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QUEM FOI QUEM

João M. Bombana: mais de 50 anos a uma indústria e colaborou com diversas entidades



João Mateus Bombana dedicou mais de 50 anos de sua existência a somente uma indústria, a Brasital S.A. para a Indústria e o Comércio, desde a época em que ela se denominava Ítalo-Americana (março de 1912), passando depois para “Societá per L’Exportazione Ítalo-Americana”. Só em 1º de novembro de 1919 a empresa passou a se chamar Brasital S.A. e João, depois de começar em cargos subalternos, assumiu o cargo de contador de 1927 a 1965 da administração da Empresa de Água e Esgotos, que era mantida pela Brasital e passou nesse ano de 1965 para a Prefeitura de Salto definitivamente, pois o Poder Público municipal já vinha gerenciando essa empresa. Posteriormente, ele continuou na Brasital em funções importantes, mantendo contado direto com a diretoria, na época presidida pelo comendador Jayme Augusto Ferreira.

Em virtude de sua forte personalidade, João tomou muitas atitudes em cargos diretivos na Brasital que o tornaram antipático perante um bom número de saltenses. É que ele era muito exigente no que se refere ao atendimento das normas estabelecidas pela indústria, que exigia o maior respeito às suas normas e retribuía com um tratamento que a levaram a ser considerada a “Mãe dos Saltenses”. Sua conduta, no entanto, não deslustrou sua imagem, pois sempre foi considerado na cidade uma pessoa disposta a ajudar seu semelhantes, desde que o comportamento fosse adequado a tudo o que era estabelecido.

João Bombana (último, à dir., sentado) e outros funcionários administrativos da Brasital S.A. na década de 1950 e com sua esposa, sendo homenageado quando completou 50 anos na empresa

Quando completou 50 anos na Brasital, João Bombana foi homenageado num evento realizado na Chácara Dalla Vecchia, localizada na Vila Nova, onde havia um salão de festas, campo de futebol e outras instalações para os funcionários das Lojas Cem e também amigos e convidados da família proprietária. O acontecimento contou com a presença de praticamente toda a diretoria da Brasital, com sede em São Paulo, além dos gerentes das fábricas de São Roque e da Fábrica de Papel de Salto, ambas de propriedade da empresa.

Depois dessa homenagem, João continuou prestando serviços à Brasital, por mais cerca de 5 anos, até que se afastou definitivamente. Com tempo disponível, passou a exercer outras atividades. Convidado pelo então prefeito Josias Costa Pinto (1973-1976), ele assumiu o cargo de diretor do Hospital Monte Serrat, que passava por muitas dificuldades, principalmente financeiras. Ele procurou empregar na casa de saúde a política de austeridade e seriedade que aprendeu a executar em cargos diretivos da Brasital, mas permaneceu pouco tempo no cargo.


Na Cooperativa, com o presidente Oscar Zuim (de camisa branca), Bortolo Turri (2º da esq. p/ a dir.), prof. João B. Dalla Vecchia (à esq.) e Durval de Moraes (à dir.)

Cooperativa e “Guardinha” – Mesmo antes de ter se aposentado, João Bombana se dedicou a auxiliar a Cooperativa Operária Saltense, conseguindo atrair para essa sociedade outros diretores da Brasital em Salto, dentre eles Leone Camerra, Bortolo Turri e Vincenzo Bifano. Foi uma época de ouro da Cooperativa, que contava na presidência com um funcionário da indústria, Oscar Zuim, além de outros ligados à Brasital. Muitos eventos foram promovidos, além de ser colocado aos associados da Cooperativa o armazém de secos e molhados, padaria e açougue, canchas de bochas, salão de festas, salas de jogos, etc.


Na imprensa – João Bombana foi colaborador do jornal Taperá, durante alguns anos (décadas de 1970 e 1980), sendo autor, inclusive de uma detalhada história da vida da Brasital S.A., na qual ele relatou fatos que viveu ou presenciou durante mais de meio século trabalhando na indústria.


Pais de João, Giuseppe e Santina (ao centro, sentados), com os seis filhos (João é o último, à direita, em pé) – década de 1940

Familia – João nasceu na vizinha Itu, era filho de Giuseppe Bombana e Santina Nonis Bombana e tinha cinco irmãos, dois dos quais também se destacaram no trabalho e na direção de entidades saltenses, Victor e Attilio Bombana. Ele era casado com Jovira Bombana, com quem teve três filhos: José Carlos, Maria Angélica e Lígia.

Faleceu em 7 de agosto de 1982, aos 79 anos de idade e foi sepultado em Itu, onde passou a residir em seus últimos anos de vida.

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