. Também participou da organização da Olimpíada do Trabalhador, em conjunto com a Prefeitura, durante muitos anos. Foi ainda coordenador da Show de Bola, que inicialmente promovia disputas de futebol society, em sua quadra e posteriormente treinamentos para crianças nas faixas Fraldinha, Pré-Mirim e Mirim.
No esporte, Teleco foi técnico do Guarani e da Saltense, quando esses clubes disputavam campeonatos profissionais e também presidente do Conselho Municipal de Esportes, na gestão de Eugênio Coltro (1990-1993) e presidente da A.A.Saltense nos anos de 1994/1995. Na Saltense ele introduziu bailes para a 3ª idade, montou uma escolinha de futebol que tinha 200 alunos, reformou o Ginásio de Esportes do clube e outras obras.
No comércio - Ao completar 27 anos de idade, ingressou na atividade comercial, inaugurando uma loja de materiais esportivos, que ainda hoje funciona na esquina das ruas Barão do Rio Branco e Itapiru e montou uma academia de ginástica, que funcionou por muitos anos no piso superior do prédio hoje ocupado pelo Banco Santander.
Família e homenagens – Teleco era casado com Sarajane, que mantém a loja de materiais esportivos por ele fundada na Rua Barão do Rio Branco. Seu filho Rafael foi também revelado numa das escolinhas do pai, mas não seguiu carreira no futebol.
Em vida Teleco foi alvo de muitas homenagens pelo muito que fez pelo esporte saltense, dentre elas a do jornal Taperá, como Destaque no Esporte Saltense, em 2005.
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